6 de jun. de 2013

Texto crítico: "Partidarismo doentio"


“Partidarismo doentio”

Saúde é o que interessa, o resto não tem pressa!” – Paulo Cintura;        
“Saúde e paz, o resto a gente corre atrás” – Pedro Bial;

 “Me cansei, de lero-lero, dá licença, mas eu vou sair do sério... quero mais saúde!” – Rita Lee;

  As respectivas frases ditas por estes três filósofos contemporâneos, (brincadeirinha), dão a dimensão exata do quão o item saúde é importante para qualquer cidadão. E no início da semana, o debate sobre o tema aflorou de forma intensa em nossa comunidade, motivado pela falta de médicos nos Postos de Saúde locais, que supostamente, vem sobrecarregando o atendimento na Santa Casa de Presidente Venceslau.

 Na última segunda-feira, segundo notícia veiculada pela assessoria de imprensa da Câmara Municipal, parece que nossos vereadores debateram exemplarmente sobre o assunto. Destaco, sem querer fazer propaganda deste ou daquele edil, os posicionamentos do “Mestre Tota” e do Tufy Jr. O primeiro pede contrapartida dos municípios vizinhos cuja população é atendida na Santa Casa local, o que considero justo. O segundo propõe uma reunião envolvendo a provedoria do hospital, o executivo, o legislativo e o Ministério Público. Creio que é assim que deve ser: diálogo, busca pelas soluções e alternativas, deixando questões partidárias e preferências políticas em segundo plano.

  Digo isso porque vejo principalmente por parte dos eleitores, uma segregação ainda acirrada, que partidariza até mesmo a questão da saúde, resquício das últimas eleições, que por sinal, é fatura liquidada há mais de meio ano. Quem votou no candidato D reclama da demissão coletiva dos profissionais de saúde realizada no final do mandato do candidato E. Porém, quando alguém concorre a um cargo público, está ciente dos desafios a serem resolvidos, e creio que os olhares devem ser voltados para frente, não para trás. Por outro lado, não adianta os simpatizantes do candidato E pregarem o discurso do “cada povo tem o governo que merece”, pois se o trabalho realizado anteriormente tivesse sido satisfatório, a reeleição teria sido confirmada nas urnas, o que não aconteceu.

  Amigos leitores, o buraco é mais embaixo, e envolve questões suprapartidárias e emergenciais. A doença não atinge somente o paciente do PT, do PMDB ou do PSDB. Ela atinge a todos os contribuintes, que pagam seus impostos em dia, exatamente para que tenham, no mínimo, atendimento digno. O resto é democracia e preferência político-ideológica, que deve ser respeitada.

  Mas se for para “partidarizar” uma questão tão humana quanto à saúde, finalizo: O venceslauense demonstrou que na política local insatisfação rima com renovação, e não com reeleição. A lição serviu no passado recente para o candidato E, bem como pode servir de alerta para D. Fica a dica.


                                        * O Eldoradense

Um comentário:

  1. Anônimo17:54

    ...infelizmente vivemos num país onde o melhor convenio ainda é o dinheiro, onde mesmo sendo um cidadão de bem e correto com seu deveres; percebe se que fica a desejar o tal merecido respeito como pessoa humana...
    Num país onde se investem rios de dinheiro para manter a saúde da população é vergonhoso dizer "vivemos num país doente por falta de verba"...

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Comentário: "Conheci, por acaso, O Observador!"

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