23 de set. de 2015

Poema: "O insano e a insônia"


"O insano e a insônia"


Quando a maioria adormece,
Inicia-se a tormenta;
Uma alma padece,
E sem sono, lamenta...

Vagando acordado,
Pelos cômodos da casa;
 Fantasma encarnado,
Pensamentos em brasa...

Chama que arde,
Compulsão e agonias;
Anoitece, é tarde,
Fome de poesias,

Não abro a geladeira,
Mas quero sopa de letrinhas;
A criatividade, sorrateira,
Encorpa as primeiras linhas...


Os dedos digitam,
Latejante inspiração;
Os versos saltitam,
Tal qual o coração...

Coração de poeta,
Insano, descompassado;
Mente inquieta;
A insônia, ao lado...

O sono hipnotiza,
Após o verso derradeiro;
Quando o poema se concretiza;
Bem-vindo, travesseiro!


                  * O Eldoradense                                

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