9 de nov. de 2022

Comentário: "Bares noturnos venceslauenses"

       


 Nunca fui um boêmio, nem quando eu tinha lá meus dezoito anos. Nesta época, eu saía, comia um lanche, conversava com os amigos, e no máximo, duas da madruga, já estava em casa. Sempre brinco que "quando eu tinha dezoito, já estava velho". Talvez soubesse que, futuramente, por motivos profissionais, eu fosse passar metade das minhas noites em claro. Porém, mais maduro, sempre fiz questão de sair para um bar ou lanchonete, comer e beber algo diferente, e se possível ouvir música. Acho que austeridade econômica é tudo, mas se o sujeito não presentear a si próprio com os pequenos prazeres da vida, sua jornada na Terra fica muito "carrancuda".

    De uns tempos pra cá, por motivos pessoais e também pela pandemia, fiquei um pouco afastado dos bares e lanchonetes de nossa cidade. Sempre achei que Presidente Venceslau teve uma boa variedade gastronômia, mas musicalmente falando, havia um monopólio sertanejo que também me afastava um pouco dos estabelecimentos locais. E este conceito havia ficado previamente estabelecido no meu subconsciente, o que podemos chamar de preconceito.

      Há algum tempo a pandemia deu uma trégua e eu me permiti revisitar os nossos bares e lanchonetes. Grata surpresa. Amigo leitor: dê um giro no centro e nas principais avenidas e perceba que, num final de semana, ouve-se música ao vivo em boa parte deles, o que não acontecia antes. Os gêneros estão um pouco mais diversificados, e apesar da presença marcante do sertanejo, a musicalidade está mais eclética. Apresentação de bons artistas, cartas de bebidas e comida variadas, ótimo público, investimento em sistemas modernos de comandas, garçons atenciosos, fachadas modernas, iluminação e decoração atuais. Nossos bares e lanchonetes não devem em nada à média de qualidade da maior parte dos estabelecimentos de cidades um pouco maiores como Dracena e Presidente Prudente, por exemplo. E, curiosamente, permitam-me a comparação com a Estância turística de Presidente Epitácio, cidade que gosto muito: sem ser provinciano, a quantidade e qualidade dos nossos estabelecimentos, supera a dos nossos amigos e vizinhos ribeirinhos.

    Enfim, tive a impressão que o difícil período da pandemia fez com que os donos destes estabelecimentos se reinventaram, revisaram seus paradigmas e modificaram positivamente o nosso comércio noturno. Os serviços melhoraram, a comida tornou-se melhor e mais variada, bem como a música ganhou um pouco mais de espaço, tornando-se mais eclética. Um brinde a esta nova fase! A clientela agradece...


* O Eldoradense

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