O líder da Al Qaeda, Osama bin Laden, disse em uma mensagem de áudio nesta sexta-feira que a libertação de reféns franceses mantidos no Níger dependerá da retirada dos soldados da França de terras muçulmanas. "A recusa do presidente Nicolas Sarkozy em retirar suas tropas do Afeganistão não é nada além de um sinal verde para a morte dos reféns franceses", disse o locutor, com voz semelhante à do líder da Al Qaeda. A mensagem de áudio foi transmitida pela televisão árabe Al Jazeera.
"Mas não faremos isso no momento em que ele determina para tentar eliminar as repercussões de sua posição, que custará caro dentro da França e fora dela," alertou. Essa é a segunda gravação que o líder da Al Qaeda, supostamente escondido nas áreas montanhosas da fronteira entre o Afeganistão e o Paquistão, criticou as políticas francesas, ligando a presença da França no Afeganistão ao sequestro de seus cidadãos no Níger.
Sete estrangeiros, incluindo cinco funcionários franceses das empresas Areva e Vinci, foram sequestrados no Níger em setembro do ano passado. A Al Qaeda no Magreb Islâmico (AQIM), o braço norte-africano do grupo militante, assumiu a responsabilidade pelos sequestros. A AQIM também assumiu a responsabilidade na semana passada pela morte de dois franceses, encontrados depois de uma tentativa frustrada de resgate no Níger no começo de janeiro, mas não disse quantos homens foram mortos.
O sequestro do dia 16 de setembro representou uma escalada da hostilidade entre o grupo militante e a França. A AQIM matou o francês Michel Germaneu, de 78 anos, em julho passado depois que comandos franceses participaram de uma operação fracassada para salvá-lo. A França tem oito cidadãos mantidos reféns pelo mundo, cinco pela AQIM no Níger, dois pelo Taliban no Afeganistão, e um na Somália.
A última fita de áudio de Bin Laden à França, divulgada pela Al Jazeera em outubro, também atacou a proibição proposta pela França contra os véus islâmicos integrais, tema que também foi vinculado às exigências feitas por sequestradores da AQIM. Fonte:- Uol Notícias * Para visualizar a imagem em tamanho original, clique sobre a mesma.
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