E no feriado nacional que relembra a luta de um herói brasileiro pela liberdade condenado pela monarquia tupiniquim, eis que nossa república concede o perdão a aquele que muitos consideram um novo herói da liberdade de expressão. Daniel Silveira, o deputado fanfarrão foi perdoado pelos crimes cometidos contra a democracia sob o crivo do Bozo, o palhaço que brinca de ser presidente.
Todos conhecem meu posicionamento acerca do caso, e poderiam esperar indignação. Mas sinceramente, não. E explico o porquê: Estamos em um país onde a impunidade corre frouxa, e que mesmo sob condenação, as leis são bastante brandas, e através de "bom comportamento", um condenado rapidamente consegue progressão de regime ou diminuição de pena. Seria provavelmente o caso do deputado Daniel Silveira.
O mais importante nesta história toda, já aconteceu: A perda do mandato, das regalias, da mamata enquanto parlamentar. Isso é fato, e não tem perdão de testa de ferro que dê jeito. Enfim, os objetivos maiores do STF foram atingidos: a crista baixa, o rabinho entre as pernas, o socorro presidencial patético, a desmoralização. Que sirva de exemplo, assim como serviu para Zé Trovão, Sérgio Reis e Sara Winter.
Há ainda a velha discussão sobre o fato do ex deputado merecer ou não a alcunha de criminoso. Sob o ponto de vista técnico-judicial, não há duvidas, pois até mesmo o Ministro "terrivelmente evangélico" nomeado pelo palhaço que brinca de ser presidente o condenou. A decisão foi unânime. Se o palhaço que brinca de ser presidente o absolveu por afinidade ideológica, amizade ou paixão à primeira vista, é outra história. O que importa é que o bandidinho boquirroto percebeu que não é ninguém na fila do pão, perdeu as mordomias e provavelmente vá se comportar melhor depois das palmadas jurídicas. O resto é tão insignificante quanto a biografia de Daniel Silveira...
* O Eldoradense
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