O encontro de duras horas e meia, ocorrido hoje entre a presidente eleita Dilma Rousseff e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, foi o mais claro sinal de que não haverá mudanças no comando da economia no futuro governo. Os dois já haviam conversado sobre a permanência de Mantega na Fazenda durante a viagem que fizeram juntos a Seul e, agora, já tratam da montagem da equipe de assessores na Fazenda e de planos de política econômica.
Dilma Rousseff comunicou essa decisão a aliados em encontros ontem – e falou também de seu desejo de nomear um maior número de mulheres para sua equipe. Mas como o desejo da presidente eleita é o de anunciar os nomes da equipe econômica em bloco na semana que vem, junto com o conjunto de assessores que vão acompanhá-la no Palácio do Planalto, a tática dos assessores tem sido a do silêncio. Assessores de Mantega se recolheram nesta quinta-feira para não serem levados a confirmar o convite e, assim, fazer prevalecer o cronograma estabelecido por Dilma. Assessores de Lula que não querem ser identificados confirmam o convite e que Mantega já teria aceitado.
Definida sua permanência no comando do Ministério da Fazenda, Mantega cuida agora de montar a equipe. Os ocupantes de ao menos dois cargos importantes da equipe serão substituídos: o secretário da Receita Federal e o secretário do Tesouro. Na Secretaria do Tesouro, sai Arno Augustin, que já comunicou que deixará o posto para assumir uma secretaria do governo Tarso Genro, no Rio Grande do Sul. A mudança no comando da Receita Federal é mais complexa. Otacílio Cartaxo era o segundo na equipe de Lina Vieira e acabou sendo efetivado no cargo. Mas nos poucos meses em que ficou à frente da Receita, foi obrigado a enfrentar algumas crises, e seu desempenho foi criticado. O caso mais grave foi a denúncia de quebra do sigilo fiscal de parentes e pessoas ligadas ao adversário de Dilma na campanha, José Serra.
Os problemas na Receita começaram quanto Mantega decidiu substituir Jorge Rachid – que havia sido nomeado por Antonio Palocci. Foi quando escolheu Lina Vieira, que se envolveu na polêmica sobre encontro com Dilma – negado veementemente pela então ministra-chefe da Casa Civil, no qual teria pedido para acelerar o processo de investigação sobre o filho do senador José Sarney, Fernando Sarney. Fonte:- Blog da Cristina Lobo, G1.com * Para visualizar a imagem em tamanho original, clique sobre a mesma
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Comentário: "O tio França foi uma vítima"
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