É, finalmente acabou aquela que foi a eleição presidencial mais polêmica da nossa história. As redes sociais bombaram, as fake news foram disseminadas de forma tão intensa que Pinóquio se benzeu, envergonhado. Discussões, vias de fato e até um atentado a um candidato, que por fim, sagrou-se vencedor, conforme a vontade da maioria. Vontade esta que pode até ser discutida, mas nunca questionada, pois assim funciona o processo democrático.
Particularmente, mantive o meu voto nulo, mesmo que explicitando sempre minha antipatia maior por Jair Bolsonaro. Não tenho problema algum em dizer isso, assim como também me resta torcer para que ele me surpreenda e faça um bom governo. Primeiro, pelo fato de estarmos todos neste barco chamado Brasil; e segundo, porque ninguém quer um novo impeachment. Até mesmo porque, nesta hipótese, quem assumiria é o General Mourão... melhor não, né?
Brincadeiras à parte, é bom que o vencedor adote um tom mais conciliador e democrático, deixando, de fato, a campanha para trás. E é bom também que as pessoas continuem discutindo política, vivenciando política, mas agora, mais na condição de fiscalizadores do que de torcedores. O recado é válido tanto para simpatizantes do vencedor quanto para os oponentes dele. Passou, né? Se este país precisa de reconstrução, é recomendável que os ânimos se tornem menos exaltados.
Se por um lado um "mito" triunfou, outro, parece que mais uma vez foi desfeito, apesar das insistências dos admiradores das teorias da conspiração: o questionamento irresponsável da transparência da votação eletrônica. Depois de tanta bobagem que foi dita, tantas denúncias sem provas, o resultado mais uma vez mostrou que prevaleceu a vontade popular, independente de partido ou ideologia. O TSE, tão colocado em xeque ultimamente, mais uma vez deu sua resposta à altura.
Enfim, torcemos tanto para que nosso país alcance o sucesso, mas quando inovamos ou nos destacamos em algo, alguns "amantes do retrocesso" clamam pelas cédulas de papel, facilmente passíveis violações cometidas por uma caneta esferográfica nas mãos de um apurador mal intencionado. Bolsonaro venceu e contou com a lisura da nossa tecnologia eleitoral, que dá o resultado da apuração em poucas horas.
Mais uma vez observadores de vários países estiveram aqui para verificarem o nosso processo eleitoral, e mais uma vez, ele foi elogiado. Mas sabem como é... sempre existem os saudosistas que amam charretes, lamparinas e discos de vinil!
* O Eldoradense
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