Imagem indescritível de um dos cartões postais de Morretes: O "Pico do Marumbi", parece mesmo vigiar lá do alto a pequena e histórica cidade do litoral paranaense. Um verdadeiro colírio para os olhos dos que apreciam a natureza...
Quem acompanha as músicas nacionais que posto aos domingos, percebe que boa parte delas é pertencente ao rock brasileiro. Não só porque gosto do gênero, mas também porque cresci ouvindo letras de protesto inicialmente contra a ditadura militar, e depois, contra as nossas injustiças sociais e a corrupção. Bandas como Capital Inicial, Legião Urbana, Plebe Rude, Engenheiros do Hawaii, Titãs e Skank produziram letras e canções emblemáticas que extravasavam com genialidade a indignação de nossa sociedade.
Quem não se sentiu representado ao ouvir clássicos como Que país é esse?, "Comida", "Alagados", "Até quando esperar", "Herdeiro da Pampa pobre" ou "Pacato cidadão"? Há algum tempo sinto o rock nacional carente de novidades, tanto no que diz respeito ao surgimento de talentos ou bandas novas, quanto no que se refere às canções de manifestos ou protestos contra as injustiças e barbáries praticados pelos políticos. Parece que nossos roqueiros perderam a inspiração, ou então, se cansaram mesmo de traduzir em suas guitarras, baterias e microfones vossos repúdios contra o cenário político que aí está. É uma pena, pois motivos e material para as composições não faltam: Brasília todos os dias "pulsa" fatos para que o quase extinto rock politizado nos premiasse com canções engajadas. Mas não é o que acontece atualmente, infelizmente. Refaço a pergunta que intitula este comentário ao final do último parágrafo: "Onde está o nosso rock?"
Este é o "Armazém do artesanato", localizado no centro histórico de Morretes (PR), com arquitetura peculiar, cujo prédio tem sua construção datada em 1918.
Não pude estar presente, mas acompanhei os desdobramentos das manifestações do último domingo e confesso que fiquei satisfeito com o que vi nos noticiários televisivos e da internet. Não somente pelo "Fora Dilma" e pelo pedido da prisão de Lula, mas também por ter percebido que finalmente a população pareceu ter notado que o buraco da corrupção no Brasil é bem mais embaixo, não sendo exclusividade do PT.
Hoje não há dúvidas que Lula mereça a prisão e de que Dilma faz por merecer o seu impeachment, ainda que as conclusões dos inquéritos não tenham sido tiradas. Mas tudo caminha para que ambos tenham culpa no cartório, e se cometeram irregularidades, que paguem pelos seus erros, nada mais justo.
Porém, não deu para passar despercebido o "mico" pago pelos políticos tucanos Aécio e Alckmin, que tentando tirar proveito das manifestações com os olhos voltados para as eleições de 2018, saíram dos protestos pela porta dos fundos, sob gritos de "corruptos" e "ladrões da merenda". Se o PT carrega consigo as máculas escandalosas do "mensalão" e do "Petrolão", o PSDB não está menos manchado, pois o Metrô de São Paulo e as propinas de Furnas justificam os gritos de repúdio às presenças de Alckmin e Aécio na Avenida Paulista. Gostei, pois parece que desta vez os gritos soaram um pouco mais abrangentes e menos seletivos. Sim, porque até pouco tempo após as eleições, a impressão que eu tive é que boa parte da população achava que Aécio era um santo, que inexplicavelmente não tinha feito milagre em sua própria casa, o Estado de Minas Gerais. As delações de Delcídio Amaral parecem ter sido bastante reveladoras, mostrando que a roubalheira era geral, tanto por parte dos governistas quanto dos oposicionistas; (o que, sinceramente, não me surpreende).
O PT, por sua vez, resolveu esculhambar ainda mais o que já está esculhambado: vai nomear Lula como Ministro Chefe da Casa Civil, garantindo ao ex-presidente foro privilegiado e julgamento no STF, livrando-o de ser julgado por Sérgio Moro. Tal atitude poderá ser considerado um "tiro no pé", aumentando ainda mais a indignação coletiva e tornando ainda mais intensas as futuras manifestações. Que assim seja, pois a população brasileira parece estar mesmo mobilizada...
Amigos leitores, na última semana fiz um "tour" pelo litoral paranaense, conhecendo por um dia a simpática "Morretes", ficando hospedado outros seis dias em Matinhos e fazendo uma passagem relâmpago pela bela Guaratuba. Inicio o resumo fotográfico da viagem com uma foto de cada uma destas cidades:
Morretes - Cidade do litoral paranaense cujos atrativos são :
1) A arquitetura histórica; 2) A culinária, cujo prato principal é o "Barreado" 3) O artesanato; 4) A vicinal rodoviária que liga a cidade até Curitiba; (Estrada da Graciosa); 5) O trem turístico que faz itinerário de ida/volta para Curitiba; 6) O "Pico do Marumbi", um dos cartões postais do lugar; 7) O Rio Nhundiaquara, que corta a cidade, embelezando-a ainda mais;
Matinhos: Banhada pelo mar, seus atrativos principais são:
1) A belíssima praia de Caiobá; 2) Seus vários balneários 3) Artesanato caiçara; 4) Culinária, com destaque aos frutos do mar; 5) Calçadão no centro da cidade, onde o comércio tem presença marcante; 6) Igreja Matriz e praça central, (como toda boa cidade que se preze)
Guaratuba: Cidade mais ao sul do litoral paranaense, fronteiriça com o Estado de Santa Catarina. Seus principais atrativos turísticos são: 1) A Praia Central; 2) O "Morro do Cristo", de onde se avista a linda Baía de Guaratuba; 3) Comércio diversificado; 4) Comunidades caiçaras; 5) A balsa, que faz a travessia para Matinhos, nos sentidos ida/volta; 6) A culinária, com destaque à "Estrada de Carabaquara", também conhecida como "Rota das ostras", cujo itinerário possui vários restaurantes, onde as ostras e frutos do mar são o carro-chefe.
O locutor da "Rádio Lisboa" informa em noticiário:
"Estudos realizados na Universidade de Coimbra constatam que a estatura média do homem português é de 1,73 m, sendo muito raro encontrar um lusitano com estatura superior a 1,90m!
O Joaquim da padaria, ao ouvir a notícia, balbucia:
"Pois é justamente este filho de uma rapariga que senta na minha frente toda vez que eu vou ao cinema!"
"Sobre os desdobramentos da Operação Lava Jato..."
Que a Lava Jato signifique um marco na luta contra os crimes do colarinho branco praticados no Brasil, bem como o início de uma era em que a impunidade esteja com os seus dias contados. Que paguem pelos delitos cometidos os empresários, políticos e quaisquer que sejam os envolvidos neste vergonhoso escândalo, pois é assim que devem agir as instituições em um país republicano e democrático. Lula teve a chance de construir uma biografia fantástica, levando-se em consideração suas origens e seu destino. Em matéria de corrupção, optou por se igualar ou até mesmo superar a corja de políticos desonestos que tomam de assalto este país por várias décadas. Mas ressalto: É importante que as instituições tenham o mesmo empenho investigativo em todas as esferas do Poder Público, independente de bandeira partidária. Digo isso pois se as mesmas agirem seletivamente, abre-se margem interpretativa para possível motivação política, dando força ao discurso petista de existência de um suposto “golpe”, ainda que saibamos que tal fala seja cínica, dissimulada e oportunista.