16 de out. de 2017

Livro: "A morte do Capitão América"



   Depois de algumas leituras com uma dose chocante de realidade, (refiro-me a Carcereiros e Prisioneiras, de Dráuzio Varella); resolvi abrandar um pouco as temáticas literárias, navegando pela ficção originária dos quadrinhos adaptada aos livros. Portanto, ontem terminei de ler "A morte do Capitão América", cuja adaptação à linguagem literária foi realizada por Larry Hama. A narrativa é um pouco confusa, com muitos personagens e abordagem futurista, onde experimentos científicos surreais e parafernália tecnológica tornam-se aliados de heróis e vilões, tornando a trama complexa, cheia de reviravoltas.

    Difícil eu fazer isso em minhas resenhas, mas destaco dois trechos do livro que servem de ensinamento, onde os valores democráticos são enaltecidos, deixando de lado, a violência e a intolerância:

     "É, eu sei o que o Capitão teria feito. Ele tentaria argumentar com o cara. Diria que o fato de a maioria dos cidadãos acreditar em algo não significa que este algo está correto. Ele diria que a maioria dos americanos acreditava na escravidão e se opunha ao voto das mulheres. E teria se afastado do confronto, antes que ele se tornasse físico"

    "Lentamente, as ovelhas vão aceitar que contratar lobos para protegê-las é a unica solução, e vão entender que um estado policial é a única resposta para o caos da democracia"  (ironia)

   Como o amigo leitor pode ver, até mesmo nas obras literárias oriundas dos quadrinhos são repassados alguns valores e questionamentos, indagando, provocando, estimulando o indivíduo a pensar sobre temas atuais importantes. Sobre o livro? Confuso e entediante no início, mas depois que a leitura engrena, torna-se muito interessante, tendo a ação como principal ingrediente, (característica herdada dos gibis).

* O Eldoradense 
     

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comentário: "Faltou diplomacia"

  Anteontem, em Presidente Venceslau, esteve na Câmara Municipal o Ministro do Trabalho e emprego Luiz Marinho.   Acontecimento raro, que de...