Nesta quinta-feira, a entrevistada do Jornal Nacional foi a candidata Marina Silva, da REDE SUSTENTABILIDADE. Novamente deixo o registro sobre a postura incisiva de Willian Bonner e Renata Vasconcelos, que não omitiram temas delicados, mantendo a mesma linha com todos os entrevistados. Sobre Marina, pareceu-me evasiva quando questionada sobre os detalhes específicos de sua proposta de Reforma Previdenciária. Enrolou, cozinhou o galo e tentou ganhar tempo, sem uma resposta efetiva e convincente. Quando perguntada sobre alianças regionais com partidos investigados na Lava - Jato, considerei que se saiu bem, justificando-as pelos personagens, e não pelas siglas. No tocante ao apoio dado à Aécio Neves no segundo turno das eleições presidenciais de 2014, justificou dizendo que o fez antes do desenrolar as investigações da Lava-Jato. O problema é que Aécio já tinha no currículo uma denúncia sobre o aeroporto em Cláudio (MG), e convenhamos: só não suspeitava do Aécio quem não pesquisou um pouco do seu histórico político quando governador de Minas, estado que o renegou nos dois turnos nas últimas eleições.
No que diz respeito à proposta do agronegócio exercido com sustentabilidade e sua atuação na pasta do Ministério do Meio Ambiente, achei que ela foi extremamente convincente. Digo que o conteúdo programático de Marina Silva é o que mais me agrada, e a candidata só não terá meu voto já em primeiro turno por um só motivo: ter feito a bobagem de apoiar o Aécio no segundo turno de 2014. Ela deveria ter se mantido neutra e não carregar esta mácula em seu currículo político. No frigir dos ovos, coloco a qualidade de seu desempenho na entrevista como bom, no mesmo patamar que Ciro Gomes.
* O Eldoradense
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