O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, afirmou nesta quinta-feira (11), durante audiência pública na Comissão Mista de Orçamento, que o aporte de R$ 2,5 bilhões efetuado pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC) ao banco Panamericano, representou um "final feliz" para o episódio, uma vez que preservou o poder público, os depositantes e o sistema financeiro brasileiro. Segundo ele, a liquidação do banco Panamericano seria o "último recurso" a ser utilizado pela autoridade monetária, pois este processo, em sua visão, causaria "prejuízos substanciais" a todas as partes envolvidas. No caso da liquidação extrajudicial de instituições financeiras, há paralisação das atividades, além de repercussões pelo mercado, pois o banco liquidado têm operações ativas com outras instituições. Neste caso, o Fundo Garantidor de Crédito (FGC) garantiria depósitos até o limite de R$ 60 mil por cliente.
Meirelles disse ainda que, com a solução de injetar recursos no Panamericano, por meio de um empréstimo do FGC, os depositantes estão "livres" para sacar os seus recursos naquela instituição, caso queiram. "A situação que não é usual no mundo de hoje. Sem perdas para o depositante e para o poder público", declarou ele. O presidente do Banco Central lembrou também que, por conta da crise financeira internacional, os sistemas financeiros de outros países geraram custos "enormes" para o poder público dos países envolvidos. Citou o caso dos Estados Unidos, que aprovou um plano de ajuda com um custo possível de US$ 250 bilhões.
"Tivemos casos importantes no Brasil no passado, como o Proer, onde foram alocados altos valores. Neste caso [Panamericano], não há o custo de nenhum centavo público para recapitalizacao e recomposição patrimonial. O controlador, o sócio majoritário, o grupo Silvio Santos, foi convocado pela autoridade monetária e fiscalizadora. E, dentro das normas legais, o BC demandou a recomposição patrimonial do banco", disse ele. Fonte G1 * Para visualizar a imagem em tamanho original, clique sobre a mesma.
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Comentário: "O tio França foi uma vítima"
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