Caros leitores, mais uma vez estamos diante de uma manchete vergonhosa sobre corrupção na política, digna de manchetes policiais. Trata-se do chamado "Petrolão", um esquema de corrupção liderado pelo PT, que através da institucionalização política da Petrobrás, pagou propina a vários políticos - inclusive, supostamente três governadores- beneficiando partidos aliados, mais uma vez, sob o pretexto de se manter a tal "governabilidade".
A delação premiada de Paulo Roberto Costa poderá trazer muitas revelações, que segundo ele próprio, eram dignas de "suspender as eleições brasileiras". Exageros à parte, mesmo porque o trâmite das investigações deverá ser longo, e até virar julgamento e condenação levam-se anos, (como no caso do mensalão), é fato que alguns pontos vêm à tona:
1) Até que ponto o escândalo poderá interferir, de fato, nas intenções de voto do brasileiro?
2) Será que um escândalo de tamanho rombo aos cofres da estatal - estima-se R$ 3,4 bi em propinas- não reacende o velho debate das privatizações, com o intuito de defender empresas públicas de manipulações partidárias corruptas?
3) O debate dos presidenciáveis perderá ainda mais as projeções de futuro e se limitarão às sujeiras dos seus respectivos partidos, numa troca de acusações onde vão tentar convencer o eleitor de qual sigla é a menos corrupta?
O PT de Dilma Roussef amarga escândalos como do "Mensalão" e do "Petrolão", enquanto o PSDB de Aécio Neves está supostamente envolvido com o escândalo do "Trensalão" em São Paulo e o "Mensalão mineiro de Eduardo Azeredo". Excluo da lista tucana as supostas irregularidades ocorridas na privatização da Vale do Rio Doce, bem como no processo da emenda de reeleição de FHC, que são episódios antigos. Se Marina Silva gozava de certo conforto até agora, o PSB começa a ter problemas na explicação sobre a origem do dinheiro da compra do avião que prestava serviços para Eduardo Campos, bem como também seu suposto envolvimento com o "Petrolão", onde o ex-governador pernambucano teria recebido propinas do esquema.
É, amigo leitor, (e eleitor). Se para a escolha do voto formos usar os critérios e honestidade e moralidade, admito que fica difícil escolher alguém. Mas particularmente, eu sou contrário ao voto nulo e branco, e defendo a tese de que se escolha o "menos ruim", em nome da democracia.
Encerro dizendo que é uma pena uma empresa do tamanho e da importância estratégica energética nacional como é a Petrobrás ser vítima da ladroeira político-partidária. Até algum tempo atrás, eu sempre fui contrário à privatização de uma estatal tão importante, mas para o próprio bem da empresa, creio que transferir sua gestão ao capital privado seja mesmo melhor solução para livrá-la das más, ineficientes e corruptas administrações públicas.
* O Eldoradense
A esperança ainda é acreditar que Deus seja mesmo brasileiro...pois a urna urna parece apenas representar a falsa ilusão da existência de políticos mais comprometidos com a honestidade assegurando a dignidade do povo ...que Deus nos ajude!!!
ResponderExcluirApertem o cinto ninguem sabe onde iremos parar...