E para não ficar martelando em torno da política, vamos ouvir o mais novo sucesso dos Detonautas: "Micheque"...
28 de set. de 2020
26 de set. de 2020
Comentário: "Sucessão municipal em Presidente Venceslau"
25 de set. de 2020
24 de set. de 2020
Conto: "O rábula do Bolsonaro" (Ficção)
Às vezes é muito difícil interpretar as
manifestações subconscientes que acontecem durante o sono, seja através dos
sonhos ou pesadelos. Algumas coisas possuem nexo, e outras, são muito absurdas,
a ponto de causar risos na hora de lavar o rosto e escovar os dentes. Noite
dessas tive um destes pesadelos confusos, mirabolantes, inusitados.
Era um dia de semana normal,
e eu entro nas redes sociais e de cara, escrevo uma hashtag: #Bolsonaro tem
razão! Mito. Critico a Globolixo em uma postagem, digo que a mídia está
forjando dados da COVID em outro, e minimizo os danos ao meio ambiente numa
terceira. Coloco uma camiseta surrada da seleção brasileira e vou pra casa da
minha mãe almoçar.
Na mesa estão meu
padrasto, minha mãe e meu irmão. O cardápio era estranho: Uma porção de
coxinhas. Devoro-as com gosto, mas pergunto se não tem arroz. Minha mãe
justifica dizendo que o preço do arroz tá pela hora da morte, e eu argumento usando
um discurso que não é meu:
"Também, o STF e o PT
impossibilitaram os arrozeiros de plantar lá em Roraima para beneficiar aqueles
índios! É claro que o arroz ficou caro!
Silêncio na mesa. Pegando
mais uma coxinha, observo que só tem de frango. Pergunto por qual motivo não
tem coxinha de carne. Minha mãe disse que tá economizando com carne, que também
está cara. Eu digo que logo vai abaixar o preço, pois os pecuaristas agora vão
poder produzir em paz na Amazônia e no Pantanal.
O pessoal na mesa estranha. Acham que eu
estou com febre causada por COVID. Eu digo que não, que esse vírus é
politicagem, e que mesmo que ele me atinja, eu tenho histórico de atleta, por
pedalar vinte quilômetros por dia. Além disso, já havia conseguido uma receita
de Cloroquina e Ivermectina, por precaução.
Meu irmão vai mais além: Diz que eu estou possuído pelo espírito de um
Bolsonarista. Ele pega o celular e manda um whatsapp para o padre de Artur
Nogueira, aquele que chamou o presidente de bandido no meio da missa. O homem
de batina aparece em menos de cinco minutos, põe as duas mãos sobre minha
cabeça e começa a me exorcizar...
Volto a mim. Não entendo
nada o que está acontecendo, e pergunto aos demais o que se passou. Meu irmão
disse que eu havia incorporado um espírito de porco, ou melhor, espírito de
gado. Disse que eu havia me tornado por algumas horas, rábula do Bolsonaro.
Respondo: Rábula do Bozo? Teu rabo!
Ele olha para o padre
e agradece: Obrigado... Meu irmão voltou ao normal!
* O Eldoradense
21 de set. de 2020
Pensamentos do Eldoradense: "MacGyver"
"Se o MacGyver já fazia um regaço na década de oitenta com um pedaço de fio elétrico e com um lápis...
19 de set. de 2020
Alfinetada: "Eleições municipais em Presidente Venceslau"
"Presidente Venceslau é uma cidade que não tem eleitores suficientes para que se tenha segundo turno nas eleições...
... Mas com oito candidatos a prefeito, já consegue ter quartas-de-final! "
* O Eldoradense
16 de set. de 2020
Alfinetada: "Cadeira na câmara"
Se você é candidato a vereador em Presidente Venceslau e busca uma "cadeira na câmara", eu já garanti a minha!
