As guerras talvez sejam um dos melhores contextos de inspiração para elaborar uma obra de ficção, seja literária ou de qualquer outra natureza. É como colocar vários personagens e seus dramas em um palco hostil, inóspito, em que cada um defende sua sobrevivência no limite da fome, das doenças e de tantas outras adversidades.
E foi usando de forma brilhante esta fórmula que a escritora alemã Eva Weaver escreveu "O menino dos fantoches de Varsóvia", narrando os destinos de dois personagens distintos, ambos de lados diferentes da guerra: Um adolescente judeu que possuía talento com fantoches e um soldado alemão.
A história ganha corpo a partir de uma abordagem da polícia nazista a uma idosa, onde um menino faz uma intervenção usando um dos seus fantoches, sensibilizando um dos policiais.
A partir daí os dois iniciam uma amizade com desconfianças, pois ambos estão em lados contrários da guerra, mas uma amizade verdadeira, como se percebe ao longo da narrativa. Mika, o menino, e Max, o soldado, sobrevivem aos horrores do conflito, e o destino dos protagonistas se cruzam novamente, ultrapassando as barreiras do tempo e do espaço. Livro emocionante, muito bem escrito e que dá uma dimensão bem próxima da realidade do que foi a catástrofe humana da Segunda Guerra Mundial.
* O Eldoradense
Nenhum comentário:
Postar um comentário