22 de fev. de 2019

Comentário: Venezuela, donde estás?

Aduana da fronteira do Brasil com a Venezuela em Pacaraima (RR). Créditos G1



   "Misterioso luar de fronteira, derramando no espinhaço, quase um mar, clareando a aduana, Venezuela, donde estás?" "Canção Noturna", Skank, ano de 2000. Uma de minhas músicas preferidas....

     A imagem acima foi publicada no site G1, e retrata a aduana na fronteira do Brasil com a Venezuela, em Pacaraima (RR). E tal imagem foi postada porque aquele lugar está mais uma vez em evidência, pois o déspota e ditador Nicolás Maduro fechou a aduana no intuito de impedir que os venezuelanos adentrem no Brasil com o intuito de buscarem ajuda humanitária. Sim, além de deixar seu povo na extrema miséria, ele decretou o impedimento dos seus compatriotas de buscarem auxílio, mesmo passando fome e tantas outras privações de dignidade. Revoltante.

        O governo brasileiro age acertadamente em enviar o auxílio, pois as questões humanitárias estão acima das ideológicas, e nada mais justo do que manifestar apoio a um país vizinho que vive uma crise caótica, fruto da incompetência, arrogância e autoritarismo de um megalomaníaco.


      Não sei qual é a biografia de Guaidó, o homem que se autodeclarou o novo presidente da Venezuela até a realização de novas eleições. Sinceramente, não sei se é honesto ou mais um oportunista. Mas a princípio, é alguém que demonstrou coragem e vontade de  retirar o país das garras de um sujeito autoritário, que provavelmente venceu as eleições presidenciais mediante um processo eletivo fraudulento. Portanto, e só por isso, tem meu respeito.

     A solução do problema poderia ser pacífica, mas Maduro e seus capangas militares parecem estar irredutíveis. Aliás, é no apoio militar que os ditadores se apegam, mantendo-se no poder através da força,  independente da ideologia que seguem. Isso sempre ocorreu, desde Fidel à Pinochet. Sendo assim, eu defendo a tese de que para que o povo venezuelano alcance um pouco de paz e dignidade, talvez seja preciso o uso das forças militares estrangeiras. A soberania de um povo não é sinônimo da soberania governamental  quando este governo não é democrático e  desfaz dos seus. Não é justo que milhões passem fome enquanto Maduro é fotografado em um restaurante de luxo da Turquia comendo do bom e do melhor. 

     No atual momento, a Venezuela é apenas um território com dois presidentes, onde, infelizmente, já não existe mais nação. Está na hora de tentar reerguê-la, e para isso, ao meu ver, a primeira condicionante está atrelada à queda de Maduro. Que assim seja!  Venezuela, donde estás?


* O Eldoradense   

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