"Mulheres e frutas"
Segundo as explicações bíblicas sobre a origem da humanidade, nossa espécie começou a proliferar-se no planeta Terra devido ao fato de Eva ter oferecido uma maçã ao Adão. Tudo bem que existiu uma tal serpente para induzir o casal ao pecado original, mas com certeza, essa foi a primeira ligação conhecida entre a mulher e a fruta. Na verdade, eu nunca entendi muito bem essa história de pecado original. Vejam bem, se o próprio ensinamento Divino diz para que cresçamos e nos multipliquemos, consequentemente, Adão, Eva, a serpente e a maçã prestaram um grande serviço à espécie humana. Mas esse não é o principal assunto desse texto. O foco principal desse escrito, é a comparação equivocada e tosca entre as mulheres e as frutas.
Ainda hoje, quando se duvida da masculinidade de um indivíduo, sempre aparece algum sujeito que vem com aquela frase batida: “fulano não gosta da fruta”. Ora bolas, por qual motivo não dizer objetivamente “fulano não gosta de mulher”? Mais uma vez, as mulheres estão grosseiramente equiparadas às frutas.
Como se não bastasse, o fenômeno midiático do funk fez questão de reforçar essa associação nada frutífera, sob o ponto sociocultural. Jovens geralmente de origem modesta, com corpos exuberantes, pouca roupa e ainda menos pudor, expõem-se como frutas nas prateleiras de uma quitanda, assumindo codinomes de melancia, pera, morango e maçã, entre outras. Enfim, inconscientemente (creio eu), acabam colaborando com a ideia machista da mulher objeto, “pronta para o consumo”, o que é lamentável. Tais senhoritas, de certa forma, estão na contramão de todas as conquistas femininas alcançadas ao longo de décadas:- voto, planejamento familiar, estudo, trabalho, e até o direito de liderar um país; (como é o caso de Brasil e Argentina, atualmente).
Ainda hoje, quando se duvida da masculinidade de um indivíduo, sempre aparece algum sujeito que vem com aquela frase batida: “fulano não gosta da fruta”. Ora bolas, por qual motivo não dizer objetivamente “fulano não gosta de mulher”? Mais uma vez, as mulheres estão grosseiramente equiparadas às frutas.
Como se não bastasse, o fenômeno midiático do funk fez questão de reforçar essa associação nada frutífera, sob o ponto sociocultural. Jovens geralmente de origem modesta, com corpos exuberantes, pouca roupa e ainda menos pudor, expõem-se como frutas nas prateleiras de uma quitanda, assumindo codinomes de melancia, pera, morango e maçã, entre outras. Enfim, inconscientemente (creio eu), acabam colaborando com a ideia machista da mulher objeto, “pronta para o consumo”, o que é lamentável. Tais senhoritas, de certa forma, estão na contramão de todas as conquistas femininas alcançadas ao longo de décadas:- voto, planejamento familiar, estudo, trabalho, e até o direito de liderar um país; (como é o caso de Brasil e Argentina, atualmente).
Lembro que a liberdade individual das pessoas permite que cada um faça o que bem entender com o próprio corpo, mas convenhamos, é extremamente degradante ver mulheres tão jovens e bonitas tratando a si mesmas de forma tão vulgar. E o que é pior: o desrespeito amplia-se às outras mulheres, pois muitos homens passam a ter essa visão deturpada do sexo oposto.
Admiremos então, as mulheres pela sua beleza total, respeitando seus sonhos, dúvidas, objetivos e conquistas. Olhemos para elas de forma íntegra, com os olhos, coração e mente; e não apenas instintivamente, influenciados pela testosterona. Afinal, elas são bem mais complexas e encantadoras do que as simples frutas, merecendo tratamento digno e respeitoso. Lamentável que muitos homens e até mesmo algumas mulheres ainda não se deram conta disso.
* O Eldoradense
Concordo plenamente com vc!
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