Quando postei "O caçador de pipas", a amiga blogueira Jane Quintela sugeriu em comentário que eu fizesse a leitura de "A cidade do Sol", do mesmo autor Khaled Hosseini. Consegui emprestado, e se eu havia achado o primeiro livro bom, o outro, achei magnífico.
Nesta obra, o autor, ao meu ver, parece esmiuçar detalhadamente as mazelas de um país em guerra, multiétnico e extremamente machista. E é neste último detalhe que o leitor acaba nutrindo raiva por Rashid, o patriarca de uma família que possui duas mulheres, algo comum na cultura de algumas nações islâmicas. Sua arrogância, ignorância e violência são descritos de maneira eficaz, levando o leitor à reflexão do problema das agressões sofridas pelas mulheres ao redor do mundo, inclusive em nosso país. A diferença é que no Afeganistão, o fenômeno parecia não ser apenas tolerado, como também estimulado pelo regime talibã.
Fazendo uma analogia ao título da história, "A cidade do Sol" não reflete o brilho alegre do "Astro Rei", mas sim a ardência do sofrimento de um povo durante as guerras, bem como de suas mulheres oprimidas e subservientes. Belíssimo livro!
* O Eldoradense
Um dos livros mais impactante que já li...
ResponderExcluirOlá amigo blogueiro, que bom que gostou da leitura, foi um dos livros que mais gostei de ler também. Se aceita outra sugestão leia "O Livreiro de Cabul" de Asne Seierstad. Acho que vai gostar muito!
ResponderExcluirAbraços!!!