31 de jul. de 2011

"A saga de Helmut"




"A saga de Helmut"

  Helmut estava feliz da vida! Acabara de se aposentar, pois havia trabalhado toda sua vida em uma indústria em Berlim, na Alemanha. Seus planos agora resumiam-se em curtir a família e viajar com sua esposa Frida, com quem está casado há trinta longos anos. E o primeiro destino turístico do protagonista desse texto não poderia ser outro: O Rio de janeiro. Sempre ouviu falar da cordialidade do povo brasileiro, do sol abrasador, das mulheres bonitas e das belas paisagens. Não pensou duas vezes e comprou os bilhetes aéreos para passar uma semana na cidade maravilhosa, juntamente com a esposa.
  Quando o avião aterrissou no Brasil, Helmut não continha sua alegria, pois estava realizando um sonho quase que obsessivo. Ainda no aeroporto, pediu um táxi, para dirigir-se ao hotel em que havia feito as reservas. Desconfiou que o taxista tivesse realizado um percurso estranho, parecendo desnecessário, na suposta intenção de lucrar mais. Mas talvez fosse só impressão sua, pois não conhecia a cidade.
Chegando no hotel foi bem recebido, e alojou-se em um quarto modesto, mas confortável. No outro dia foi à praia. Percebeu que nos quiosques e lanchonetes, havia distinção dos preços cobrados aos consumidores locais com relação aos turistas estrangeiros. Ficou indignado, mas mesmo assim comprou uma cerveja. Depois de ter consumido a bebida, notou que um grupo de pivetes promovia um verdadeiro “arrastão” nas areias da praia. Quando aproximou-se de Frida, ela estava assustada, em choque. O casal havia perdido os óculos de sol e um aparelho celular. E então, nosso herói resolveu voltar para o hotel. No caminho, um bueiro explodiu de forma surpreendente, e quase o feriu. Os bombeiros demoraram para aparecer, pois grande parte do efetivo estava em greve, protestando contra o salário vergonhoso que ganhavam.
  Novamente no hotel, observou que prostitutas tinham livre acesso aos quartos, acompanhadas por holandeses, espanhóis, italianos e outros turistas sexuais, deixando Helmut constrangido diante de Frida.
  O gringo aposentado pretendia ficar uma semana no Brasil, mas diante de tantas adversidades, antecipou a passagem de volta para o próximo voo com destino à sua terra natal. Só para fechar a viagem com chave de ouro, o avião demorou três horas para decolar rumo à Alemanha. Helmut estava decepcionado, e com razão. Amante do futebol e torcedor do Herta Berlim, até pensou em voltar ao Brasil em 2014, na intenção de acompanhar os jogos da seleção germânica na Copa do Mundo. Mas estava convicto de que não compensava. Na próxima viagem, o alemão provavelmente irá escolher um roteiro turístico que não inclua o Brasil, pois a primeira impressão, é a que fica. Uma pena.

   Obs: O texto, obviamente é uma ficção, com o objetivo de expor a falta de infraestrutura e organização do Brasil para sediar eventos de grande porte. O Rio de Janeiro foi utilizado como exemplo, não por bairrismo, mas sim por ser a cidade mais bonita do Brasil, e também por  ser anfitrião da final da Copa, bem como das Olimpíadas de 2016.

* O Eldoradense

3 comentários:

  1. Anônimo15:45

    Parabéns,texto perfeito!!

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  2. Pois é "companheiros" e "companheiras", a pinga já foi dada agora quero ver os tombos...

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  3. Anônimo16:35

    oi ai ...

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Comentário: "O tio França foi uma vítima"

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