A "Gruta que chora", na Praia da Sununga, é carregada de lendas e mistérios nutridos pela população caiçara
Já havia citadoanteriormente o número de praias existentes emUbatuba, litoral norte de São Paulo. Em uma delas,na Praia da Sununga, existe um diferencial paisagístico que chama a atenção:a "Gruta que chora". Na versão científica dos geólogos, ela é uma formação rochosa vulcânica porosa parecida com um funil, cujo vão maior está voltado para o mar. A vibração acústica proveniente da força das ondas faz com que água doce se precipite da gruta através da porosidade das rochas, e sobre a gruta, obviamente, existe uma nascente. A intensidade da precipitação de água doce da gruta é então diretamente proporcional à intensidade das ondas do mar: quanto mais ondas fortes, mais a gruta"chora". Agora, se o leitor é um romântico, amante por versões lendárias, eis aqui uma das inúmeras versões contadas pela população nativa: o texto foi extraído do blog coisas de caiçara,deJosé Ronaldo, caiçara de Ubatuba...
“Marcelina, uma caiçara adolescente que morava nas cercanias da Praia da Sununga, de repente pareceu aniquilar-se, comendo pouco, sem ânimo para nada. De nada valiam os banhos, benzimentos e remédios da cultura local. Diante da preocupação da mãe e de outras pessoas que gostavam muito dela, ela tentava acalmá-las.
Dias se passaram, tristes e apreensivos, até que certa madrugada, de seu quarto a mãe escutou soluços e palavras desconexas. ‘Não vá. Não...não quero...espere...’ Ao acordar em lágrimas e vendo a mãe sentada em sua cama, Marcelina se abriu: ‘Sabe a história daquele bicho que mora na Toca da Sununga, que diz que ninguém pode passar por lá sem provocar a sua ira, deixando o mar revolto e impedindo o trabalho dos pescadores? Pois é! O Seo Antero, lá da Praia das Sete Fontes, disse-me que viu, numa noite o tal bicho: do meio pra cima parece o dragão que tem no quadro de São Jorge, o resto do corpo parece de uma cobra. Foi milagre ele não ter sido devorado naquela noite. De lá pra cá eu tenho sempre a impressão que esse bicho me segue. Numa noite, há alguns meses, aconteceu uma coisa bem estranha: o bicho, do jeito que o Seo Antero descreveu, entrou no meu quarto. Eu queria chamar a senhora, mas não consegui soltar a fala, nem correr. De repente... aquela coisa feia se transformou num moço bonito e ficou comigo até o galo cantar três vezes na madrugada. Dessa noite em diante ele tem vindo ficar comigo. Agora mesmo eu estava chorando porque não queria que ele fosse embora. É por isso que eu não tenho vontade de mais nada, a não ser ficar pensando nele’.
Depois de algum tempo dessa revelação, passando por sua casa um velho monge, a mãe contara os tormentos da filha e de todos os familiares. Era comum naquele tempo desabafar com alguém da Igreja e se sentir aliviado. Na verdade, aquele homem era um padre que revelou: 'o padre José de Anchieta, antes de morrer, teve uma visão que dizia ser tarefa da Ordem dos Jesuítas expulsar o monstro que se abrigava na Toca da Sununga. É por isso que aqui cheguei. Vim nos passos de Anchieta'.
Chegando ao local, o monge, acompanhado dos fiéis católicos do lugar, ergueu os braços num largo sinal da cruz, murmurou sua prece e aspergiu sobre o local a água benta que trazia. Naquele instante, tal como um trovão violento, a água do mar invadiu a toca e abriu um caminho por onde o monstro se foi, num turbilhão de espuma, mar afora. Desse modo, graças à fé desse religioso, os caiçaras se viram livre daquela maldição”
Praias, centro histórico em estilo colonial e várias igrejas construídas na época do Brasil Império sob forte influência do catolicismo português: Esta é Paraty, cidade do litoral sul fluminense que visitei e que achei o máximo! Quem sabe eu ainda volto lá, para participar da Festa literária com um livro de minha autoria? Sonhar não custa nada...
Amigos leitores, as publicações da última semana foram todas automáticas, pois eu estava no litoral norte de São Paulo, mais precisamente em Ubatuba. Lugar lindo, com várias praias e algumas cachoeiras deslumbrantes. Passei também por Paraty (RJ), cidade que possui um aspecto colonial marcante em sua arquitetura e nas ruas calçadas de pedras no seu centro histórico . Na foto acima, eu e a Srª Eldoradenseestávamos no "Barquário", uma embarcação com fundo de vidro que facilitava a visualização do fundo do oceano e da fauna marítima. Logicamente eu estava no leme, pois a direção deve pertencer sempre ao "comandante". Já em casa, a coisa não funciona bem assim...
Amanhã provavelmente grande parte da população brasileira irá às ruas manifestar-se contra a corrupção, a inflação e a precariedade dos serviços públicos. Entendo que qualquer manifestação democrática é válida, desde que os direitos do próximo sejam preservados. É preciso deixar claro que protesto não precisa ser sinônimo de vandalismo, violência e discórdia. Este é um estado democrático, e os direitos de uns acabam onde iniciam-se os dos outros. Portanto, nosso povo precisa ter lucidez e equilíbrio durante as reivindicações, exatamente para que não se perca a razão. Que as vozes das ruas sejam ouvidas, e que os políticos insensatos ao menos se intimidem, já que é difícil acreditar que eles se sensibilizem.
A cidadania e a liberdade são os legados mais importantes do estado democrático. Vandalismo, violência e truculência são excessos que estão mais próximos ao totalitarismo e às ditaduras. Que tenhamos a sabedoria de agir com prudência e inteligência, para que os opressores políticos não invertam os papéis, transformando-se em vítimas, quando na verdade, são cruéis algozes.
O sujeito vai ao motel com a amante e percebe o carro do sogro no estacionamento de uma das suítes. Com o intuito de sacanear o velho, o genro murcha os pneus do veículo e risca totalmente a lataria. No dia seguinte, percebendo o aborrecimento do homem, ele pergunta:
"Ora, meu sogro! Parece aborrecido, o que aconteceu?"
"E não era para eu estar aborrecido!? Emprestei o carro para a descuidada da tua mulher ir à igreja, ela deve ter estacionado em qualquer canto, e os trombadinhas riscaram toda a lataria!"
A mudança foi toda colocada no caminhão. Um desses de carroceria aberta, abarrotado de móveis, e lá em cima de tudo, a gaiola com o papagaio. A mudança devia estar mal-arrumada e as ruas eram muito esburacadas. Com o balanço, a gaiola caiu com o papagaio. Desceu todo mundo, acudiram o papagaio e botaram a gaiola la em cima. Em pouco tempo, o pobre coitado despenca outra vez. E outra vez. E mais outra! Mil tombos! Aí, o papagaio,já irritado, no último tombo virou-se para o dono e disse:
"Faz o seguinte: Me passa aí o endereço que eu vou à pé!"