Não é de hoje que a beleza do mar e as paisagens praianas me fascinam. Na minha singela "lista de poemas" deve ter uns três ou quatro escritos com esta temática, tamanha inspiração que a beleza cênica litorânea me proporciona. Minha alma é tão caiçara que eu não poderia torcer para outro time: o glorioso Santos FC!
Como nestas férias de março infelizmente eu não pude colocar os "pés na areia" de nenhuma praia brasileira, decidi trazer o litoral para minha sala: adquiri este quadro com esta belíssima pintura descrevendo uma típica paisagem de vilarejo caiçara. Sem querer me gabar mas já me gabando... eu tenho ótimo gosto, não tenho não!?
Não é sobre ter Todas as pessoas do mundo pra si É sobre saber que em algum lugar Alguém zela por ti É sobre cantar e poder escutar Mais do que a própria voz É sobre dançar na chuva de vida Que cai sobre nós
É saber se sentir infinito Num universo tão vasto e bonito É saber sonhar E, então, fazer valer a pena cada verso Daquele poema sobre acreditar
Não é sobre chegar no topo do mundo E saber que venceu É sobre escalar e sentir Que o caminho te fortaleceu É sobre ser abrigo E também ter morada em outros corações E assim ter amigos contigo Em todas as situações
A gente não pode ter tudo Qual seria a graça do mundo se fosse assim? Por isso, eu prefiro sorrisos E os presentes que a vida trouxe Pra perto de mim
Não é sobre tudo que o Teu dinheiro É capaz de comprar E sim sobre cada momento Sorriso a se compartilhar Também não é sobre correr Contra o tempo pra ter sempre mais Porque quando menos se espera A vida já ficou pra trás
Segura teu filho no colo Sorria e abrace teus pais Enquanto estão aqui Que a vida é trem-bala, parceiro E a gente é só passageiro prestes a partir
"Qualquer indivíduo crê ou não na vida após a morte, e este é um direito de cada um. Mas sinceramente, eu prefiro acreditar na flexibilidade das reticências do que na tirania taxativa de um ponto final"
Ele tirou o carro da garagem para se dirigir
ao trabalho em mais uma manhã de trânsito intenso. Era um BMW prata, estiloso,
que lembrava bastante o glamour do carro do avô, um DKV conservadíssimo, ainda
pertencente ao patrimônio familiar. Ligou o rádio do veículo, no intuito de
ficar a par das notícias do dia:
"DIEESE calcula inflação de 7,5%"
"IBGE confirma aumento na taxa de desemprego"
"PETROBRAS não nega possibilidade no reajuste do preço dos
combustíveis"
"ANEEL
pede aos consumidores que economizem energia para descartar apagão"
...
E na Copa Nordeste, o ABC empatou em zero a zero com o CSA!
-
PQP! Só notícia ruim! E quem lá quer
saber do resultado do jogo do ABC com o CSA? - pensou. Resolveu desligar o
rádio e inseriu um pen drive na entrada USB. Rapidamente escolheu a pasta de
sua banda preferida, o RPM. Passou em uma loja de conveniência e comprou uma
latinha de TNT para ter mais energia na difícil tarefa de encarar o dia. Dali
onde estava até o banco HSBC, do qual era gerente, ainda restavam dez
quilômetros, segundo a voz sensual da moça do GPS. No caminho, deu azar: Uma
manifestação por justiça social, liderada por integrantes da CUT e do
MTST. Mais um pensamento raivoso:
"Eita gente desocupada! Protestando em plena quarta-feira?"
O
pessoal da PM juntamente com a CET conseguiu normalizar o fluxo do trânsito e
ele finalmente conseguiu prosseguir em direção ao trabalho. Chegando lá, ligou
o PC sobre a escrivaninha e abriu sua caixa de e-mails. Havia uma
correspondência eletrônica do setor de RH, que ele abriu imediatamente:
"O banco HSBC agradece pelos serviços prestados ao longo destes
dez anos, mas motivado por uma readequação no seu contingente de funcionários, lastima
ter que abrir mão de sua eficácia e competência. Compareça hoje ao RH para
assinar a demissão e verificar a soma dos direitos trabalhistas, inclusive do
FGTS"
Desmaiou em seguida, e os amigos, com medo de ele ter sofrido um AVC,
ligaram para o SAMU. Mas não foi nada grave. No mês seguinte, ele estava
engrossando as estatísticas de desemprego do IBGE e fazendo protestos na
Marginal Tietê, juntamente com os integrantes da CUT e do MTST. Mas viu que
aquilo não adiantaria muita coisa: Fez um curso no SEBRAE, vendeu o BMW e juntamente
com a grana do FGTS, abriu uma franquia da CVC. E assim está tocando o barco,
pagando IPVA, IPTU, PIS, COFINS e tantas outras siglas que fazem parte do nosso
cotidiano.
A
vida está difícil? Está! Mas não adianta desanimar... Sigla enfrente!
