E minha segunda leitura na "maratona literária Jô Soares" tem o título "O homem que matou Getúlio Vargas". A obra segue a mesma receita de "O Xangô de Baker Street": O encaixe da ficção e da liberdade criativa do autor com fatos históricos verídicos , bom humor, suspense e um protagonista desastrado.
Neste caso, o centro das atenções da história é Dimitri Borja Korozec, um sérvio anarquista, filho de pai da mesma nacionalidade e mãe brasileira, sendo também sobrinho de Getúlio Vargas. Treinado por uma escola de terroristas que tem como missão assassinar os tiranos do mundo, Dimitri é daqueles fanáticos obcecados por uma causa específica: A de impor o regime anárquico através da luta armada, limpando o mundo dos ditadores e déspotas. O problema é que o assassino em potencial "nega fogo" em todas as suas missões, falhando de forma desastrosa, patética e engraçada.
E nas idas e vindas do rebelde anárquico, ele vem parar no Brasil com o intuito de assassinar o presidente ditador do Estado Novo, que também é o seu tio: Getúlio Vargas. Deixo o desenrolar da narrativa para a curiosidade do leitor, mas exponho uma página bastante curiosa, a de número 172, que descreve os acontecimentos no Rio de Janeiro, durante a pandemia da gripe espanhola, no início do século passado. Se puderem leiam, pois a semelhança com o momento atual é grande...
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