15 de set. de 2020
Comentário: "Reforma administrativa"
Amigos leitores, parece que vem mesmo aí a PEC 32/2020, cujo nome popular será "Reforma administrativa". Leia-se em alto e bom som que o discurso de Bolsonaro e Paulo Guedes é implementar medidas legais que flexibilizem a estabilidade do funcionalismo público, que, segundo nossos governantes, parecem ser os responsáveis pelo rombo nas contas públicas da União. Porém, como não é de se surpreender, os altos escalões do Poder Público, como magistrados, parlamentares, desembargadores, ministros do STF e procuradores estão excluídos da "ideia mirabolante". Sim, a "proposta" é válida apenas para as castas mais baixas do funcionalismo público nas três esferas (federais, estaduais e municipais). Aí fica fácil, né? Pois pimenta ardente nas cavidades anais alheias é suco de frutas gelado! (Foi uma jeito politicamente correto para mencionar um dito popular de baixo calão).
É bem verdade que o funcionalismo público tem estabilidades que diferenciam a classe dos trabalhadores da iniciativa privada, mas elas têm suas razões: a primeira delas é a ausência de recebimento de Fundo de Garantia em caso de demissão. O servidor público demitido sai com "uma mão na frente e outra atrás" caso sofra um processo administrativo que o demita. O segundo motivo é ainda mais complexo: evitar que a carreira de servidor público seja um "cabide de empregos" vinculados à política, onde apoiadores sejam beneficiados e opositores prejudicados. É por isso que existem os concursos, que devem ser pautados na transparência, idoneidade e meritocracia. Caso contrário, imaginem como seriam as contratações? Seriam baseadas na troca de favores, no toma lá da cá, ou quem sabe, até mesmo na troca de trabalho por votos.
Portanto amigo leitor que apoia a tal Reforma administrativa, entenda: Isso é um engodo! O que os políticos querem é a "contratação de cabresto", é a extinção da meritocracia, do processo de contratação limpo e justo. Eles querem a vinculação, a dependência, as rédeas. Se a preocupação fosse mesmo as contas públicas, por qual motivo não mexer nos privilégios daqueles que realmente ganham salários estratosféricos e regalias supérfluas, não condizentes com a realidade da maioria da população?
O outro recado vai para os servidores públicos atuais, que, por não serem atingidos pela reforma, não se interessam por ela: Você também é usuário de serviço público, portanto, se os mesmos forem privatizados ou sucateados, certamente será atingido. É necessário mobilização, pois o que toda a classe política quer é exatamente que o discurso da austeridade administrativa camufle seu verdadeiro intuito, que é o da precariedade ainda maior dos serviços públicos, das concessões fraudulentas e das trocas de favores nos processos de contratações.
* O Eldoradense
12 de set. de 2020
Alfinetada: "Perdeu, tio Patinhas!"
E a conceituada revista Forbes informa na capa da sua última edição que o famoso Tio Patinhas perdeu o posto de tio mais rico do mundo...
A liderança agora é ocupada por um brasileiro desconhecido lá fora, mas bastante popular em nosso país...
* O Eldoradense
10 de set. de 2020
Alfinetada: "E agora, cadê os guardiões do Crivella?"
E o atual prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella está sendo alvo de investigações feitas pelo Ministério Público e pela Polícia Civil por supostamente manter um "QG da propina", no executivo carioca. E agora, cadê os seus guardiões para defendê-lo da polícia? É, acho que o Crivella vai dançar, vai rodar...
8 de set. de 2020
Comentário: "O trânsito e a lei do mais forte"
Anteontem, no início da noite, no prolongamento da Avenida Carlos Platzeck, em Presidente Venceslau, um ciclista foi atropelado, e graças à Deus, sofreu apenas ferimentos leves e algumas escoriações. Não me perguntem detalhes do acidente, porque eu não sei: Não sei se o motorista do veículo cometia excesso de velocidade, muito menos se o ciclista possuía equipamento de sinalização noturna. Enfim, não sei quem tinha "razão". O que me chamou mais a atenção foi o que ocorrera após o fato.
