Rumo ao hexa ou sobrevida?

"Rumo ao hexa, ou sobrevida?"

  É, amigo leitor, foi difícil, foi sofrido. Passamos pela boa equipe chilena, jogando um futebol de muita garra, porém, pouca eficiência técnica. Mas não importa: nesta fase do torneio, é matar ou morrer, e por mais que muitos preguem o contrário, é melhor ganhar jogando mal do que perder jogando bonito. 

  Nossa seleção estava com pouca inspiração e muita transpiração, e em dado momento do jogo, não conseguia trocar três passes consecutivos. Como sempre, dependíamos de Neymar, e desta vez, ele esteve bastante apagado no jogo, se movimentando bastante, mas com um individualismo acima da média e pouco efetivo. 

  Os gol do Brasil saiu na infelicidade de um defensor chileno, que arrematou contra a própria meta. O gol chileno saiu na infelicidade do sistema defensivo da nossa seleção, que saiu jogando totalmente errado em uma jogada primária iniciada em cobrança de lateral.

  Depois, justiça seja feita, o jogo foi muito equilibrado, e o placar ao final do tempo regulamentar refletiu o que aconteceu em campo. Veio a prorrogação e tudo parecia caminhar para a disputa de pênaltis, até que o atacante chileno Pinilla resolveu acertar o travessão de Júlio César, para alívio brasileiro e desespero dos adversários. A partida seria decidida na cal, ou seja, nos pênaltis.

  O Chile parecia "querer perder", mas Willian e Hulk resolveram equilibrar as cobranças, desperdiçando-as. O equilíbrio seguiu até os últimos pênaltis. Neymar, com personalidade, converteu. Jara, por sua vez, não teve a mesma sorte, colocando a bola na trave: Brasil classificado!

   O torcedor otimista, diria que estamos rumo ao caminho do Hexa,   e o pessimista, (ou realista); diria que ganhamos sobrevida. Não interessa. O negócio é analisar os erros cometidos, tentar corrigi-los contra uruguaios ou colombianos, e tentar avançar rumo às semifinais. Mas a verdade, é que em Copa do Mundo, (principalmente em jogos eliminatórios); "meio a zero" já basta. E hoje, foi "um vírgula vinte e cinco" a um. Também bastou.

* O Eldoradense