30 de abr. de 2020

Livro: "A fuga" de Edmar Cunha de Castro



    
   Há alguns dias, fui presenteado pelo amigo Paulo Rogério com o livro "A fuga" escrito pelo médico oftalmologista venceslauense Edmar Cunha de Castro.  Trata-se de um romance policial cuja história acontece em nossa região, que por sua vez, concentra um grande número de presídios  nos seus domínios geográficos. De linguagem fácil e leitura envolvente, a trama caracteriza-se por um emaranhado de informações que culminam num roteiro bem elaborado, uma espécie de quebra-cabeças muito bem montado, deixando o leitor muitíssimo satisfeito ao final da última página.

     Grata surpresa, pois desconhecia sequer a existência deste livro, publicado em 2004. Agradeço também ao amigo Paulo Rogério, que me presenteou pela segunda vez com livros escrito por autores da região. Abraços!

* O Eldoradense

29 de abr. de 2020

Comentário: "E daí?"




      "E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagres"

     A frase acima foi dita por aquele que hoje é um presidente ornamental, que fala muito e manda pouco, decorativo, tal qual um ímã de geladeira, um chaveiro ou um bonequinho de biscuit. Sim, esta resposta foi dada a uma pergunta realizada por uma repórter sobre o fato de o Brasil ter ultrapassado a China em número de casos de coronavírus. Coronavírus, para quem não sabe, é aquela "gripezinha" ou "resfriadinho" que tem feito muitas vítimas letais pelo mundo, mas que o presidente ornamental subestima.

     Não, o presidente ornamental não tem culpa direta sobre a pandemia em si, mas suas falas idiotas atuam sim, indiretamente, sobre o número de vítimas. Pois existe um número expressivo de gente que usa suas falas como parâmetros comportamentais frente à doença, minimizando a realidade dos fatos.

      Quando um líder de uma nação menospreza a ciência, propagando mensagens equivocadas que mais são opiniões próprias do que qualquer outra coisa, ele influencia sim, nos números de letalidade causados pela pandemia. É fato. A maioria dos estados mantém o isolamento, mas é nítido que muitos dos seus habitantes não obedecem na prática, entendem que a propagação viral tem um fundo político-midiático com o intuito de derrubar o presidente ornamental; (que tem nomeações barradas pelo STF).

       Mediante o atual contexto, em todo pronunciamento, a figura do presidente da República deveria lembrar as memórias daqueles que se foram por conta da pandemia. Juntamente à reverência, seria de bom tom solidarizar-se com os entes destes, pois é assim que um líder verdadeiro deveria agir. Mas o nosso presidente é ornamental, então, para ele, é bacana dar respostas imbecis à imprensa, mesmo que isso soe como deboche aos mortos pela pandemia. Sua credibilidade, atualmente, é bem mais contestada do que a gravidade da COVID - 19.

* O Eldoradense      

27 de abr. de 2020

Livro: "Laços de família", de Clarice Lispector!




    A postagem de hoje foge um pouco do binômio monopolista de assuntos recentes Bolsonaro/Coronavírus. Trata-se da leitura do livro "Laços de família", da renomada escritora ucraniana naturalizada brasileira Clarice Lispector. E eu preciso admitir que não entendi as mensagens que a escritora quis passar. O que percebi é que todos os contos se passam em núcleos familiares nos quais existem situações inusitadas e pequenos conflitos, a maioria deles tendo o Rio de Janeiro como cenário. Fora isso, há uma riqueza enorme nas descrições de ambientes e das características físicas e de personalidades das personagens. 

      Mas eu confesso que ao final de cada conto ficou aquela sensação de "e daí?". Não compreendi muito bem  quais as mensagens a serem passadas ao leitor, mas é claro, mediante ao renome e à qualidade da escritora, atribuo à minha pessoa a decepção literária.

         Sabem aquelas exposições de quadros abstratos onde alguns entendem o significado das linhas, das cores, e outros não entendem bulhufas? Pois é, em relação a este livro, especificamente, fiz parte dos que ficaram com "cara de paisagem". Mas repito: Em muitos casos, gênios são incompreendidos, e certamente, a culpa não é da Clarice, rsrsr...

* O Eldoradense



26 de abr. de 2020

Vídeos curiosos: "Quando eu vejo alguém ainda acreditando"....

