28 de ago. de 2020

Comentário: "Bolsonaro é honesto"

    Bolsonaro é honesto. Ainda que seu filho Flávio tenha promovido as tais "rachadinhas" na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro,  em parceria com o miliciano Fabrício Queiroz, que, sabe-se lá por qual motivo, depositou R$ 89 mil reais na conta da primeira-dama Michelle Bolsonaro, ele é honesto. É bem provável que tais ilicitudes aconteciam debaixo do nariz do atual presidente, sem ele saber de nada. Afinal, ele é honesto. Sim, é honesto, pois é um "homem de Deus", batizado pelo Pastor Everaldo, preso hoje pela Polícia Federal por simplesmente comandar os desvios de verbas na saúde pública do Estado do Rio de Janeiro. É triste saber que um homem tão honesto está envolto por pessoas inescrupulosas, que abusaram de sua ingenuidade, promovendo desonestidade, contrariando a índole do chefe. Sim, pois ele é apenas um homem honesto traído pelos seu amigos, filho e esposa desonestos. E como se não bastasse, batizado também por um pastor desonesto. Bolsonaro, é portanto, uma pequena ilha de honestidade envolta por um mar de lama... Acredite quem quiser!


* O Eldoradense


27 de ago. de 2020

Crônica: "O futebol no rádio"

 



      Para o leitor mais jovem, faço a pergunta: Sabem o que havia no interior daqueles balcões de vidro nas lojas de varejo, onde atualmente encontram-se modernos aparelhos celulares? Imagino que não. Pois bem: Ali encontravam-se rádios à pilha, aparelhos "despertadores" e rádio-relógios. Mas a motivação desta crônica diz respeito ao primeiro item, ou seja, os "radinhos à pilha". 

    O modelo de rádio acima é exatamente igual ao primeiro que ganhei de meu pai, no fim dos anos 80, para ouvir jogos de futebol. Era um "Sanyo", que algum tempo depois, foi trocado por um "Motorádio". Naquela época, não havia internet, e a maior diversão para os meninos, era sem dúvida, o futebol. Futebol de rua, futebol de salão, futebol de botão, futebol de campo. Álbuns de figurinhas, camisetas de clube, zombarias clubísticas entre os adolescentes e suas respectivas paixões. Respirava-se futebol, ao contrário de hoje, com tantas outras opções de entretenimento.


    Santista que sou, desde a tenra idade, acompanhava os jogos do meu time, na maioria das vezes, no rádio. Ah, como aquilo era mágico! Os narradores tinham a missão de trabalhar com o imaginário dos ouvintes, que vislumbravam os lances através das descrições precisas - e algumas vezes exageradas - do locutor, que fazia do microfone um portal cênico. Sim, dava para imaginar o drible, o frissom da torcida nas arquibancadas, a atmosfera contagiante dos estádios, e principalmente, materializar a imagem do maior momento do futebol: o gol.


     A dicção deste pessoal era rápida e precisa, tal qual o toque da bola, e a transmissão era recheada de bordões inesquecíveis como: "Pimba na gorduchinha", "Abrem-se as cortinas e começa o espetáculo", ou "balão subiu e desceu" . Muitas vezes, jogando futebol de botões com meu irmão, eu me pegava imitando estas figuras notáveis, simulando e imitando suas narrações. Eram meus ídolos, tantos quanto os jogadores. Destaco dentre muitos, Osmar Santos, Fiori Gigliotti, Vanderley Ribeiro e José Silvério. Os caras eram bons demais da conta!


       Hoje, com a facilidade das transmissões dos canais por assinatura, o rádio perdeu muito do seu espaço com relação às transmissões futebolísticas. Mas muitas vezes me pego buscando no Youtube tais narrações, que tanto fizeram parte da minha adolescência. Bons tempos em que o futebol era mais emocionante, romântico e apaixonante...


       * Para ilustrar o que digo, abaixo está o vídeo daquele que acho um dos lances mais inesquecíveis do futebol. As oito pedaladas de Robinho diante do Corinthians, abrindo o caminho do título brasileiro do Santos em 2002. A narração é de José Silvério, e por saudosismo, a simulação do lance é através do futebol de botões...





* O Eldoradense    

25 de ago. de 2020

Alfinetada: "Política, futebol e religião"

    Marcos Monteiro: Futebol, política e religião

   "Tá certo que muita gente diz que futebol, política e religião não se discutem. Mas também é indiscutível que os três assuntos muitas vezes envolvem fanatismos, e talvez por isso, arrecadem tanta grana"

* O Eldoradense

21 de ago. de 2020

Comentário: "Sobre o veto presidencial"

Como a pandemia impactou a vida e a mente das profissionais de saúde | A  Gazeta


     "O veto presidencial que impede o reajuste salarial dos servidores públicos até o final de 2021 em todas as esferas e que foi ratificado pela Câmara dos Deputados já é bastante injusto. Agora, incluir o congelamento salarial aos profissionais de saúde que estão na linha de frente da pandemia é o cúmulo da falta de reconhecimento!"

