3 de out. de 2022

Comentário: "Resultado das eleições presidenciais no primeiro turno"

 



 Inicio este texto nos primeiros minutos desta segunda-feira. Com quase a totalidade dos votos apurados o ex-presidente Lula venceu o primeiro turno o atual presidente no Jair Bolsonaro por uma diferença aproximada de seis milhões de votos. Num país plural e de dimensões continentais, estamos falando de uma eleição bem equilibrada, caracterizando necessidade se segundo turno, com pouco mais de 48% dos votos válidos. Trata-se de dois fenômenos eleitorais - refiro-me à capacidade de angariar votos e de aglutinar amor e ódio em relação às duas figuras, pois ao meu ver, ambos estão longe, mais muito longe de serem estadistas. São personalistas, autocratas, polêmicos, egocêntricos. Reitero que nenhum deles teve meu voto em primeiro turno, e afirmo que no segundo, votarei naquele que considero mais apto ao cargo: Lula.

    Analisando os números, temos o seguinte quadro: o ex-presidente está supostamente a aproximadamente um ponto e meio percentual do Palácio do Planalto, e o atual presidente, a quase sete da reeleição. Ligeiro favoritismo para Lula, levando-se em consideração os 28 dias que separam um turno do outro. Mas estamos falando de Brasil, onde fatos e factóides cruciais podem acontecer a qualquer momento. 

      Há de se considerar novamente um cenário de polarização extrema pós definição. O eleito, seja quem for, vai ter que dialogar - e muito - com a oposição. De positivo, cito novamente a eficácia da votação e apuração, contestada eternamente por um grupo específico. Os principais institutos de pesquisas acertaram dentro da margem de erro na pontuação de Lula, e erraram a pontuação do seu principal adversário, o que deve gerar contestações justas de Bolsonaro em campanha. Porém, este é o limite da contestação. Quanto às urnas, fizeram o seu papel - no sentido metafórico - já que elas não emitem os obsoletos e desnecessários papeis impressos. 

     A justiça eleitoral brasileira, o processo de votação e apuração dão certo e são exemplo para as principais democracias mundiais, ganhe Lula ou Bolsonaro. É fato também que o temor por cenas de violência expressiva mediante tamanha polarização não se concretizou como supostamente se desenhava, graças à Deus. Ocorreram fatos isolados, como de praxe. Precisamos aprender a conviver com quem pensa de forma contrária, a debater ideias de maduramente, e principalmente, exercer a tolerância. Democracia é isso, por mais polarizado que seja o cenário. Boa semana a todos.


* O Eldoradense  


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