 Não é implicância, mas quando eu vejo gente ainda acreditando "naquilo", eu me lembro desta cena de um filme que fez sucesso nos anos 80...


* O Eldoradense

25 de abr. de 2020

Fábula: A coruja, o rato e o burro"


    

   
  Em algum ponto inóspito do localizado no hemisfério sul do nosso planeta, existia uma ilha. Era uma ilha praticamente deserta. Digo praticamente deserta porque nela habitavam três exemplares de três espécies diferentes: Uma coruja, um rato e um burro. Não me perguntem como estes três bichos foram parar lá, porque eu não sei, só sei que foi assim!

     Eis que os três bichos estabeleceram uma amizade incrível, tanto é que a coruja nem pensava em comer o rato, pois não tinha clima pra isso. E numa tarde qualquer, enquanto a trinca de bichos olhava as ondas do mar, eis que aparece um senhor, com porte e histórico de atleta remando um barco precário, perrengue, nada confiável.

     O ancião e ex-atleta prometeu que se todos embarcassem junto com ele numa aventura náutica sobre o barco capenga, em breve chegariam a um paraíso, à terra prometida, algo jamais imaginado pelos três habitantes da ilha quase deserta. Todos olharam entre si.
 
     A coruja, perspicaz, percebeu o semblante tresloucado do capitão do barco, bem como a precariedade daquele meio de transporte. Rechaçou a viagem, preferindo manter-se na ilha. Embarcaram, então, o rato e o burro, juntamente com o capitão lunático.

     O começo da viagem parecia tranquilo para o roedor e o quadrúpede. Ondas fortes começaram a tornar a viagem perigosa, mas o rato e o burro seguiam eufóricos, acreditando na promessa do capitão. Porém, o barco parecia começar a querer afundar se deslocando quase nada em alto mar.

       A coruja ainda fez alguns voos vigilantes para acompanhar a viagem dos amigos, e já estava preocupada. Perguntou ao rato se ele não queria voltar para a ilha. O rato já parecia em dúvidas, e o burro, convicto  que prosseguiria naquela Odisséia. O capitão berrava seus discursos cada vez mais sem nexo, e remava sem direção.

      Eis que em um dos voos de averiguação, a coruja perguntou ao rato se ele queria voltar para a ilha, e o mesmo, dotado ainda de alguma esperteza, aceitou a proposta. A ave de rapina colocou o roedor entre suas garras medianas, e salvou um dos amigos.

     Mas o burro seguia fiel ao capitão. Veio a tempestade, os raios, e o barco, à deriva, começou a afundar. Ainda assim, o burro confiava na chegada à terra prometida. O quadrúpede, já com a água no pescoço, reverenciava o capitão, cada vez mais louco. Afundaram juntos, abraçados, burro e capitão.

      Moral da história:  Fidelidade é uma coisa, teimosia é outra. Foi aí que nasceu a expressão "dar com os burros n'água"...

* O Eldoradense

24 de abr. de 2020

Comentário: "Acabando, ou acabou?"




     Sérgio Moro pediu demissão do Governo Federal. Um governo que sinceramente, nunca coloquei fé. Sim, pois qualquer pesquisa prévia na vida pública do senhor Jair Bolsonaro faria com que o leitor deduzisse que se tratava de mais um destes picaretas populistas de discurso inflamado que arrebanham os menos atentos.

       Enquanto militar, Bolsonaro foi preso por alguns dias sob acusação de ameaçar explodir bombas em quartéis. Foi absolvido dois anos depois, num processo interno duvidoso. Tornou-se político, sendo deputado federal por 27 anos e com pouquíssima produtividade. Ganhou notoriedade dando entrevistas inflamadas, com conteúdo misógino, homofóbico e racista. Tais entrevistas seriam repugnantes num país politizado, mas em terra de baixo nível educacional, geraram projeção. Apropriou-se do discurso antipetista com mérito, e provavelmente isso tenha sido o principal fator que o conduzira ao Palácio do Planalto.

     E aí, tornou-se Presidente da República. Nomeou quadros técnicos de impacto para alguns ministérios, bem como alguns imbecis para outros. Pois não é que ele está conseguindo se indispor justamente com os técnicos?  Enquanto o ex-Ministro da Saúde trabalhava duro no combate à pandemia, o idiota do Ministro da Educação postava imbecilidades nas redes sociais. Adivinhem quem Bolsonaro mandou embora? 

