"A coragem é grande virtude quando acompanhada da prudência e da responsabilidade. Porém, quando ela está atrelada à inconsequência, perde o status de qualidade para tornar-se estupidez"
Amigos leitores, ontem finalizei a leitura da pequena coletânea de contos de Machado de Assis, intitulada "Papéis avulsos". Dentre os contos, cito alguns que achei interessantes, como "O alienista", "O espelho" e "Na arca". As narrativas possuem uma deliciosa ironia, com várias pitadas de humor crítico à sociedade, suas estruturas e instituições. Admito que a linguagem rebuscada diferente dos padrões contemporâneos me fez procurar por algumas vezes o dicionário, para auxiliar na compreensão da leitura. Porém, creio que isso seja mais um atrativo do livro, que de certa forma, instigou-me à pesquisa. Enfim, mais uma obra literária para o meu currículo de leitor. Agradeço ao amigo Orlando pelo empréstimo do livro.
Ela tem um jeito de andar (Só prá o vento,só prá o vento)
O cabelo esconde o seu olhar (Só prá o vento,só prá o vento)
Eu me lembro da primeira vez,eu sempre vou lembrar
Vinha contra o vento na beira do mar
Ela vive só de "alô" e "olá" (Só prá o vento,só prá o vento)
Chama o sol e dança ao luar(Só prá o vento,só prá o vento)
Ela sempre jura que talvez um dia vai voltar
Pro seu movimento lento de chegar
Fiz uma canção só pra lembrar (Só prá o vento,só prá o vento)
Tudo o que eu quero está no ar (Só prá o vento,só prá o vento)
Tenho um segredo e vou dizer "yeah" ela sabe amar
Assim como o vento sabe "enventar".
* Obs: Até hoje eu não sei exatamente se o título desta música é "Sopra o vento", ou "Só pra o vento". Na internet, há as duas versões para o título, optei pela que faz mais sentido.
Na última sexta-feira, aconteceu o concurso "Miss Amazonas 2015". Seria apenas mais uma edição, que provavelmente passaria despercebida pela grande mídia nacional, a não ser pelo inusitado fato ocorrido durante o anúncio do nome da vencedora: a segunda colocada, Sheislane Hayalla, simplesmente arrancou a coroa de Carolina Toledo, eleita pelo corpo de jurados.
Coincidência ou não, as duas postulantes que brigavam pelo primeiro lugar no Miss Amazonas vestiam azul e vermelho, cores que disputaram palmo a palmo o principal cargo político nacional no ano passado. Porém, ao contrário da luta pelo Palácio do Planalto, no Amazonas, o azul venceu, e o vermelho ficou inconformado. Esperemos ansiosos a próxima briga entre as duas cores, que ocorrerá também no Amazonas, durante o Festival de Parintins, em junho próximo.
Mas diante do que foi lido nas redes sociais após as eleições presidenciais do ano passado, e também diante da cena deplorável do concurso Miss Amazonas 2015, faço a pergunta: "O inconformismo com a derrota está virando moda no Brasil?"