Hoje de manhã, na saída do serviço, fui cobrado por um palmeirense: "Você vai ter que escrever algo em homenagem ao verdão hoje!". A fala não era necessária, pois assim o faria, independente de quem fosse campeão. Sim, pois se tem um torneio futebolístico que eu acho massa pra caramba, é essa tal de "Libertadores da América". Mas enfim, e felizmente, venceu o time que eu gostaria que ganhasse nesta final. Sim, já que o meu Santos não chegou, eu preferi o título alviverde, e explico os motivos.
Poderia dizer que torci pelo Palmeiras porque meu melhor amigo é palmeirense. Balela, seria hipocrisia, acho que este não é o motivo. Poderia também dizer que um grande amigo, morador de Santos, mas torcedor do Palmeiras, há poucos minutos do jogo do peixe contra o Fortaleza, enviou um vídeo do lado de fora da Vila Belmiro, sendo que a vitória santista foi imprescindível para livrar o meu clube de coração do rebaixamento. Sim, este foi um motivo bem forte, achei um gesto bacana pra caramba, fora de série.
Mas o que pesou mesmo, desde o início, é a soberba flamenguista, acompanhada pelo combo chamado Renato Gaúcho. Um time mala, com jogadores malas, treinador mala e torcida mala. E vamos falar a verdade: O Flamengo é o Corinthians do outro lado da via Dutra! Impossível não fazer esta associação entre gaviões e urubus!
Dito isso, é válido lembrar que a final deste ano foi muito - mas muito mesmo - superior a do ano passado, em que se enfrentaram Santos x Palmeiras. Houve um duelo da técnica rubro negra mais apurada contra a quase perfeição tática palmeirense. Além disso, a presença de público maior no estádio contrastou com a final do ano anterior, prejudicada pela pandemia da COVID-19. E no frigir do torresmo, venceu, com justiça, a estratégia. Sim, porque se o Abel portuga não é lá o suprassumo da mão de obra técnica europeia, é fato que ele é muito superior ao Renato fanfarrão.
A única coisa que lamento, de verdade, é o fato do gol palmeirense ter saído de uma falha grotesca de um jogador rubronegro. Só quem já jogou bola sabe o quão ruim é entregar uma rapadura num momento crucial do jogo. O tal de Andreas Pereira não deve ter dormido à noite, coitado. Mas o maluco do Deyverson, que não tem nada a ver com isso, fez a parte dele. De quebra, ainda simulou uma agressão que pasmem: Foi fruto de um toque dado pelo árbitro! Ele queria o que? que o juiz desse cartão a si próprio? Rsrsr.
Mas é fato que o Palmeiras mereceu o título com justiça e propriedade. Achei bem feito a derrota flamenguista, do Renato, e até do Bolsonaro vira casaca, que mesmo sendo Palmeirense, resolveu torcer pelo time da maioria e mais rico. Alguma surpresa? Pra mim, não! O presidente detesta os menos ricos e as minorias...
* O Eldoradense