* O Eldoradense

18 de ago. de 2020

Poesias do Eldoradense: "Pantaneiros/ Plantam Neros"

 Pantanal ardendo em chamas sintetiza as políticas anti-ambientais ...

"Pantaneiros/Plantam Neros"


Queima o bioma,

Num fogo da peste;

Como fizeram em Roma,

Fazem no Centro Oeste...

 

E o humilde pantaneiro,

Chora pranto sincero;

Enquanto o fazendeiro,

Fantasia-se de Nero...

 

Destruindo a vegetação,

Num gesto nefasto;

Pra fazer plantação,

E pra formar pasto...

 

Pois o mundo lá fora,

Quer carne brasileira;

E a fauna e flora,

Ardem na churrasqueira!

 

Espanta-nos,

Este cenário infernal;

Ex-pântanos...

Agoniza o Pantanal!

 

* O Eldoradense

14 de ago. de 2020

Comentário: "A popularidade de Bolsonaro"

 Veja por que cresceu a popularidade de Bolsonaro, como aponta o ...


   Saiu no Datafolha: A popularidade do presidente Jair Bolsonaro é a mais alta desde o início do seu governo. Os índices dos que consideram o seu governo "ótimo/bom" atingiram 37%, mediante 34% dos que consideram "ruim/péssimo". A considerar os números rumo à reeleição, eles não são tão consistentes, pois continua revelando um equilíbrio entre as pessoas que o aprovam e desaprovam, e portanto, não significam exatamente que seu êxito para 2022 seja líquido e certo, ainda que sejam suficientes para garantir sua presença num segundo turno. Porém, considerando que estamos no auge de uma pandemia e que a economia sofre com números desfavoráveis, é fato que tais índices de popularidade são bastante consistentes, e que o atual governo goza de uma boa resiliência e capital eleitoral invejáveis mediante um contexto tão adverso.


     Especialistas dizem que o fenômeno - sim, é um fenômeno - deve-se ao auxílio emergencial pago às populações mais carentes, bem como a adoção de uma postura menos agressiva do presidente em relação aos outros poderes, o que tem dado uma oxigenação após um cenário turbulento, marcado por troca de farpas, manifestações e instabilidades. 


    O fato é que números são números, e os mesmos devem nortear os próximos passos e condutas do Governo Federal: aproximação com o Centrão, frouxidão um pouco maior com o teto dos gastos e uma postura política um pouco mais branda, distanciando-se dos extremismos.


   Geralmente a fórmula funciona enquanto estratégia eleitoral, ou eleitoreira, entendam como quiser.  Os bolsonaristas têm sim, motivos de sobra para comemorar. Se o país está ganhando com isso, aí já é uma outra história...


* O Eldoradense

12 de ago. de 2020

Alfinetada: "Sorte dos meus adversários!"

    E o Mundial de Ciclismo de Estrada que seria realizado em setembro, na Suíça, foi adiado devido à pandemia do novo Coronavírus...


Blog do Eldoradense: Mais algumas imagens do 1º Duathlon do Lar ...


     ... Estes meus adversários têm muita sorte!!!


* O Eldoradense

8 de ago. de 2020

Comentário: "A arrogância e o complexo de superioridade"

 Blog: Os principais sintomas do complexo de superioridade e como ...


   Ontem à noite, recebi a visita de um amigo de longa data, residente em Londrina. Conversamos sobre muitas coisas, mas um assunto especial veio à tona na seara do nosso papo: a arrogância e o complexo de superioridade das pessoas. Sim, logicamente que o tema foi abordado mediante à exibição daquele vídeo lamentável onde um sujeito destrata um prestador de serviços de entrega em frente à sua casa, em um condomínio em Valinhos, interior de SP. 

     Mas anteriormente à isso, também já havia acontecido o incidente do desembargador em Santos, que tentou intimidar um guarda civil que o multou por transitar sem máscara em via pública, contrariando as normativas legais vigentes mediante o contexto da pandemia do novo coronavírus.


      Perguntei ao meu amigo o que ele acha que está acontecendo, na opinião dele: As pessoas estão explicitando com mais veemência suas respectivas arrogâncias, ou o aparelho celular tem sido uma arma que apenas reproduz o que acontece rotineiramente em nosso cotidiano, e por isso, tantos casos expostos?


