26 de set. de 2020

Comentário: "Sucessão municipal em Presidente Venceslau"

 

Prédio da Prefeitura Municipal de Presidente Venceslau




     Estamos há pouco mais de trinta dias do próximo pleito eleitoral municipal. E aqui em Presidente Venceslau, bem como em todas as cidades brasileiras, elas serão diferenciadas, atípicas, mediante a epidemia do novo coronavírus. Além de menor tempo de campanha, a forma de angariar votos tenderá a ser modificada. Afinal, o cenário proporcionado pelo "novo normal" poderá comprometer a presença do eleitor em comícios - autorizados pelo TSE - bem como o velho hábito da campanha corpo a corpo, nada recomendável nos tempos atuais. É possível que teremos a campanha mais virtual da história, pautada nas redes sociais e nas lives. 

      Fora todas estas particularidades, o número de candidatos ao executivo venceslauense também surpreende: São oito, no total. E sobre isso, faço uma análise particular, que difere da minha intenção de voto. Afinal, uma coisa é o que eu acho que vai acontecer, e outra, é o que eu quero que aconteça.

       Não dá para negar que em um cenário com pulverização diversa, o  maior beneficiado, na teoria, é o atual vice-prefeito Osvaldo Melo. Digo isso porque sua presença constante na história recente da política municipal lhe proporcionou eleitorado cativo, ainda que sua figura e sua sigla partidária também enfrentem um índice considerável de rejeição. Rejeição esta que poderia pesar muito num pleito com poucos candidatos, como  na derrota do petista em 2008, para Ernane Erbella, onde só havia dois postulantes ao executivo. Porém, os oito mil votos de Osvaldo naquela ocasião podem sim ser suficientes para lhe proporcionar a vitória num cenário de oito candidatos disputando a preferência de aproximadamente vinte e nove mil eleitores. Sim, intuitivamente falando, o petista é favoritíssimo ao pleito majoritário deste ano.

      Repito: Esta análise não tem nada a ver com a minha intenção de voto. Ainda que eu tenha votado em Osvaldo em todas as outras eleições e reconhecer suas habilidades políticas e estratégicas, creio que a cidade careça de novas lideranças, novas ideias, oxigenação, choque de gestão. Porém, de uma forma curiosa e paradoxa, a renovação proposta através da apresentação de tantos postulantes ao cargo mor do executivo venceslauense poderá ter o efeito reverso nas urnas e beneficiar um nome mais tradicional. Há quem diga que a pulverização é proposital e estratégica. Se foi, as chances de êxito na conduta, ao meu ver, são grandes...


* O Eldoradense

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