19 de mar. de 2011

Líbia:- Obama exige cessar fogo de Gadaffi contra rebeldes...


  O presidente norte-americano, Barack Obama, impôs na sexta-feira um ultimato a Muammar Gaddafi -- ou acata as exigências da ONU e para de usar a violência contra os rebeldes, ou enfrentará uma ação militar estrangeira, o que no caso dos Estados Unidos implica um arriscado envolvimento direto na turbulência líbia. Um dia depois de o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas ter autorizado o uso da força para conter as tropas de Gaddafi, Obama prometeu que não enviará tropas terrestres para a Líbia e que se aterá ao objetivo explicitado na resolução, de "proteger especificamente os civis."
  Mas Obama insistiu que Gaddafi deverá deixar o poder, que ocupa há 41 anos, e retirar suas tropas do leste da Líbia, onde os rebeldes agora estão acuados na cidade de Benghazi e alguns outros redutos. "Todos os ataques contra todos os civis devem parar", disse Obama nas suas primeiras declarações públicas sobre a crise desde que o Conselho de Segurança aprovou a imposição de uma zona de exclusão aérea na Líbia e outras medidas. "Esses termos não estão sujeitos a negociação. Se Gaddafi não cumprir a resolução, a comunidade internacional vai impor consequências", afirmou Obama, acrescentando que o regime líbio também deve retomar o abastecimento de gás, água e energia para as cidades rebeldes.
  Em entrevista à rede CNN, a embaixadora norte-americana na ONU, Susan Rice, disse que Gaddafi, cujas forças têm avançado em direção a Benghazi, estava violando a resolução da ONU aprovada na véspera. Parlamentares e estrategistas militares dos EUA expressavam profundas restrições a um envolvimento militar na Líbia, mas Obama argumentou que tem o dever de evitar atrocidades, e que a ofensiva do regime contra os rebeldes pode desestabilizar toda a região do Norte da África e Oriente Médio.
  "Os Estados Unidos não procuraram este resultado. As nossas decisões têm sido impulsionadas pela recusa de Gaddafi em respeitar os direitos do seu povo, e pelo potencial assassinato em massa de civis inocentes", afirmou o presidente. Ele ressaltou também que os EUA estão colaborando com seus principais parceiros europeus e com governos árabes para afastar os temores de que Washington embarcaria em uma nova aventura militar sem o apoio adequado.
  A secretária de Estado, Hillary Clinton, irá no sábado a Paris para participar de uma reunião internacional sobre a situação na Líbia. Anteriormente, Hillary havia dito que o objetivo imediato era impedir a violência contra civis, mas que em longo prazo a meta deveria ser a deposição de Gaddafi. Fonte:- G1  * Para visualizar a imagem em tamanho original, clique sobre a mesma.

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