Não é de hoje que manifesto minha admiração pelo futebol argentino, e por consequência, por sua seleção. Considero os hermanos nobres rivais, daqueles dignos de duelos eletrizantes. Vencer os argentinos torna a vitória mais valorosa, e perder para eles, obviamente, torna a derrota mais frustrante. Enfim, este é o peso que qualquer adversário digno impõe ao seu oponente.
Avesso aos últimos jogos das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa da Rússia/18, admito que a possibilidade de ver os argentinos fora do mundial roubará novamente minha atenção para o certame. Sim, dependendo da combinação dos resultados, os portenhos correm sérios riscos de nem disputarem a repescagem contra a Nova Zelândia, o que seria surpreendente. E aí, como brasileiro que sou, fico com aquele sentimento dúbio e contraditório que só as maiores rivalidades podem causar: a euforia por ver Messi e companhia amargando uma eliminação precoce, ou a frustração por não ter uma potência futebolística valorizando a Copa do Mundo no ano que vem?
É estranho, é dúbio, é confuso. Mas se parece muito com o sentimento que tive quando o Corinthians amargou um rebaixamento para a Série B do Campeonato Brasileiro. O fracasso de rivais tradicionais têm este curioso poder: o sujeito vaga entre o prazer de zombar da torcida oponente e a frustração de não poder "secá-los" enquanto adversários em competição futura, por consequência de rebaixamento ou desqualificação. Sinceramente, não sei se torço para a Argentina classificar-se ou não. A única coisa que sei, é que depois de muito tempo, vou assistir aos jogos das Eliminatórias Sul-Americanas com mais atenção. Racionalmente falando, (e o futebol não é nada racional); além de uma questão de justiça, deveria torcer pela meritocracia: Se os argentinos provarem dentro de campo que merecem ir para a Rússia, bem... Caso contrário, Amém! Sim, cheguei à esta conclusão, tentarei optar pela racionalidade, pela justiça e pela meritocracia. Até mesmo porque Seleção vitoriosa que se preza, não pode ficar fora da Copa! É, argentinos... se virem nos 90!
* O Eldoradense
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