RIO - A Ilha do Governador deixou de ser um pedaço de terra cercado por água para transformar-se num pedaço de terra cercado pelo Aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue. Duas localidades do bairro, onde está situado o Aeroporto Internacional Tom Jobim - onde desembarcam todos os dias milhares de turistas -, são as que têm maior índice de infestação de Aedes de toda a cidade, segundo o último Levantamento Rápido do Índice de Infestação do Aedes aegypti (Lira), realizado em outubro pela Secretaria municipal de Saúde e divulgado quinta.
Freguesia: quase 20 vezes mais 'Aedes' que o aceitável
Na Freguesia, uma das duas áreas da Ilha com alta infestação, o índice chega a 19,2%, quase 20 vezes o aceitável pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que preconiza no máximo 1%. No Jardim Guanabara, local de classe média, o índice é 10,4%. O terceiro lugar na cidade é o Joá, na Zona Sul, com 10%. Mesmo na Zona Sul do Rio, a situação não é das melhores. A Lagoa tem 6,5%, um pouco acima do Jardim Botânico, com 6%. O Cosme Velho aparece em terceiro lugar, com 4,9%. Em compensação, Ipanema aparece bem: tem apenas 0,7%. Embora o Joá apareça com 10%, áreas próximas apresentam índices bem mais baixos: São Conrado tem apenas 0,4%, a Barra tem 0,8% e o Itanhangá, 0,2%
Os moradores do Humaitá, onde, no último Lira, em agosto, o índice era acima de 10%, o mais alto da cidade naquela época, ainda não podem comemorar, mas o bairro conseguiu diminuir a quantidade do vetor: está com 4,3%.
Veja os índices de infestação nas regiões
Para o secretário municipal de Saúde, Hans Dohmann, embora haja problemas em várias áreas, a cidade do Rio de Janeiro, como um todo, não está tão ruim. A média do Lira na cidade foi de 1,7%, uma das menores já registradas. Segundo ele, já há várias ações planejadas para as áreas com mais mosquitos. Assim como aconteceu no Humaitá, onde conseguimos reduzir o índice, estamos programando ações para todos os bairros com altos índices de infestação. Elas vão desde a visita domiciliar e mutirão de limpeza da Comlurb até a passagem do fumacê. Na Zona Sul, por exemplo, o fumacê já está sendo usado - afirmou.
O município do Rio registrou de janeiro até agora cinco óbitos provocados pela dengue e 2.488 pacientes com a doença - menos do que no mesmo período do ano passado, quando foram 2.194 vítimas. Embora o número total agora seja menor, ele esconde a escalada do mosquito: os três primeiros meses do ano passado tiveram muito mais doentes do que janeiro, fevereiro e março de 2010, mas, depois disso, os números deste ano passam a ser bem mais altos comparados ao mesmo mês de 2009. O último setembro, por exemplo, teve 152 vítimas, contra as 20 de setembro do ano passado. No interior do estado, a situação é mais preocupante, e os moradores devem redobrar os cuidados para evitar o mosquito. De janeiro até agora, morreram 40 pessoas de dengue no estado (incluindo as cinco da capital), contra 14 de todo ano passado - um aumento de 285%. A quantidade de pacientes infectados também aumentou: no estado, de janeiro até outubro, foram 26.794 pessoas, mais do que o dobro de 2009, com 11.649 vítimas. Dos 40 óbitos, além dos cinco do Rio, foram registrados oito em São Gonçalo, oito em Campos e três em Macaé. Os demais ocorreram em 16 municípios diferentes. Fonte:- O Globo * Para visualizar a imagem em tamanho original, clique sobre a mesma
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