     Pois agora, Sérgio Moro, Ministro da Justiça, pediu demissão. O motivo? O delegado Maurício Valeixo, homem de confiança do Ministro da Justiça estaria investigando um dos filhos do presidente. E o chefão do Planalto Central, simplesmente "não gostou": Demitiu Valeixo, e por efeito dominó, Moro pediu demissão.

         Enfim, Bolsonaro perdeu mais um aliado no governo. Está isolado, sem apoio da imprensa, do Legislativo, dos governadores estaduais. E agora, perde, certamente, um pouco mais de apoio popular. É claro que ainda restará o eleitorado fiel, cuja denominação adotei no texto para não pegar pesado com o fanatismo. Afinal, democracia é democracia!

      Mas é bem verdade que este governo está na UTI, entubado e respirando com ajuda de aparelhos. Não é preciso ser analista político para compreender que Bolsonaro aproximou-se mais do impeachment do que da reeleição. Não me surpreendo, pois já havia identificado, faz tempo, seu despreparo. Muitos o notaram somente agora: É uma pena que foi necessário uma pandemia para que, finalmente, alguns passassem a enxergar!

* O Eldoradense

23 de abr. de 2020

Alfinetada: "Highline"

  Não sei se Sérgio Moro pratica algum esporte, mas depois do dia de hoje, recomendo ele treinar "highline"...


* O Eldoradense

22 de abr. de 2020

Comentário: "Como agiu o verdadeiro Messias"...

  Certa vez, um verdadeiro líder, o maior de todos, repugnou o comércio inapropriado, e de forma enérgica, dispersou aglomerações...


  Este é o verdadeiro Messias, o visionário. Ele agiu de forma totalmente diferente aos atuais e falsos messias, aqueles que só enxergam o mercado, a riqueza e o lucro a qualquer custo. Pensem nisso...

* O Eldoradense

20 de abr. de 2020

Alfinetada: "Se existe um plano, eu lamento"

   "Se existe um plano em torno da ideia de derrubar Jair Bolsonaro, eu lamento...


   ... Lamento profundamente o fato de não estar participando ativamente da execução do mesmo!"


* O Eldoradense

19 de abr. de 2020

Comentário: Você ainda acha que foi um negócio da China?

  



     Eu sempre digo: Acompanhe as notícias pela imprensa profissional e você poderá ter, em alguns casos, meias verdades. Acompanhem-nas pelas redes sociais e vocês terão mentiras inteiras. Para aqueles que propagam aos quatro ventos que a pandemia do coronavírus possa ter origem proposital dos governantes chineses, eis a notícia: A segunda maior potência econômica mundial teve retração de 6,8% em seu PIB trimestral, correspondente ao início de 2020. 

    Bom, isso seria o suficiente para derrubar qualquer "teoria da conspiração" em relação aos fatos. Mas o pasto virtual possui capim denso, vistoso e alucinógeno para alimentar um gado faminto e criativo. Porém, os números não mentem: A pandemia não foi, nem de longe, um "negócio da China": Muito menos para os chineses!

* O Eldoradense

18 de abr. de 2020

Comentário: "O fiasco econômico da TV Record"





      Existem ironias do destino que são bastante peculiares. Enquanto as redes sociais insistem em boicotar a maior emissora de TV aberta do país, a mesma goza de uma audiência cada vez maior em meio do cenário de pandemia. Não sou fã da Globo, mas estes são os fatos: O Jornal Nacional tem "nadado de braçadas" no horário nobre, as reprises de novelas antigas como "Avenida Brasil" e "Fina Estampa" estão obtendo pontos significativos de audiência em seus horários, e até aquela porcaria chamada "Big Brother" alcançou incríveis um bilhão de votos em um dos seus "paredões". Eu até duvidaria dos números, mas quando vi o Eduardo Bolsonaro manifestando torcida por uma tal de Prior, vi que fazia sentido. Até os mais odiosos críticos da emissora a acompanham. Imagino-os tomando Toddynho sobre o sofá, agarradinhos em seus respectivos "Minions de pelúcia".