"Como podem os empresários do setor de frigoríficos serem tão mãos de vaca? Tudo bem que a carne é fraca, e a vontade de lucrar mais é tentadora, mas daí a misturar no produto papelão e conservantes nocivos ao consumidor é muita sacanagem! E quem pensava que carne de vaca se mantinha conservada somente por conta da embalagem à vácuo, se enganou redondamente!
Parabéns à Polícia Federal que desvendou o esquema. É, cambada... a vaca foi para o brejo!"
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O
mundo está ficando cada vez mais complicado. Qualquer coisa que era bem mais
fácil ontem vem ganhando ares mais complexos, cheios de questionamentos e
dúvidas. Percebi isso no último sábado, ao tentar realizar uma simples compra
de presente de aniversário para a filha de um primo. Sophya é o nome dela, que
só para complicar, tem "phy" no meio. As Sofias de ontem não tinham
"phy" na certidão de nascimento, mas em contrapartida, as Sofias de
ontem não eram tão graciosas quanto a minha priminha. Porém, não é esta pequena
complicação que motiva o texto que escrevo. É um complicação de maior magnitude,
bem mais justa.
A
festa de aniversário de Sophya foi marcada para o dia 11 de março, três dias
após o Dia Internacional da Mulher. Três dias após eu ter lido um texto que
falava sobre a influência dos brinquedos dados aos meninos e meninas durante a
infância, que supostamente condicionam suas atividades no futuro. O texto fazia
com que o sujeito que comprasse uma boneca ou uma miniatura de joguinho de
panelas a uma menina refletisse sobre o machismo velado em sua atitude. Para
ajudar, o Presidente da República havia feito um discurso sutilmente sexista ao
"homenagear" as mulheres, dizendo que elas são "termômetros da
economia", pois são as primeiras a manifestar descontentamento com os
preços nos "supermercados". Fiquei remoendo isso, tentando exorcizar
qualquer resquício de machismo do meu ser.
Fui
até a loja de presentes. Nas prateleiras, muitos mimos na cor Pink remetendo
meninas às possíveis atividades predominantemente femininas: kits de beleza,
bonecas e até miniaturas de compras de supermercado. Peguei o último item e
abordei uma mulher que, apesar da vestimenta simples, transparecia bom nível
cultural. Perguntei-lhe se dar aquilo de presente seria uma atitude machista.
Ela lançou olhar com ar inquisitório, e me disse um "claro que sim"
em tom ríspido. Sim, elas estão mais engajadas na árdua luta pela igualdade de
direitos.
Devolvi as miniaturas de compras de supermercado às prateleiras, e
acabei comprando um bonito carrinho conversível na cor Pink. Acho que rompi
parcialmente com o suposto machismo, pois apesar de ter comprado um carrinho,
fiquei preso ao tirano padrão cromático rosa-choque para as meninas. Mas
convenhamos, já foi uma quebra de tabu.
É
neste mundo complicado que a Sophya com phy no meio do nome vai buscar seu
espaço, lutar por dignidade e igualdade de direitos. Levando-se em consideração
a garra e a predestinação das mulheres, com certeza, ela alcançará seus
objetivos. Mas ainda assim, não será fácil, pois o mundo está complicado, e a
vida, de fato, não é nada cor-de-rosa...
O pacote inclui ainda parlamentares de peso, como os presidentes do Senado e da Câmara, Eunício Oliveira (PMDB) e Rodrigo Maia (DEM), respectivamente. Segundo o jornalFolha de S. Paulo, também são relacionados os senadores Romero Jucá, Renan Calheiros e Edison Lobão, do PMDB; Aécio Neves e José Serra, do PSDB.
Além deles, também constam os nomes dos ex-presidentes Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva e dos ex-ministros Antonio Palocci e Guido Mantega, que não têm direito à prerrogativa de foro e cujos casos devem ser remetidos à primeira instância. Fonte: Veja.com * Para visualizar a imagem em tamanho original, clique sobre a mesma.
A América do Sul sempre foi um caos social e econômico, mas a Venezuela é um caso extremo, inclusive com problemas de abastecimento de mercadorias nas prateleiras dos supermercados, fazendo com que a população sofra com as consequências dos governos desastrosos de Hugo Chavez e seu sucessor, Nicolás Maduro. A imprensa padece com a censura, empresas privadas são estatizadas ao bel prazer do governo e os oposicionistas também são vítimas de retaliações, numa clara afronta à democracia.
Vi hoje em uma reportagem do Bom dia Brasil que o número de venezuelanos requerendo a legalização do visto em nosso país aumentou aproximadamente 22.000%, tamanha a penúria dos nossos vizinhos. Roraima é a porta de entrada para os refugiados, sendo que a declaração de um deles mostra o quanto a situação por lá está complicada: "Apesar da recessão, ainda vemos o Brasil como uma espécie de paraíso". É brincadeira!?