25 de nov. de 2020

Comentário: "Duas perdas para os que gostam do futebol..."

      O mundo do futebol sofreu dois baques em dois dias consecutivos. Um deles na imprensa esportiva brasileira, e o outro, na história construída dentro dos gramados, acariciando a bola, construindo história. Primeiramente, falemos do ícone atrás das câmeras e microfones: Faleceu aos 69 anos, Fernando Vanucci, jornalista e apresentador esportivo que revolucionou a forma de se dirigir ao telespectador, usando trajes despojados, se comunicando de forma descontraída e criando bordões como "Alô você" e "Não teve lero lero, nem vem cá que eu também quero". Quem, na faixa dos 40 anos e que era aficionado por futebol não se lembra da voz e do jeito marcante do apresentador, durante as exibições dos "Gols do Fantástico?". Vanucci havia sofrido um infarto no ano passado, e tudo indica que seu óbito se deu a partir das consequências deste episódio. Uma pena, uma perda irreparável para a imprensa esportiva brasileira. 



   A outra perda, ocorrida agora há pouco, obviamente terá repercussão global, pois se trata de um dos maiores jogadores da história do futebol mundial: Faleceu o gênio indomável da bola, Diego Armando Maradona. O craque argentino morreu aos 60 anos, após a cirurgia de retirada de um hematoma no cérebro. Rivalidades e polêmicas na vida pessoal à parte, é inegável que Maradona foi um iluminado dentro dos gramados, um vitorioso, um predestinado. Imagino como será a comoção em seu país, pois, por lá, a idolatria em torno de sua figura extrapola rivalidades clubísticas, beirando os limites da religiosidade em torno de uma divindade humana de carne e osso. É algo intenso, marcante, apaixonante, como os ritmos dos tangos de Carlos Gardel.  Não tenho dúvidas que a repercussão do óbito poderá alcançar, na Argentina, as comoções em torno da morte de Perón, ex-presidente popular e populista daquele país. 

      Para quem teve o privilégio de ver Maradona jogar, fica a melancolia em relação ao ocorrido. O craque da nação hermana, foi ao meu ver, o autor do gol mais bonito das histórias das Copas do Mundo: O tento argentino assinalado contra a Inglaterra, no mundial do México, em 1986...


* O Eldoradense

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