12 de jan. de 2021

Livro: "A mulher na janela", de A. J. Finn"

 



     Vocês sabem o que é agorafobia? É o medo descomunal de frequentar espaços abertos, contrário à claustrofobia, que é o medo de sentir-se preso, trancado. Quem tem esta doença prefere fica enclausurado, e desenvolve uma espécie de síndrome do pânico ao sair da sua própria redoma, da sua pequena e restrita zona de conforto. A protagonista do livro "A mulher na janela" sofre deste mal, e dentro de sua própria casa, onde mora só, tem a mania de beber vinhos, conversar na internet e bisbilhotar a vida alheia através da sua janela.

      E foi por conta deste último hábito que ela testemunhou um crime na casa de um dos vizinhos. O problema é que por sofrer um transtorno mental e beber muito vinho, ela se vê desacreditada pela polícia, pois nenhum vestígio do assassinato é encontrado. A trama se desenrola num suspense intrigante, onde o autor não sabe se existiu o crime de fato, ou o mesmo é fruto das alucinações da personagem. O desfecho é surpreendente, destes de tornar a história digna de cinema. E não é à toa que o best-seller se tornou objeto de consumo da Neflix.

      O livro foi escrito por Dan Mallory sob o pseudônimo A. J. Finn, reconhecido escritor norte-americano que ganhou ainda mais notoriedade por ter sua personalidade classificada por ser um mentiroso compulsivo e manipulador. Precisa dizer que o livro é, no mínimo, diferenciado?

* O Eldoradense



3 comentários:

  1. Anônimo10:09

    Quantas vezes criámos ligações tão bonitas com alguém, para num momento transformar tudo em descartável? É assim que se vive agora. Já ninguém se preocupa com o outro. Já ninguém se esforça para manter o encanto que outrora uniu. Não somos perfeitos e não é isso que se pretende... Mas falta empatia. Falta honestidade todos os dias quando não somos capazes de dizer o que nos inquieta, quando não somos capazes de dizer o que queremos ou o que já não queremos mais. Falta a capacidade de nos colocarmos no lugar do outro e de nos perguntarmos, tantas vezes quantas forem necessárias, "e se fosse comigo?"
    Apregoamos todos os dias como gostaríamos de ser tratados, mas não somos capazes de o fazer com os outros.
    Há sentimentos que nos consomem, que nos roem, que nos deixam tolhidos, mas se formos capazes de ser, em primeira instância, honestos connosco próprios e com os outros, grande parte das pessoas não se perderiam. E há planos que se mudam, situações que se ajustam, mas não se devia perder ninguém... Por preguiça, por falta de vontade de comunicar ou por facilidade.
    Que tipo de pessoas somos nós se só oferecermos lugares vazios? Cada um de nós tem um mundo dentro de si para partilhar, para aprender com os outros. Cada um de nós tem o poder de tornar a vida de alguém um bocadinho mais bonita...
    Há pessoas e momentos incríveis para viver dentro de cada um de nós... Não percamos isso. O amanhã pode nunca chegar.

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  2. Anônimo10:09

    Voltou senti sua falta.

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  3. Porquê gosto da sua escrita. Me da PAZ fácil dê ler entender

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