15 de abr. de 2020

Crônica: "Grupo da família"



       Quarentena, isolamento social, ócio. Sim, não está fácil conviver com estas limitações impostas por este vírus que atravessou o mundo, tomou conta dele e tanto nos incomoda.  E é só quando o indivíduo se vê diante de algumas restrições que passa a dar valor nas coisas boas que possuía, mas até então, não percebia. Uma delas é o bate papo, o convívio familiar, as relações interpessoais com entes queridos. E se isso não pode ser realizado presencialmente nem com os que moram próximos, o mundo virtual traz uma solução muito mais abrangente: faz com que os parentes se interajam mesmo estando em outras cidades, estados, países.

       Até então, o chamado "grupo da família" em muitos casos só servia para as tradicionais mensagens de "bom dia, boa tarde, e boa noite". Mas de uns tempos pra cá, ele ganhou maior importância, pois o confinamento trouxe esta necessidade de comunicação, uma certa carência de estar junto, até mesmo para se desligar um pouco das trágicas notícias propagadas pelo protagonismo do coronavírus.

          Particularmente, o grupo da minha família não é muito grande, mas tem gente de São Paulo, São José do Rio Preto, Bauru, Jaciara e Nossa Senhora do Livramento - sendo que as duas últimas, cidades mato-grossenses; - além dos parentes venceslauenses, é claro. 

            E a troca de mensagens envolve muita interatividade, que inclui alguns cantores escrachados, piadas contadas por um humorista que ri das próprias anedotas, resoluções de enigmas de qualidade duvidosa e exibições de fotos do passado. E com isso, o tempo vai passando, como se todos estivessem sentados numa gigantesca varanda sob a luz da lua cheia. 

        Se não fosse a pandemia, certamente muitos de nós estaríamos realizando atividades e compromissos diferentes, fazendo com que as distâncias físicas continuassem a nos manter afastados. Resgatei conversas, tornei a brincar com quem eu brincava, quebrei o gelo. Toda experiência negativa traz um ensinamento, e certamente esta reaproximação foi uma das poucas coisas positivas que aconteceram na atual conjuntura.

       Ah, e se acontece uma ou outra "treta" durante as pequenas "tiradas" que damos uns nos outros, isso também é normal. Quanto mais o mundo virtual se aproximar do real, melhor! Chupa esta, coronavírus! Por esta, você não esperava...

* O Eldoradense


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