9 de nov. de 2017

Eu preferia acreditar que o vídeo de Waack tivesse sido editado!

  Você já deve ter assistido ao vídeo abaixo, que está viralizando na internet. Nele, o apresentador do "Jornal da Globo", Willian Waack, faz supostamente um infeliz comentário sobre um cidadão que buzinava seu carro, antes de uma inserção do âncora e de um entrevistado na cobertura das eleições norte-americanas. Caso ainda não tenha visto, assista, e caso já tenha visualizado, reveja:



   
   A qualidade do áudio não é lá das melhores, mas Waack, em um rompante de impaciência, teria atribuído a buzina inconveniente à "coisa de preto". Na sequência, o entrevistado dá uma risada de "Mutley", (o cachorro rabugento do desenho animado), supostamente tendo achado graça na "piada" de péssimo gosto.

   Com a apresentação do fatídico vídeo na internet  e consequentes visualizações em massa, foi inevitável uma atitude da TV Globo, que foi  mostrada no vídeo abaixo, anunciado pela jornalista Renata Lo Prete:



  É impressionante como um profissional de imprensa qualificado, que deveria ser teoricamente desprovido de alguns preconceitos toscos, comete um disparate inaceitável destes, mostrando a sua verdadeira face em poucos segundos. Inadmissível, e a fala não é aceita nem no contexto "brincadeira de mau gosto", ou em contexto algum. Há quem diga que o vídeo talvez pudesse ter sido editado. Eu adoraria, e até preferiria acreditar nisso. Há também quem diga que a emissora talvez tenha exagerado no imediatismo do afastamento, o que eu discordo: Não é de hoje que a Globo tenta disseminar campanhas de combate ao preconceito de quaisquer naturezas, e se a emissora demorasse em tomar uma atitude, poderia transparecer conivência com a "infelicidade" de Waack.

    É nestas horas que muitas facetas de um país historicamente marcado pela opressão aos mais pobres e às minorias mostra suas nuances preconceituosas mais cruéis: convivemos e teremos que conviver por algum tempo com o racismo, (seja velado ou escancarado); o preconceito social, a homofobia e o machismo. Em nome da decadência moral e ética da esquerda, grupos que se autodenominam de "direita" adotam discursos conservadores que proliferam estes conceitos abomináveis, usando como fachada os discursos de defesa da religião, da moral e dos "costumes adequados", (como se os seus costumes fossem adequados). E é neste solo inóspito e hostil que a candidatura de Bolsonaro vem ganhando força, tal qual Trump triunfou nos Estados Unidos...

* O Eldoradense

   
 

2 comentários:

  1. Anônimo02:42

    Esse cara nunca me enganou. Grande profissional, péssimo ser humano

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  2. Anônimo02:44

    Grande profissional, péssimo ser humano.

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Comentário: "O tio França foi uma vítima"

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