A um ano das eleições presidenciais, o PSDB parece cometer o mesmo erro do passado quando visava o Palácio do Planalto: os principais nomes do partido parecem buscar o mesmo objetivo, causando conflitos de interesses e divisões internas. Foi assim com Aécio e Serra, com Serra e Alckmin, Aécio e Alckmin, e agora, surpreendentemente, com Dória e Alckmin. Ambos iniciaram viagens pelo país, cumprindo agendas informais de pré-candidatura, cada qual buscando os próprios apoios, conquistando os próprios espaços, como num estratégico jogo de tabuleiros.
Dória recebeu recentemente o título de "Cidadão soteropolitano" em Salvador, e disse abertamente que está feliz pelas sondagens recebidas pelo DEM e PMDB, numa possível mudança de sigla partidária visando à Presidência da República. Ao meu ver, seria um grande erro, pois o atual prefeito de São Paulo teria que abandonar o comando da capital paulista no segundo ano de mandato, tentando alcançar Brasília. Fora isso, Dória deveria dedicar um mínimo de lealdade ao seu padrinho político, o Governador Geraldo Alckmin, que também tem como objetivo principal a Presidência da República.
Não nego minha antipatia explícita ao tucanato, mas admito que este é o partido que tem mais nomes aptos para concorrer às eleições majoritárias de 2018. Porém, se a sigla almeja vitória, é imprescindível que entre em consenso. Caso contrário, agonizará mais uma derrota, numa inacreditável demonstração de insistência nos mesmos erros. Lula e Bolsonaro assistem tudo de camarote, torcendo para que os conflitos internos do PSDB continuem a dividir o partido...
* O Eldoradense
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