29 de mai. de 2011

Convenção do PSDB sinaliza maior prestígio interno de Aécio Neves...



  Durante a convenção nacional do PSDB realizada neste sábado (28), em Brasília, as lideranças da legenda definiram quem ocupará os principais cargos. O deputado federal Sérgio Guerra (PE) foi reconduzido ao cargo de presidente. A presidência do Instituto Teotônio Vilela (ITV), órgão de estudos e formação política do partido, era um dos principais impasses e foi definida após acordo.
  O ex-governador de São Paulo José Serra queria o posto, mas o cargo ficou com o ex-senador Tasso Jereissati (CE), nome apoiado pelo senador Aécio Neves (MG). Em contrapartida, Serra ficou com a presidência do Conselho Político, que será criado para discussão de temas nacionais e questões centrais do partido, como coligações.
"Conselho múltiplo"
  Sérgio Guerra disse que o PSDB fortaleceu o Conselho Político para convencer Serra a aceitar o posto. "Será um conselho múltiplo com os líderes citados", afirmou. Segundo Guerra,  o Conselho Político presidido por Serra será responsável por orientar questões centrais do partido, como fusões e incorporações com outros partidos, mas que estão questão só será definida após as eleições municipais de 2012.
  Para ele, partidos de oposição como DEM e PPS devem primeiro se fortalecer. " Mais na frente, depois das eleições municipais, vamos ver se é hora de juntar o deles conosco. Pode ser, vamos ver", afirmou o tucano. O presidente do PSDB explicou que o conselho também vai definir as coligações nacionais e decidirá sobre as questões de primárias e alianças. " Será um conselho orientador que vai funcionar integrado com a Executiva, mas que terá enorme poder", afirmou o tucano.
Ataques
  Durante os discursos, os tucanos atacaram a gestão da presidente Dilma Rousseff. "Cada vez mais a ocupante da Presidência governa cada vez menos e aquele que não foi eleito, governa cada vez mais", disse Serra, referindo-se ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Serra acusou o governo da petista de “omisso” e incompetente" e disse que o PT, com episódios como o da Prefeitura de Campinas, sai das páginas políticas para entrar nas ‘’páginas policias”. Serra, que disputou a Presidência da República no ano passado, disse que as divergências dentro do partido são naturais, mas que a desunião fortalece o PT. O presidente reeleito do PSDB, Sérgio Guerra, chamou de "fraude" as notícias de que o partido estaria desunido.
  O senador Aécio Neves disse que o PSDB é um “partido sem dono” porque pertence a “todos os brasileiros”. Ele pediu aos tucanos que andem "pelas ruas desse país e de cabeça erguida". "Somos sérios, somos éticos, e quando assumimos governos, sabemos fazer o que precisa ser feito." Fonte:- G1   * Para visualizar a imagem em tamanho original, clique sobre a mesma. 
Comentário:- A decisão de deixar o instituto Teotônio Vilela sob o comando de Tasso Jereissati, é um claro sinal de que Aécio Neves atualmente goza de maior prestígio político dentro do tucanato. Essa história de deixar Serra na presidência do Conselho Político, foi apenas para convencer o ex-governador a não externar sua insatisfação dentro da sigla. Ao que tudo indica, Serra passou de candidato derrotado à presidência da República, para ser um possível candidato à prefeitura de São Paulo. É como se um ator deixasse de ser protagonista da novela das oito, para trabalhar em "Malhação".

Um comentário:

Resenha literária: Livro - (In) Justiça social, de Hellen Pluckrose e James Lindsay...

  Resenha literária do livro "(In) Justiça social, dos escritores britânicos Hellen Plucrose e James Lindsay... * O Eldoradense