A notícia foi publicada em uma rede social com bastante visibilidade na cidade, e o que mais me chocou foram os comentários sobre os fatos. Eis alguns deles:
"Não sei pra que existe ciclovia se os próprios ciclistas não respeitam e vão além"
"Tava na cara, tem ciclovia mas ninguém anda lá, querem se aparecer pedalando até o aeroporto afff quer fazer exercício respeita a ciclovia mas da cidade até o aeroporto parece uma passarela de desfile. Pronto, falei! E vai acontecer mais..."
Reparem: tais pessoas desconhecem o Código Brasileiro de Trânsito e teceram tais comentários com a altivez de autoridades especializadas no assunto. O primeiro erro é achar que ciclistas só podem transitar nas ciclovias. As bicicletas são veículos de transporte e podem transitar nas vias públicas, sendo que condutores de outros veículos, ao passar pelas mesmas, devem obedecer distanciamento mínimo delas. O segundo erro é prever mais atropelamentos e praticamente justificá-los pelo fato de pedestres e ciclistas também transitarem ali.
Vejam bem: Tecnicamente falando, aquele trecho corresponde ao perímetro urbano, e, portanto, condutores de veículos precisam redobrar a atenção naquele local, inclusive respeitando a velocidade máxima de 40 km/h. O trânsito de pedestres e ciclistas ali é permitido, inclusive alertado em placa de sinalização, como será mostrado na foto abaixo:
7 de set. de 2020
Clipe produzido em Venceslau: "Um mundo melhor"
E fez muito sucesso nas redes sociais e nos aplicativos de mensagens o clipe "Um mundo melhor", produzido em Presidente Venceslau, com alguns dos intérpretes da nossa terra natal, em diferentes estilos musicais, inclusive com o coral infantil. A produção ficou por conta do pessoal do Studio Águia de Presidente Prudente. Ficou muito bonito, confiram:
4 de set. de 2020
Livro: "O carrasco do amor", de Irvin Yalom
Dez relatos diferentes sobre experiências de psicoterapia sob o olhar do profissional, e não do paciente. Dez histórias intrigantes, com muitas nuances e revelações, que inclusive, mostram o quanto o profissional da área, por mais capacitado que seja, também sofre desgastes com a busca em conjunto do bem estar psíquico da sua clientela. É, em suma, o teor literário do livro "O carrasco do amor", escrito pelo psiquiatra norte americano Irvin Yalom. Como a obra retrata dez capítulos de histórias verídicas e distintas, é quase inevitável que o leitor se sinta preso pelas narrativas, imerso de forma envolvente na complexa relação paciente/terapeuta durante um tratamento desta natureza. Sem dúvidas, um dos melhores livros que tive o prazer de ler.
* O Eldoradense
3 de set. de 2020
Conto: "Seu Floriano e o pão crioulo" - Parte ll (Final)
"Seu Floriano e o pão crioulo" - Parte ll (Final)
Montamos na moto, meio cansados e com dúvidas se aquele pão sovado seria bem recebido pelo meu avô. Quando eu lhe expliquei que nenhum padeiro conhecia a iguaria, mas que tinha em mãos um pão sovado, ele disse, com um sorriso de satisfação:
"É esse mesmo, meu fio!"
Bateu um alívio, e em seguida, alguém lhe colocou num prato uma xícara de leite e algumas fatias do pão, que ele comeu com muito gosto. Mesmo feliz pela missão cumprida, pensei comigo:
"Caramba, se desde o começo o vô Floriano tivesse dito que o tal pão era o sovado, tinha poupado tempo e dor de cabeça"
Muito tempo depois - mais precisamente anteontem - relembrei a história, e como a curiosidade pulsa nos meus neurônios, resolvi fazer uma pesquisa sobre a existência ou não do tal "pão crioulo". Para a minha grata surpresa, a nomenclatura existe sim, e realmente, equivale ao pão sovado. Tornei a procurar sobre a origem do nome, se de repente, minha associação imaginária com a escravidão tivesse algum sentido. Não, ao que parece, não tem nada a ver. Foi apenas um pensamento intuitivo, que por uma coincidência, ajudou a saciar a fome do meu avô.
