A ausência de um ouro olímpico no futebol era um cálice amargo que precisava ser afastado da boca do torcedor brasileiro. E finalmente, aconteceu: diante da Alemanha, (nossa algoz da última Copa do Mundo), a seleção brasileira comandada pelo desconhecido técnico Rogério Micale abriu o marcador em cobrança de falta precisa de Neymar ainda no primeiro tempo. Meyer igualou na segunda etapa, e o jogo terminou empatado. Na prorrogação, jogo dramático e novo empate. Os pênaltis decidiriam quem ficaria com o ouro, sendo que o Brasil converteu todas as cinco cobranças, e os alemães, por sua vez, apenas quatro.
O Maracanã foi o palco da conquista inédita para o futebol brasileiro. A conquista de uma seleção que iniciou a competição desacreditada, pois dois empates sem gols diante das frágeis equipes da Africa do Sul e do Iraque causaram desconfianças e muitas críticas por parte dos torcedores e da imprensa. Porém, após o jogo contra a Dinamarca o Brasil pareceu ter encarnado um espírito aguerrido, digno dos Jogos Olímpicos e da camisa amarela, tão vencedora e respeitada mundo afora.
Após o empate contra o Iraque, fiz um trocadilho irônico, chamando este grupo de "seleção de araque", pois o futebol apresentado até então era insatisfatório, indigno, pífio. Mas justiça seja feita: a seleção olímpica de futebol assimilou as críticas, convertendo-as em vontade, técnica e brio, numa demonstração clara de evolução. E não é que a seleção do Rogério Micale "me calou"? Se o cálice da falta do ouro olímpico tinha um sabor amargo na boca da torcida brasileira, o "cale-se" imposto pela seleção do Micale teve um sabor adocicado. O doce sabor de uma vitória dourada...
* O Eldoradense
Foi de tirar o fôlego... eu acho que fui uma das poucas que não fez piadas com a seleção, porque a gente sabe que o jogo só termina quando acaba, rsrsrs palavras do meu pai parodiando o saudoso Vicente Matheus... Valeu Brasil!!!
ResponderExcluirAbraços