      Agora, a ironia do destino. Na contramão da alta audiência global, a TV Record, do Bispo Edir Macedo, está capengando mais que bêbado com coronavírus. Pediu moratória de noventa dias para a justiça, pois a suspensão de campanhas publicitárias e a queda de telespectadores impactou profundamente as finanças da emissora. O curioso é que a Record, há algum tempo atrás, tinha a ambição de rivalizar com a Globo. Porém, tudo o que conseguiu até agora foi alternar um  distante segundo lugar com o SBT. E sabem o que eu acho mais engraçado? É que naqueles programas da madrugada, tipo "Fala que eu te escuto", os apresentadores dizem que possuem a solução espiritual para os problemas financeiros de um monte de gente! Uai, por qual motivo não resolvem a pindaíba monetária dos patrões? É como diz o velho ditado... "Santo de casa não faz milagre!" Ops... Neste caso, é "bispo de casa não faz milagre!"

* O Eldoradense

17 de abr. de 2020

Comentário: Lula não dispensaria um craque. Por isso, foi tão vitorioso!

  Em um trabalho de equipe, é preciso saber valorizar as peças, os craques, ou seja, quem é diferenciado. Até nisso Jair Bolsonaro é sofrível. Dispensou um dos seus melhores ministros, que estava se destacando brilhantemente no trabalho frente à pandemia. Líderes perspicazes sabem lidar com as fogueiras das vaidades, administram-nas de forma que o resultado final seja a vitória.

     Lula, com certeza não cometeria este erro. Tanto é que ficou um tempão no comando, obtendo êxitos em um prolongado círculo vitorioso. Sob sua tutela, uma equipe de craques, dos quais ele sempre explorava o potencial máximo, sempre achando espaços onde não pareciam cabê-los. Vai ser difícil encontrar um comandante tão longevo, competente e vitorioso quanto Lula...




* Lula foi técnico do Santos de 1954 até 1966, comandando craques como Pelé, Pepe, Zito e Cia.


* O Eldoradense

16 de abr. de 2020

Alfinetada: "Quando o chefe demite o funcionário do mês!"


   A demissão de Mandetta é fruto daquelas coisas atípicas, que só os líderes incompetentes, egocêntricos e ciumentos são capazes de fazer: Soou incompreensível, como o gerente invejoso que manda embora o "funcionário do mês!"

* O Eldoradense

15 de abr. de 2020

Crônica: "Grupo da família"



       Quarentena, isolamento social, ócio. Sim, não está fácil conviver com estas limitações impostas por este vírus que atravessou o mundo, tomou conta dele e tanto nos incomoda.  E é só quando o indivíduo se vê diante de algumas restrições que passa a dar valor nas coisas boas que possuía, mas até então, não percebia. Uma delas é o bate papo, o convívio familiar, as relações interpessoais com entes queridos. E se isso não pode ser realizado presencialmente nem com os que moram próximos, o mundo virtual traz uma solução muito mais abrangente: faz com que os parentes se interajam mesmo estando em outras cidades, estados, países.

       Até então, o chamado "grupo da família" em muitos casos só servia para as tradicionais mensagens de "bom dia, boa tarde, e boa noite". Mas de uns tempos pra cá, ele ganhou maior importância, pois o confinamento trouxe esta necessidade de comunicação, uma certa carência de estar junto, até mesmo para se desligar um pouco das trágicas notícias propagadas pelo protagonismo do coronavírus.

          Particularmente, o grupo da minha família não é muito grande, mas tem gente de São Paulo, São José do Rio Preto, Bauru, Jaciara e Nossa Senhora do Livramento - sendo que as duas últimas, cidades mato-grossenses; - além dos parentes venceslauenses, é claro. 

            E a troca de mensagens envolve muita interatividade, que inclui alguns cantores escrachados, piadas contadas por um humorista que ri das próprias anedotas, resoluções de enigmas de qualidade duvidosa e exibições de fotos do passado. E com isso, o tempo vai passando, como se todos estivessem sentados numa gigantesca varanda sob a luz da lua cheia. 

        Se não fosse a pandemia, certamente muitos de nós estaríamos realizando atividades e compromissos diferentes, fazendo com que as distâncias físicas continuassem a nos manter afastados. Resgatei conversas, tornei a brincar com quem eu brincava, quebrei o gelo. Toda experiência negativa traz um ensinamento, e certamente esta reaproximação foi uma das poucas coisas positivas que aconteceram na atual conjuntura.

       Ah, e se acontece uma ou outra "treta" durante as pequenas "tiradas" que damos uns nos outros, isso também é normal. Quanto mais o mundo virtual se aproximar do real, melhor! Chupa esta, coronavírus! Por esta, você não esperava...