      Chegamos à conclusão que isso sempre ocorreu, e que a segunda opção é mais provável. O brasileiro ainda tem arraigada em sua cultura a mentalidade de que a superioridade social pode materializar certas atitudes descabidas, onde o prestador de serviços é tido como um vassalo sujeito à submissões e caprichos. E, por isso, dentro deste contexto, o mesmo seria obrigado a tolerar arrogância, destrato, falta de educação, desrespeito. E na prática, a coisa não deve mais funcionar assim: As leis civis estão aí para corrigir tais comportamentos, e se adentrarmos na complexa discussão das leis Divinas, aí é que a arrogância e o complexo de superioridade não fazem mesmo sentido algum.


       Estamos vivendo um período crítico das nossas vidas e ainda que muitos não percebam, passamos a precisar bem mais um dos outros, mesmo com todas as restrições de convívio das quais estamos submetidos. E dentro deste contexto em que os nervos parecem estar a flor da pele, cordialidade, paciência, educação e humildade são sempre bem vindos. Se o tal distanciamento social nos incomoda atualmente, a tal da desigualdade social nos perturba, enquanto sociedade, há mais de cinco séculos. Portanto, se é difícil corrigi-la, ao menos não façamos apologia orgulhosa de algo que, na verdade, deveria nos envergonhar...


* O Eldoradense

6 de ago. de 2020

Alfinetada: "Sem direitos e sem trabalho"

Piora no desemprego: 40,5 milhões de brasileiros não têm trabalho ...




   "Lembram-se daqueles direitos trabalhistas e previdenciários que o brasileiro perdeu em nome da promessa de geração de empregos? Pois é: Veio a pandemia, e além de perder os direitos, os postos de trabalho se dissolveram..."

* O Eldoradense

4 de ago. de 2020

Cometário: "O Bem e o mal"

O Bem e o Mal: Conceitos e Definições | by Ricardo Dias de ...


    É fato que o mundo hoje enfrenta um inimigo comum: Minúsculo, viral, e em alguns casos, letal. Este pequeno vilão adoeceu pessoas, matou muitos, impede que a humanidade siga seu curso normal, diminuindo fluxos, convívios, serviços, interações. Não está fácil. Mas também é quase certo que este inconveniente agente maligno esteja com os dias contados, pois, em algum lugar do mundo, a ciência desenvolverá a vacina que vai libertar a humanidade desta ameaça. Clichê? Não, o bem e o mal travam batalhas tanto na vida real quanto nas várias obras de ficção por aí afora.

     Sim, ambas as forças convivem no mesmo universo, e eu diria que exercem uma simbiose maluca, em que uma necessita da outra para a própria sobrevivência. Afinal, o que seria da Chapeuzinho Vermelho sem o Lobo mau, das Forças Aliadas sem o Eixo, do Paraíso Celestial sem o inferno, ou mesmo do Batman sem o Coringa? Não fariam sentido, pois a ausência dos seus antagonistas anulariam-lhes o brilho, o heroísmo, o exemplo.

       Surreal dizer, mas ao passo que tememos e odiamos os vilões, necessitamos deles. Filosoficamente falando, o bom exemplo só existe porque seu antagonista está lá, nos servindo como referência negativa. E é por isso que nunca nos esqueceremos de Odete Roitman, do Darht Vader, do Jason, do Jeremias maconheiro sem-vergonha, do ladrão que pode vir pela chaminé e principalmente daquele anjo decaído que quer levar o maior número de almas para o fogo eterno.

       Mais intrigantes ainda são os vilões que flutuam na órbita subjetiva, de interpretação, e por incrível que pareça, são considerados heróis para um determinado público. Equilibram-se na corda bamba do amor e do ódio, aglutinam, dispersam, são aplaudidos e vaiados. Persuadem, manipulam, confundem, mentem, travestindo autenticidade. Historicamente falando, são os mais perigosos, pois têm potencial para arrebanhar um exército fanático e instituir uma nova ordem, tirana e inflexível. São até perigosos, mas não indestrutíveis, pois nem o coronavírus é. Para este tipo de vilania, camuflada e dissimulada, também haverá vacina, pois a justiça tarda, mas não falha. Afinal, apesar de ser obrigado a coexistir com as forças do mal, o bem prevalece na maioria das vezes. Tenho fé!

* O Eldoradense

Comentário: "Faltou diplomacia"

  Anteontem, em Presidente Venceslau, esteve na Câmara Municipal o Ministro do Trabalho e emprego Luiz Marinho.   Acontecimento raro, que de...