Contudo, nos últimos anos surgiram dúvidas por causa da aparição de novos cálculos. Em 1999, uma equipe da Sociedade Nacional Geográfica dos Estados Unidos determinou, utilizando tecnologia GPS, que o Everest mede 8.850 metros, mais 1 metro de neve. Em 2006, a China rebaixou ligeiramente a altura, ao anunciar que, segundo seus estudos, a montanha mais alta do mundo tinha na realidade 8.844,4 metros, e que deveriam considerar 3,5 metros de neve.
As autoridades nepalesas e chinesas divergem se é preciso acrescentar os metros de neve - o primeiro país favorável a isso - ou se só devem contabilizar apenas a superfície da rocha, postura defendida por Pequim. Assim, o Estado começará neste ano um programa de inspeção de localidades que "também abrangerá o Everest", disse à Agência Efe o subdiretor-general do Departamento de Reconhecimento, Kalyan Gopal Shrestha.
Ainda não se sabe quando o processo será concluído, pois, após a medição, terão de consolidar e verificar os resultados, segundo a fonte. Foi em 1852 quando ficou estabelecido que a altura do Everest era de 8.840 metros, consolidando-se como a montanha mais alta do planeta, após um estudo de topógrafos britânicos e indianos, que tiraram suas conclusões mediante o método trigonométrico.
Chamado até então de Pico 15 pelos especialistas, a montanha recebeu o nome de Everest em homenagem a George Everest, um antigo topógrafo da Índia administrada pelo Império Britânico. Mas para os nepaleses é, desde 1960, Sagarmatha, que significa literalmente "mais alta que os céus", e os tibetanos se referem a ela como Chomolongma ("mãe deusa da Terra") antes de ser batizada de Everest.
Enquanto as primeiras pesquisas foram realizadas com métodos trigonométricos e de nivelamento, e as mais recentes com o sistema de posicionamento global, o Nepal planeja agora utilizar tanto os de nivelamento como o GPS para evitar controvérsias. No marco do projeto, o Executivo pretende estabelecer para julho de 2012 e mediante o método de nivelamento a altura de três pontos de referência no sul da montanha, uma estratégia que facilitará o uso do GPS. Os três pontos escolhidos são Namche, Taksindo e PK, todos eles próximos à base da montanha. Também serão medidos outros lugares conhecidos situados em uma posição mais elevada que esses três pontos, com o objetivo de aumentar a precisão.
Uma vez determinada a altura sobre o nível do mar dos pontos de referência, alpinistas vão efetuar medições com GPS, incluindo o cume, onde se instalará um equipamento com esta tecnologia. Já que o Nepal não tem contato com nenhum oceano, os especialistas usaram como referência o nível do mar da baía de Bengala, na vizinha Índia.
Os topógrafos também levarão em consideração o fato de que a altitude da cordilheira do Himalaia aumenta anualmente cerca de quatro milímetros devido ao movimento das placas tectônicas. O Himalaia se formou há 50 milhões de anos, quando as placas indoasiática e eurasiática se chocaram. O empurrão da primeira continua atualmente e, por isso, as montanhas continuam aumentando. Fonte: Uol Notícias * Para visualizar a imagem em tamanho original, clique sobre a mesma.
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