Em um monumento de Morretes, uma alusão ao poema "O Marumbi", escrito por Arlindo de Castro. Abaixo, a transcrição do mesmo:
"O Marumbi" - Arlindo de Castro
Morretes, quando dorme,o Marumbi,
para velar-lhe o sono à cabeceira,
soergue, à noite, a calva sobranceira,
e,ao Nhundiaquara plácido, sorri...
O Marumbi, senhores, é um altar!
Dir-se-ia, até que,entre um milhão de flores,
Deus, aí, toda noite, vem rezar,
tendo, por castiçal, o firmamento;
e, por velas, o brilho das estrelas;
por orquestra, o vento
e a voz misteriosa da floresta!
O Marumbi, senhores, é um altar!
O pétreo altar, ao qual eu me descubro,
e aonde vem Jesus, no mês de outubro,
o Sermão da Montanha recitar...
E vem seguido de José Morais,
de Rocha Pombo,de Silveira Neto,
de Lang, de Turim e de Aguilar!...
É que o Bom Deus, no dia da cidade,
Consigo os traz, para matar saudade!..
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