A origem deste pão varia de site para site. Alguns atribuem à nossa colonização portuguesa, enquanto outros dizem que ele originário da região da Provença, no sudoeste francês. E ontem, ao receber um áudio de uma tia, a mesma disse que o pão sovado antigamente era mesmo chamado de pão crioulo.
Portanto, o "seu Floriano", apesar da boa e velha mania de simplificar e trocar nomenclaturas, neste caso específico, estava com a razão. Esta foi uma lembrança macia, adocicada, suave. Como uma boa massa de pão crioulo...
* O Eldoradense
2 de set. de 2020
Conto: "Seu Floriano e o pão crioulo" Parte l
"Seu Floriano e o pão crioulo"
Escrevo este conto verídico para reparar uma injustiça. Injustiça íntima cometida
com o meu avô materno, seu Floriano, uma das minhas maiores referências
afetivas da minha vida. Não, não é lá uma injustiça com "i maiúsculo", mas ela
precisa ser reparada. Eu explico. Primeiro, eu preciso apresentar-lhes uma das
principais características do meu avô, e só aí, amigo leitor, você vai entender
o que eu estou dizendo.
Seu Floriano era um homem
simples, não alfabetizado, mas muito sábio. Porém, uma das suas marcas
registradas era simplificar, por sua conta e risco, o nome de tudo o que ele
considerava de difícil pronúncia ou até mesmo das coisas que ele não fazia
questão de guardar na memória. Sendo assim, meu primo Abmael era por ele chamado
de "Natanaéli", e o meu tio Ednaldo, era simplesmente
"Aguinaldo". Às vezes eu tinha dúvidas se ele fazia isso por
dificuldade ou por sacanagem mesmo. Contudo, era na mesa que a mania de
simplificar nomes ganhava contornos ainda mais engraçados: Qualquer prato
diferente ou com nome um pouco mais complicado era simplesmente rebaixado à
condição de "balaio de gato". Não importa se era gastronomia
italiana, árabe ou brasileira. Estrogonofe? Balaio de gato. Lazanha? Balaio de
gato. Esfirra? Balaio de gato. E se ele percebesse que os netos achavam aquilo
engraçado, até o arroz e feijão virava "balaio de gato".
Eis que que em um dado
momento dos últimos anos de sua vida, o apetite tornou-se raro. Desanimado,
tinha pouca fome, e isso nos preocupava. Perguntávamos a todo o momento se ele
queria comer algo, e era difícil quando ele tinha algum palpite ou sugestão.
Quando isso acontecia, teria que ser
aproveitado de forma imediata, sem perder tempo, pois a vontade de comer
poderia passar. E um dia, num destes raros momentos, ele me pediu:
Lógico que respondi que
buscaria, embora nunca tivesse ouvido falar deste pão e achasse que este nome
fosse mais uma invenção simplória do seu Floriano. Na época, ainda não tinha em
mãos a facilidade da internet para me certificar da existência do tal pão, e
então, eu chamei minha prima Thalita e disse:
"Prima, o vô tá a fim
de um tal pão crioulo. Nunca ouvi falar nisso, e eu acho que os padeiros também
não! Por desencargo, eu vou pedir a informação, mas você vai comigo, pra gente
passar vergonha juntos" . Ela riu, mas solidária, montou na garupa da moto.
Padaria um. Cara de espanto
do balconista. Padaria dois. Risada do balconista. Padaria três. Cara de desprezo
do balconista. Padaria quatro. "Nunca ouvi falar!" Na décima padaria, eu estabeleci uma
associação de pensamentos mais pautada no desespero que na racionalidade....
"Isso pode ser um nome
antigo. O pão crioulo pode ter a ver com a escravidão, que lembra surra, que
lembra sova"...
"Thalita, dane-se! Vou levar um pão sovado e ver o que acontece..."
(continua amanhã)
* O Eldoradense
Comentário: "A importância do equilíbrio fiscal"
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Eu não sei quem foi o autor da terminologia, mas ela é recente e virou moda: "Nova política". A princípio, pareceu que sur...
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