Em sua mais contundente incursão na campanha tucana até agora, que  incluiu a defesa de seu legado à frente do Palácio do Planalto, o  ex-presidente Fernando Henrique Cardoso desafiou ontem o presidente Luiz  Inácio Lula da Silva para um debate "cara a cara" após o fim das  eleições. 
Diante de centenas de militantes do PSDB, em um hotel na zona norte  da capital paulista, FHC pediu a Lula que, quando "perder o monopólio da  verdade", vá ao instituto que leva seu nome, em São Paulo, para  debater. "Presidente Lula, quando acabar as eleições, quando você puser o  pijama, será bem recebido. Venha ao meu instituto, vamos conversar,  cara a cara", bradou, em discurso inflamado. 
O ex-presidente, dizendo-se alvo de mentiras, passou a defender suas  gestões na Presidência (1994-2002). As cenas, gravadas por uma equipe da  campanha do presidenciável tucano José Serra - que não esteve no evento  -, devem ir ao horário eleitoral. 
"Estou calado há muitos anos ouvindo. Agora quando o presidente Lula  vier, como deve vir, como todo presidente democrata eleito, perder a  pompa toda, perder o monopólio da verdade, está desafiado a conversar  comigo em qualquer lugar do Brasil", disse FHC.
"Não é para conversar para dizer o que eu fiz, o que ele fez. Isso o  povo vai julgar. É para ter firmeza, olhando cara a cara, um ao outro, e  ver se um é capaz de dizer ao outro as coisas que diz", continuou o  ex-presidente.
Como exemplo dos pontos que abordaria no debate com Lula, FHC citou o  Plano Real, principal bandeira tucana, e disse que questionaria o  petista sobre as responsabilidades pela estabilização econômica do País.  
"Quero ver o presidente Lula, que votou contra o Real, que fez o PT  votar contra o Real, dizer que estabilizou o Brasil. Ele não precisa  disso. Ele fez coisas boas que eu reconheço. Ele agiu bem na crise  atual, financeira. Para que, meu Deus, ser tão mesquinho? É isso que  quero perguntar a ele: "Lula, por que isso, rapaz?"", bradou.
Aos militantes tucanos, o ex-presidente apostou na veemência para que  seu nome, antes escondido nas campanhas, passe a ser defendido  abertamente. 
"Eu não tenho do que me arrepender. Eu mudei o Brasil. Eu nunca disse  isso. Agora, oito anos depois do governo Lula, (digo que) eu mudei o  Brasil. Não mudei sozinho, mas com o povo brasileiro, com uma equipe de  gente competente, com outros partidos. Tudo o que foi inovador foi  plantado naquele período. Chega de ficar calado", afirmou FHC. 
Privatizações. O ex-presidente elevou o tom e pediu "respeito" ao  rebater nota divulgada anteontem pelo presidente da Petrobrás, José  Sérgio Gabrielli, que o acusou de preparar a estatal para a  privatização. Fonte:- Estadão.com.BR
 Opinião:- FHC e Lula vivem intenso clima eleitoral, ambos querendo eleger seus pupilos. É inegável a contribuição do ex-presidente com relação à estabilidade da moeda e alguns outros avanços do país. Também é inegável que no seu governo houve corrupção, assim como no governo petista. Mas, pessoalmente, creio que Lula foi muito mais eficaz em seu mandato quando o assunto foi geração de empregos e avanços sociais. O governo atual conseguiu, ao meu entender, promover as camadas mais pobres socialmente, mesmo que de forma assistencialista, através do programa Bolsa-Família. Se Lula, como dizem muitos, herdou algo de FHC, ele fez muito bom proveito dessa herança, o que lhe rendeu índices altíssimos de popularidade, bem superiores ao do tucano, que não conseguiu fazer seu sucessor em 2002. Pode ser que Serra vença as eleições. Todavia, os índices de safistação relacionados ao mandato do ex- torneiro mecânico foram muito superiores ao do sociólogo.  Na transição dos governos 2002/03, o país vivia sob a desconfiança do mercado internacional, o desemprego era o principal problema, e os salários tinham menor poder de compra. Hoje, temos inúmeros desafios, é bem verdade. Porém, o país sentiu pouco a grande crise econômica internacional, crise essa que os americanos ainda sentem. Finalizando, acho que Lula deveria aceitar o tal "debate", ou conversa informal, que seje. Seria ótimo para a nossa democracia. * Para visualizar a imagem em tamanho original, clique no botão com o lado direito do mouse, e escolha a opção "Abrir em nova janela"
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