Há muito não lia uma obra espírita. Salvo engano, a última leitura que fiz desta doutrina foi "Céu azul', de Célia Xavier de Camargo, e isso já tem mais de duas décadas. Desta vez, concluí a leitura de "A tragédia de Santa Maria", psicografado pela famosa médium Yvone Pereira, através do espírito do renomado médico Bezerra de Menezes.
A história tem como palco principal próspera fazenda de Santa Maria, cujo dono era o Comendador Barbedo, que perdeu a esposa precocemente durante o parto da filha, Esmeralda. Diante da ira causada pelo óbito, o pai tentou assassinar a filha recém nascida, e depois suicidar-se, sem sucesso. Com o passar do tempo, o sentimento muda, e Barbedo nutre verdadeira paixão pela sinhazinha, que na adolescência vai morar com os avós maternos na cidade de Coimbra, Portugal. Lá a moça conhece Bento José, advogado boêmio e jogador inveterado, que tem a personalidade amadurecida após apaixonar-se por ela.
Quando os dois regressam ao Brasil, casam-se, e passam a morar junto com Barbedo na fazenda de Santa Maria. Barbedo, por sua vez, vive uma relação conjugal escamoteada com a interesseira "governanta" da fazenda, Severina, que, movida por ciúmes e ambição, tenta a todo custo, e de forma dissimulada, promover a discórdia familiar.
E é neste contexto que a tragédia acontece, desdobrando em ira, tristeza, remorsos e injustiças. A trama é de época, acontece no fim do Brasil Colônia escravocrata, o que torna a leitura complexa, com linguagem bastante rebuscada, requisitando paciência do leitor. Vale pela história mediúnica e pela elucidação de alguns conceitos sobre a doutrina espírita. Agradeço ao amigo João Marcelo pelo empréstimo do livro.
* O Eldoradense
Sou uma grande admiradora da Doutrina Espírita, acredito muito na Lei do Retorno, na reencarnação, não como castigo mas como aprendizado para nossa própria evolução, e que também nada é por acaso, embora não tenhamos consciência tudo tem seu propósito...
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