* O Eldoradense


14 de abr. de 2020

Comentário: "Ciência e fé"



  Nas minhas poucas mais de quatro décadas vividas, não me lembro de ter testemunhado uma ameaça tão grande à sobrevivência das pessoas quanto agora, nesta pandemia. Se por um lado esta crise nos deixa receosos, é fato que toda a atmosfera que envolve o atual contexto nos remete às reflexões inerentes ao momento. E uma destas reflexões envolve ciência e fé.

   Digo isso porque cada qual defende com unhas e dentes seus métodos para superar este cenário que tanto nos aflige. A comunidade científica faz suas recomendações, enquanto líderes religiosos de vários credos elaboram seus ritos ecumênicos para que as forças divinas amenizem nossas dores e permitam que tudo isso acabe o quanto antes. E é aí, na dicotomia, nos procedimentos separados, que nascem muitos conflitos desnecessários.

      Primeiro, porque não pode ser desprezada a enxurrada de conhecimentos e informações que nos são repassados em um mundo extremamente globalizado. Todo o conhecimento técnico de um cientista ou profissional de saúde é fruto de anos de esforço, pesquisa e estudo. Por outro lado, apegar-se às forças sobrenaturais das quais não temos conhecimento pleno, mas que a maioria dos indivíduos acredita, é extremamente válido. Independente de sermos cristãos, muçulmanos, budistas, espíritas ou judaístas, a fé ajuda e muito, nestas horas.

      O que quero dizer neste texto é que ciência e fé são elementos que se usados de formas complementares, possuem um poder de eficácia gigantesco, capaz de fazer com que vençamos a maioria das nossas lutas. Entendo, numa visão bastante particular, que toda a curiosidade,  inteligência e  esforço do ser humano é fruto dos dons concedidos pelas divindades, independente do credo.

      Deus, na concepção mais ampla da força sobrenatural  e da criação, nos contemplou com um cérebro capaz de realizar inventos, criar vacinas, remédios e principalmente, transmitir conhecimento. Por outro lado, este mesmo cérebro é capaz de canalizar energias positivas e fazer com que uma forte corrente de fé possa materializar vitórias. Toda iniciativa  pautada na simbiose entre ciência e fé é de extrema relevância. Exemplo: Uma cerimônia religiosa, na atual conjuntura, é bem vinda? Sim, claro! Mas as aglomerações precisam ser evitadas, pois estas são as recomendações técnicas. Sendo assim, as versões virtuais ou "on line" destes ritos são alternativas interessantíssimas.

      Portanto, entendo que lavar as mãos, ficar em casa ou dobrar os joelhos com humildade em reverência às divindades não sejam procedimentos originários de duas vertentes diferentes, na atual conjuntura. Deus deu o dom do conhecimento ao homem para transmiti-lo, e é com responsabilidade e bom senso que devemos acatá-las. Simultaneamente, precisamos sim, acreditar numa força maior, pois é através dela que nos foram repassados nossos dons e alcançamos a dádiva da evolução. Se o conhecimento é de suma importância, a fé, por sua vez, não possui menor relevância. 


* O Eldoradense

10 de abr. de 2020

Alfinetada: "Quando eu vejo..."

  Quando eu vejo alguém dizendo que a saída para o governo Bolsonaro é dar um golpe de Estado, fechar o Congresso, além do STF...


... Dá vontade de responder:

   Ele não tá conseguindo se impor nem diante do próprio Ministro da Saúde!!!


* O Eldoradense

9 de abr. de 2020

Alfinetada: Domingo o Brasil não perde!



   E no próximo domingo, às 16:00h, teremos mais um Brasil x Alemanha! Haja coração! E não é querendo subestimar os adversários não, mas... A seleção canarinho não perde esta de jeito nenhum! Alguém quer bater uma aposta?

* O Eldoradense

7 de abr. de 2020

Comentário: "Os diferentes Mandettas, segundo os fanáticos..."




   Os entreveros de Jair Bolsonaro com o Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta tornaram-se cada vez mais evidentes. Há poucas semanas, qualquer um que mencionasse o mal estar entre ambos, seria rotulado pelos fanáticos bolsonaristas como "propagadores de fake news", ou então, torcedores do "quanto pior melhor". Até então, Mandetta era um competente ministro nomeado pelo mártir da nação, que, apesar de contrariá-lo, não era digno de questionamentos maiores, pois era um integrante da equipe, apesar de sua visão antagônica à do "mestre".

