7 de ago. de 2015

O desgoverno de Dilma agoniza, e cada um dos seus possíveis sucessores adota uma estratégia...

A crise política e econômica que vive o país é motivo de várias charges na internet

    Nem o mais otimista dos brasileiros consegue vislumbrar dias melhores no cenário político e econômico do nosso país. Não há consenso, não há mobilização em torno de reversão do quadro, e tudo o que se vê são interesses pulverizados em direções difusas, com cada liderança política relevante olhando para o seu próprio umbigo. Dilma parece atordoada, perdida em meio a sua falta de tino e também ao mar de lama em que o seu partido, o PT, está submerso. Neste nebuloso cenário, cada uma das lideranças que possuem potencial de suceder a presidenta, (seja através de eleições ou mesmo através de impeachment), adota uma estratégia. Eis alguns exemplos:

  Geraldo Alckmin: Inicialmente adotou um tom cordial com a presidente, aguardando as eleições de 2018. Não é do seu interesse a convocação de novas eleições, como sugere a ala tucana ligada a Aécio Neves, pois o governador paulista tem boas chances de ser o candidato a presidência pelo PSDB daqui a três anos. Atualmente Alckmin mantém um contato mais próximo a Michel Temer, pois um possível impeachment colocaria o vice-presidente no comando, minando os interesses de Aécio, que está se esgoelando feito louco por um novo pleito eleitoral antes de 2018.

  Michel Temer: Encarregado de fazer a articulação política do governo Dilma, está adotando uma postura conciliatória, cujo empenho parece não surtir efeitos nem mesmo no seu partido, o PMDB. Em caso de impeachment, Temer assumiria o Palácio do Planalto, mas parece não externar explicitamente este desejo. Ontem, o vice-presidente pareceu ter conseguido algum apoio de empresários de São Paulo e do Rio de Janeiro, e jura de pés juntos que age em favor de Dilma. Mas alguém em sã consciência acredita que Temer não está com um olho no peixe e outro no gato?

   Lula: Até pouco tempo  cotado como sucessor de Dilma nas próximas eleições, o ex-presidente precisa colocar as barbas de molho. Os desdobramentos das investigações da Operação Lava Jato parecem encaminhar-se em sua direção, e seu prestígio junto ao eleitorado esfacelou-se como consequência da impopularidade de Dilma. Lula não sabe se critica a atual presidente ou a apoia. Está em maus lençóis, e seus discursos evasivos e recheados de metáforas não estão com o poder persuasivo de outrora. 

    Marina Silva: Insiste em cometer os mesmos erros do passado. Se omite, não se expõe, não emite sequer uma opinião contundente, o que acaba transmitindo uma imagem passiva diante do grave quadro que se desenha. Ainda assim, balbuciou qualquer coisa contrária ao impeachment e à convocação de novas eleições. Mas pela sua importância política e pelo capital eleitoral adquirido em 2010 e 2014, Marina poderia assumir uma postura mais clara e enfática. Decepcionante.

 Aécio Neves: Contundente demais, exagerado demais, irresponsável demais. Sabendo que o impeachment não o conduzirá ao Palácio do Planalto e temendo perder a vaga da candidatura tucana em 2018 para Alckmin, Aécio está propondo a convocação de novas eleições! Ou seja: quer mudar as regras conforme seus interesses e suas conveniências. Poderia aceitar a derrota com mais dignidade, e no máximo, lutar pelo impeachment. A busca leviana pela convocação de novas eleições é ridícula, sem qualquer propósito e fere os princípios da democracia.


* O Eldoradense

Um comentário:

  1. Nossaaaa, tem gente que está trabalhando dioturnamente e noturnamente para a sucessão, rsrsrs ai, ai tem que rir mesmo... abraços!

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