Amigos do blog, conclui ontem a leitura do livro "O pássaro pintado", do escritor polonês Jerzy Kosinski. Se eu tivesse que resumir a obra em uma só palavra, o vocábulo seria: "sombrio". Sim, porque a narrativa se passa em meio a Segunda Guerra Mundial, no interior da Polônia, onde um menino desgarrado propositalmente pelos pais para manter sua segurança passa a vagar nas aldeias rurais daquele país, mendigando abrigo e comida.
Por ter a pele morena e os cabelos negros, o menino sofre as mais severas violências de natureza física e psicológica, com narrativas descritivas poéticas, porém, dotadas de uma realidade tão cruel que o leitor absorve todas as dores e penúrias do protagonista. Rituais pagãos dos povos rurais misturados à religiosidade fundem-se num sincretismo estranho em meio à miséria e aos saques dos exércitos nazistas, oprimindo um povo já desafortunado, onde as descrições físicas dos personagens revelam muito sofrimento.
Sabe aquele tipo de leitura intrigante, tão "pesada", que o leitor, ao terminar a última página, sente-se "tenso"? Pois é, "O pássaro pintado" traz esta sensação, pois expõe com muita realidade, as atrocidades de um cenário de guerra e as misérias impostas por este contexto. Apesar do duro choque de realidade, é uma bela leitura. Parece controverso, não? Pois bem: leiam e compreendam com maior clareza o que eu quis dizer...
* O Eldoradense
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