22 de jun. de 2011

Cristina Kirchner anunciou candidatura à reeleição na Argentina.


  A presidente Cristina Kirchner anunciou nesta terça-feira que concorrerá a um segundo mandato nas eleições de 23 de outubro na Argentina, em discurso transmitido em rede nacional da Casa Rosada.
  "Vamos nos submeter, mais uma vez, como sempre fizemos", ao voto popular, disse a presidente ao anunciar sua decisão, quatro dias antes do fim do prazo para a inscrição dos candidatos. A presidente, 58 anos, anunciou sua candidatura durante o anúncio do plano "Televisão para Todos" de promoção da TV digital em todo o país. "Meu compromisso é irrevogável", disse Kirchner, ao manifestar sua esperança de "ser uma ponte entre as novas e as velhas gerações".
  "Sempre soube o que deveria fazer (...). "Sempre tive uma alta responsabilidade política, histórica e pessoal", afirmou a presidente após recordar o início de sua carreira como parlamentar no final dos anos 80, na patagônica Santa Cruz, a província natal de seu falecido marido, Néstor Kirchner.
  "Além de presidenta, sou mulher, mãe. Jamais se esqueçam disto!" - disse Cristina ao justificar a demora no anúncio da candidatura.
  Kirchner será candidata da Frente para a Vitória, a ala social democrata do peronismo, e terá como principal adversário o deputado Ricardo Alfonsín, da coalizão liderada pela União Cívica Radical (UCR), a segunda força parlamentar. "Nunca duvidei que fosse concorrer (...). Se não fosse ela, teriam muitos problemas internos na Frente para a Vitória", disse Alfonsín, ao prever a derrota de Cristina nas eleições de outubro.
  O ex-presidente Eduardo Duhalde, candidato em outubro por uma facção dissidente do peronismo, estimou que Cristina "perdeu a oportunidade de sair por cima". "Não está preparada para governar. Quem mexia dos cordões era Néstor Kirchner".
  Duhalde, presidente entre 2002 e 2003, disse que Kirchner "está sob enorme pressão, vinculada a seu problema familiar (morte de Néstor), e sofre de um estado depressivo muito grande...".
  A cristã liberal Elisa Carrió, outra candidata à presidência em outubro, disse que Cristina Kirchner "enganou com o luto e o choro, mas não era bem assim". "O luto terminou, começa a batalha (...) contra o modelo de demagogia, mentira e roubo" do atual governo.
  Cristina, que chega ao final do mandato com uma aprovação de 60%, segundo a analista Doris Capurro, assumiu a presidência em outubro de 2007, quando sucedeu seu marido, com vitória no primeiro turno por 45,2% dos votos, quase o dobro do obtido por Elisa Carrió.
  A popularidade do atual governo é baseada no vigor da economia, que cresce a um ritmo anual superior a 7%, em média, há oito anos, mas a oposição aposta no desgaste provocado pelos escândalos de corrupção e pela manipulação dos índices econômicos, especialmente sobre a inflação.
  Em 2008, um longo conflito com o setor agrário envolvendo impostos sobre as exportações de soja derrubou a popularidade de Cristina a seu menor nível, de 29%, e no ano seguinte Kirchner perdeu a hegemonia no Congresso nas eleições parlamentares. Fonte:- Uol Notícias    * Para visualizar a imagem em tamanho original, clique sobre a mesma.

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