Ata de reunião com amigos da época do colegial e suas respectivas esposas ocorrido em 02/07/2019, às 20:30h, no Siriu's Bar. Consumo: Três Beirutes de Kafta, outros três de frango, uma Skol, três sucos de laranja e dois de abacaxi com hortelã adicionados com leite condensado. Total: Não lembro. Cada um pagou o seu.
A referida reunião foi combinada via whatsapp no fim da tarde de ontem, sendo que até então ninguém havia chegado a um consenso sobre o local e a hora. Depois de chegar do treino de bicicleta, forças ocultas me sugeriram que eu escolhesse o Siriu's Bar, proposta aceita pelos demais, sendo que o horário ficou pré-estabelecido para às 20:30h. Cheguei com antecedência, feito mineiro que vai embarcar na Maria-Fumaça disposto a encher o saco. Depois chegou o Givanildo, cuja esposa é a Simone e o chama de Leandro; (Eu juro que não entendo porque ela o chama pelo segundo nome).
Meu amigo policial militar estava demorando a chegar, e o Givanildo queria mandar mensagem para apressá-lo. Eu disse que não, que esperaríamos, que não precisaríamos de aparelho celular. Em seguida, pedi para a Simone solicitar a senha do Wi-Fi.
- Mas não era pra ficar sem celular ? - Disse Givanildo
- É para ficar conectado, mas só por precaução - respondi
Meu amigo policial militar chegou, com a esposa, Fátima. Nos cumprimentamos e fizemos os pedidos. Eles queriam porque queriam usar um dispositivo sobre a mesa que chamava a atendente através de uma campainha. Eu disse que não, que chamaríamos a atendente à moda antiga, levantando a mão...
- Mas por que isso? - Perguntou a Fátima
- Porque eu sou tímido - respondi
- Não é uma incoerência ser tímido e chamar a atendente levantando a mão? - Perguntou Givanildo
-É! Mas do jeito antigo tem mais calor humano, olhos nos olhos - argumentei
Olhares surpresos na mesa. Não liguei. Enfim, chegaram os sucos, uma cerveja e seis Beirutes. Comentaram sobre a ausência do Kiko e a esposa, que não puderam vir porque ela ainda não havia chegado do trabalho. Em seguida, alguém mencionou que Beirute era o nome de uma cidade.
- Capital do Líbano, respondi. No final da década de 80 explodiam vários carros-bomba lá...
- Estranho o nome de uma cidade em um lanche, né? - Disse Fátima.
- Uai, não tem o Bauru? - argumentei...
Fátima disse que Bauru era um lanche sem graça, com ingredientes comuns, com muçarela, presunto e tomates. Eu disse que a receita original, na verdade, é composta de pão francês, rosbife, queijo derretido e pepinos.
- Sério? Perguntou Fátima
- Sério. Um advogado em São Paulo pedia direto este lanche, e apelidaram tanto o quitute quando o cara de "Bauru", porque ele era de Bauru - respondi
- Nossa, e como chegou ao Brasil? (Fátima, em uma indagação pra lá de infeliz, mas acho que foi lapso ou cansaço, porque ela é inteligente)
- Não é por nada, mas tanto São Paulo, quanto Bauru, já ficam no Brasil - respondi.
Risadas na mesa. Fátima se desculpou alegando estafa, mas eu acho que não é de se desprezar a possibilidade da Skol fazendo efeito. Perguntaram se minha camiseta vermelha e a barba era alguma apologia política, e eu disse que não. A camiseta foi a primeira que encontrei no cabide, e a barba, faz tempo que estou usando. Me chamaram de petista e eu disse que não, que apesar de esquerdista, não sou necessariamente petista.
- Givanildo, o que você está achando do Bolsonaro? - perguntei
- Uma lástima, fraco pra caramba! Votei nele no segundo turno porque não queria votar no PT, mas não sei o que aquele cara está fazendo lá - respondeu Givanildo, (dono de sorveteria e bancário em Londrina)
- Eu acho ele um débil mental! - provoquei
Olhares de repreensão descontraída de Fátima e do meu amigo PM. Nicoly, filha deles, não ouvia nada, hipnotizada pelo celular.
- Tá vendo, petista!? - disse meu amigo PM
Não quis prosseguir na argumentação. Em seguida, Givanildo perguntou se meu amigo PM estava trabalhando na rua ou na administração. Ele respondeu que estava fazendo escoltas.
- De bandidos? - perguntou Givanildo
Encolhi os ombros e olhei para o autor da pergunta, contrariado com a obviedade.
- Ah, pode ser escolta de autoridades! - prosseguiu o sorveteiro/bancário
- Sim, desculpa, você está certo - concordei
- Não! Aqui em Venceslau não tem tantas autoridades pra escoltar, e este tipo de serviço é feito pela ROTA- disse meu amigo PM
- Ha ha ha, retiro meu pedido de desculpas! - ironizei
Queriam fazer novos pedidos, utilizando o botão do dispositivo sobre a mesa. Proibi. Peguei o dispositivo e coloquei sob minha guarda, contrariando os demais. Entraram num assunto de Transtorno Obsessivo e Compulsivo, além de consumismo. Fátima disse que já teve duzentos pares de sapatos, e o marido confirmou. Em seguida, ela pediu o dispositivo de chamada, que também possuía guardanapos. Eu disse que só poderia usar guardanapos, mas que estavam impedidos de apertar o botão para chamar a atendente.
- Cara, você tem problema! - disse ela
- Ah! Falou a mulher que teve duzentos pares de sapatos! - Foi a melhor contra argumentação que me veio na cabeça.
A reunião seguiu em tom descontraído, onde ainda falamos de educação de crianças, pressão arterial e colesterol, quando posteriormente brindamos a decadência após os 40. Na hora de fechar a conta, queriam novamente apertar o botão do dispositivo, feito criancinhas. Obviamente, não deixei. Fomos até o balcão e pagamos a fatura.
Na saída, alguém me disse...
- Cara, você é muito chato!!!
- Que bom ouvir isso, eu disse. Quando estou chato, é porque estou melhorando!
Demos risadas e cada um seguiu seu rumo. Grato aos meus amigos pela reunião. Fim desta página do livro ata.
* O Eldoradense
Não entendi nada do seu texto boiando.
ResponderExcluirKkkkkk... Engraçadinho vc hein...a propósito o nome é NICOLY
ResponderExcluirCorreção feita através de edição na postagem. Só o fiz porque a menina de vocês é muito "cuti cuti!" Abraços, obrigado pela noite agradável!
ExcluirAss: O Eldoradense