      Mas aí veio a entrevista do "mestre" à Jovem Pan, admitindo explicitamente as diferenças e deixando no ar uma possível demissão do ministro. Pronto, bastou! Se o mestre falou, tá falado: Mandetta tornou-se alvo dos fanáticos nas redes sociais. Passou a ser visto como "traíra", "conspirador" ou "queridinho da mídia". Juntou-se a outros alvos, todos eles querendo derrubar o herói da nação. Aliás, o isolamento social não é necessário, é tudo uma grande jogada conspiratória que hipoteticamente conduziria à derrocada do chefão do Planalto. 

      Mas acalmem-se fanáticos! Mandetta ficando ou não, o isolamento vai continuar, independente de demissões ou nomeações. A "teoria conspiratória" não envolve apenas o Ministro da Saúde, mas também o Congresso Nacional, o STF e a OMS. O Bolsonaro pode colocar até um dos seus filhos no Ministério de Saúde que o isolamento social continuará o quão necessário for, pois a vocação genocida é exclusividade dos loucos e dos gananciosos.

       A propósito, reforço a minha admiração pelo atual ou "quase ex" Ministro da Saúde. Ele mostrou que nenhum subordinado precisa ser subserviente...

* O Eldoradense

2 de abr. de 2020

"Uma crônica corônica!"




    A pandemia começou lá na China, numa cidade onde as pessoas comem morcegos até lamberem os beiços. E se alastrou rapidamente pelo mundo, transformando-se num pandemônio. Fez o caminho inverso de Marco Polo, realizando uma turnê devastadora na Itália. Mas tal qual os produtos vendidos no Ali Express, chegou praticamente ao mundo todo, porém, com uma velocidade bem maior. Ambos viajam de avião, mas sabe como é: notícia ruim, chega mais rápido!

    Tá, é fato que quando a gente começou a saber do fenômeno lá do outro lado do mundo, não demos muita relevância aos fatos. Fazíamos piadas na internet, e no início, muitos médicos diziam que o problema parecia menor do que realmente é. Que fase, hein, Drauzio?

      Mas o vírus é realmente mais perigoso do que parecia, tanto é que o COVID-19 abalou não só as economias do G-20, como de todos os outros países do globo. E falando em Globo, a emissora Vênus Platinada está liderando a cobertura jornalística da pandemia com propriedade, o que irritou os portadores daquela outra patologia: o Bolsonavírus.

     Para os portadores do Bolsonavírus, tá todo mundo errado: a ciência, a OMS, o Ronaldo Caiado, o Wilson Witzel, o João Dória, o Rodrigo Maia, o Alcolumbre. Também estão errados os governadores da maioria dos estados e os prefeitos. Enquanto os doentes tossiam e escarravam, os sadios faziam carreatas. Sim, os mesmos que fizeram protestos pelo direito de ficar calado no dia 15/03, agora se superaram: reivindicaram o direito de morrer em massa!

     Na verdade, os portadores do Bolsonavírus replicam tudo o que o mestre manda, sem muito senso crítico. Afinal,  para o propagador inicial do Bolsonavírus, a virose pandêmica é só uma "gripezinha", ou um "resfriadinho". Bom, eu quando ouço falar na doença, bato na madeira, e digo: Isola!

      Sim, isola! É tudo o que pode ser feito até agora. Isolamento social horizontal, onde a circulação de pessoas e serviços é limitada, viabilizando só o que é estritamente essencial. Mas os portadores do Bolsonavírus preferem o Isolamento social vertical, que limita só os indivíduos pertencentes aos grupos de risco, contrariando as determinações do mundo todo. 

      Mas na ciência, assim como no futebol, o que vale é a opinião técnica: E para isso, ainda bem, existe um competente Ministro da Saúde que bota freios nas loucuras do capitão. Em tempos de pandemia, Mandetta quem pode, obedece quem tem juízo! E continuemos na linha otimista de que não há mal que dure para sempre. Nem o Coronavírus, nem o Bolsonavírus...

* O Eldoradense

Comentário: "A importância do equilíbrio fiscal"

       Contas públicas: Este é, sem dúvidas, o calcanhar de Aquiles do atual governo. Operando de forma deficitária e não demonstrando uma i...