Encerrada mais uma leitura. Aliás, "Sócrates & Casagrande" eu não li: Devorei! Digo isso porque nesta obra, escrita pelo ex-jogador Casagrande e o jornalista Gilvan Ribeiro estão implícitas em boa parte de suas páginas duas temáticas envolventes, ao meu ver: futebol e política.
É impossível dissociar a parceria destes dois ícones do futebol do movimento conhecido como "Democracia corinthiana", ocorrido no início da década de 80, num dos clubes mais populares do país, em meio ao regime militar ao qual o Brasil estava mergulhado.
Craques, intensos, passionais, amigos. Os caras eram geniais, subversivos, críticos, impetuosos. E como sei lá por que cargas d'água, caíram naquela velha relação entre genialidade e dependência química que marcaram tantos ídolos de vários segmentos da arte musical e desportiva. Sócrates, do alcoolismo, mais precisamente pela cerveja, e Casagrande, pela cocaína. Algo impensável hoje em dia, onde os atletas de alta performance, como Cristiano Ronaldo, rejeitam até Coca-Cola!
A mobilização política, a vida boêmia, os inúmeros casos de amor, as vitórias e derrotas marcantes dentro das quatro linhas, tudo é relatado com muita propriedade pelos autores, a ponto de eu procurar me aprofundas mais sobre os lances protagonizados por estes caras no Youtube, pois, infelizmente, vi pouco do Dr. Sócrates nos gramados, e um Casagrande apenas em final de trajetória esportiva.
Agradeço ao amigo Toninho Moré, que além deste livro magnífico, me emprestou outros quatro. Bora começar mais outro!
* O Eldoradense
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