16 de ago. de 2011

Nepaleses contestam altitude do Monte Everest e querem fazer nova medição!


   As autoridades do Nepal se preparam para medir a altura do Monte Everest a fim de eliminar definitivamente qualquer dúvida sobre o tamanho real da montanha mais alta do mundo. A medida mais aceita, estabelecida em 1954 pelo topógrafo indiano B.L Gulatee, é de 8.848 metros, marca retificada em 1975, quando o Nepal e a China reconheceram sua fronteira compartilhada - que passa pelo Everest -, e fixaram a altura do pico em 8.848,13 metros.
  Contudo, nos últimos anos surgiram dúvidas por causa da aparição de novos cálculos. Em 1999, uma equipe da Sociedade Nacional Geográfica dos Estados Unidos determinou, utilizando tecnologia GPS, que o Everest mede 8.850 metros, mais 1 metro de neve.  Em 2006, a China rebaixou ligeiramente a altura, ao anunciar que, segundo seus estudos, a montanha mais alta do mundo tinha na realidade 8.844,4 metros, e que deveriam considerar 3,5 metros de neve.
  As autoridades nepalesas e chinesas divergem se é preciso acrescentar os metros de neve - o primeiro país favorável a isso - ou se só devem contabilizar apenas a superfície da rocha, postura defendida por Pequim.  Assim, o Estado começará neste ano um programa de inspeção de localidades que "também abrangerá o Everest", disse à Agência Efe o subdiretor-general do Departamento de Reconhecimento, Kalyan Gopal Shrestha.
  Ainda não se sabe quando o processo será concluído, pois, após a medição, terão de consolidar e verificar os resultados, segundo a fonte.  Foi em 1852 quando ficou estabelecido que a altura do Everest era de 8.840 metros, consolidando-se como a montanha mais alta do planeta, após um estudo de topógrafos britânicos e indianos, que tiraram suas conclusões mediante o método trigonométrico.
  Chamado até então de Pico 15 pelos especialistas, a montanha recebeu o nome de Everest em homenagem a George Everest, um antigo topógrafo da Índia administrada pelo Império Britânico.  Mas para os nepaleses é, desde 1960, Sagarmatha, que significa literalmente "mais alta que os céus", e os tibetanos se referem a ela como Chomolongma ("mãe deusa da Terra") antes de ser batizada de Everest.
  Enquanto as primeiras pesquisas foram realizadas com métodos trigonométricos e de nivelamento, e as mais recentes com o sistema de posicionamento global, o Nepal planeja agora utilizar tanto os de nivelamento como o GPS para evitar controvérsias.  No marco do projeto, o Executivo pretende estabelecer para julho de 2012 e mediante o método de nivelamento a altura de três pontos de referência no sul da montanha, uma estratégia que facilitará o uso do GPS.  Os três pontos escolhidos são Namche, Taksindo e PK, todos eles próximos à base da montanha.  Também serão medidos outros lugares conhecidos situados em uma posição mais elevada que esses três pontos, com o objetivo de aumentar a precisão.
  Uma vez determinada a altura sobre o nível do mar dos pontos de referência, alpinistas vão efetuar medições com GPS, incluindo o cume, onde se instalará um equipamento com esta tecnologia.  Já que o Nepal não tem contato com nenhum oceano, os especialistas usaram como referência o nível do mar da baía de Bengala, na vizinha Índia.
  Os topógrafos também levarão em consideração o fato de que a altitude da cordilheira do Himalaia aumenta anualmente cerca de quatro milímetros devido ao movimento das placas tectônicas.  O Himalaia se formou há 50 milhões de anos, quando as placas indoasiática e eurasiática se chocaram. O empurrão da primeira continua atualmente e, por isso, as montanhas continuam aumentando. Fonte: Uol Notícias     * Para visualizar a imagem em tamanho original, clique sobre a mesma.

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