30 de jun. de 2013

Vídeo musical de hoje: Fágner & Fábio Jr - "Eternas ondas"


"Eternas ondas"

Quanto tempo temos antes de voltarem,
 aquelas ondas;
Que vieram como gotas em silêncio,
 tão furioso;

Derrubando homens entre outros animais,
Devastando a sede desses matagais; (bis)

Devorando árvores, pensamentos,
 seguindo a linha; 
do que foi escrito pelo mesmo lábio,
 tão furioso...

E se teu amigo vento não te procurar
É porque multidões ele foi arrastar. (bis)

26 de jun. de 2013

Texto crítico: "A pirâmide da prosperidade"


“A pirâmide da prosperidade”

   O viajante andava sem rumo sob o sol quente do deserto, totalmente perdido. Com muita fome e sede, sucumbiu na areia branca, onde desmaiou impotente e frágil. Em seu desfalecimento, teve uma alucinação de esperança, quando ouviu uma voz dizendo: “Encontre um norte para sua vida, e lá, estará a pirâmide da prosperidade”. O devaneio serviu como combustível para seu corpo cansado e alento para sua alma desiludida. Como não tinha bússola, orientou-se pelo sol e automaticamente encontrou a direção norte, conforme o conselho que ouvira no sonho. Andou quilômetros e mais quilômetros, movido não por alimento ou água, mas sim, por esperança e uma boa dose de ambição.

  Depois de vinte e quatro horas caminhando em ritmo forte, proporcional à sua convicção fanática e cega, avistou uma pirâmide de cor dourada. Seria uma miragem? Não. Os passos aproximavam-se daquilo que havia sonhado de forma premonitória.
  Do lado da pirâmide, havia um oásis com água, árvores frondosas e por incrível que pareça, um belo camelo. Ali parecia ser o mausoléu do faraó desconhecido, um tal de Telénkfremon, que muitos acreditavam não passar de uma lenda. Mas agora ele sabia que não era! De joelhos, diante da pirâmide, teve mais uma alucinação, onde ouviu a voz misteriosa de Telénkfremon dizendo: “Pegue as poucas moedas de ouro contidas em sua algibeira e deixe-as na pirâmide. Posteriormente, siga com o camelo até à cidade mais próxima, espalhando a boa nova. Cobre pela informação. Os informados, também cobrarão por disseminar a notícia, tal qual epidemia de prosperidade”.

  E assim ele fez, novamente rumando para o norte, onde encontrou uma grande cidade. Espalhou a notícia, multiplicou camelos, ganhou prestígio, conquistou mulheres. Seu exemplo fez com que outras pessoas tivessem novas alucinações cegas e fanáticas, sendo que todo mundo passou e venerar o espírito de Telénkfremon, o faraó até então desconhecido.

  Mas chegou a hora em que não havia mais para quem espalhar a informação. O sonho da epidemia de prosperidade tornou-se pesadelo para muitos que investiram suas economias nesta seita financeira, cujos fieis pareciam endeusá-la. Uma multidão dirigiu-se até à pirâmide, destruindo-a. Suas bases ruíram facilmente, tal qual castelo de cartas. Na volta dos desiludidos para a cidade, muitos pareciam ouvir a risada sarcástica de Telénkfremon. A ambição pelo dinheiro fácil é como a areia nos olhos trazida pelos ventos do deserto: impede que muitos enxerguem poucos passos adiante.


* O Eldoradense


24 de jun. de 2013

Piada de segunda: "Curriculum Vitae"


"Curriculum Vitae"

  O sujeito, com um currículo invejável, ao preencher a ficha de pedido de emprego, no item "salário desejado e solicitações", escreveu:
    "Salário de quinze mil reais, apartamento de luxo no centro da cidade e um carro importado para realizar deslocamentos a serviço da empresa"
  Após uma semana, o diretor de RH chama o candidato ambicioso e diz:
  - Parabéns, a vaga é sua! Receberás um salário de dezessete mil reais, e morará, por conta da firma, em um apartamento luxuoso no centro da cidade, numa bela cobertura duplex. Terás também à sua disposição, dois carros importados, sendo um para uso profissional, e outro para uso particular..
  - Não acredito! O senhor está brincando comigo!
  -Sim, estou...mas foi você quem começou!!!!
   

23 de jun. de 2013

Vídeo musical de hoje: "Formato mínimo", com o Skank


"Formato mínimo"

Começou de súbito
A festa estava mesmo ótima
Ela procurava um príncipe
Ele procurava a próxima

Ele reparou nos óculos
Ela reparou nas vírgulas
Ele ofereceu-lhe um ácido
E ela achou aquilo o máximo

Os lábios se tocaram ásperos
Em beijos de tirar o fôlego
Tímidos, transaram trôpegos
E ávidos, gozaram rápido

Ele procurava álibis
Ela flutuava lépida
Ele sucumbia ao pânico
E ela descansava lívida

O medo redigiu-se ínfimo
E ele percebeu a dádiva
Declarou-se dela, o súdito
Desenhou-se a história trágica

Ele, enfim, dormiu apático
Na noite segredosa e cálida
Ela despertou-se tímida
Feita do desejo, a vítima

Fugiu dali tão rápido
Caminhando passos tétricos
Amor em sua mente épico
Transformado em jogo cínico

Para ele, uma transa típica
O amor em seu formato mínimo
O corpo se expressando clínico
Da triste solidão, a rúbrica

19 de jun. de 2013

Texto crítico: "A gota d'água"


"A gota d'água"

  Os últimos dias expuseram agitação nas ruas das grandes cidades brasileiras. Em plena “Copa das Confederações”, nossa população resolveu mostrar que não está mais tão alienada e inerte quando pensam ainda muitos dos nossos políticos desatualizados. O povo foi às ruas, cercou o Palácio dos Bandeirantes e subiu na laje do Congresso Nacional. Os dois exemplos são emblemáticos, pois mostram que a insatisfação é genuína, e não motivada somente por partidarismos, como sugerem alguns.

  O Datafolha demonstrou através de pesquisa que nos protestos ocorridos segunda-feira, 84 % das pessoas não possuíam predileção partidária, sendo que 71% participaram de uma manifestação pública pela primeira vez. O fato é que os centavos acrescidos às tarifas do transporte coletivo Brasil afora foram apenas a “gota d’água” para a motivação dos protestos. Há muitas outras coisas incluídas nestes vinténs: insegurança, saúde e educação precárias, e principalmente, corrupção.

   Muito se falou contra o vandalismo, o que é óbvio e politicamente correto. Sempre digo que erros não justificam outros, mas provocam. Pois bem: a depredação praticada por uma minoria dos manifestantes é consequência do vandalismo político com o dinheiro público. Afinal, é vandalismo estatal fazer com que pacientes se amontoem nos corredores de hospitais, bem como oferecer ensino público de péssima qualidade. É também vandalismo estatal permitir que estradas pedagiadas continuem precárias, fazendo com que os seus usuários paguem por tarifas altíssimas, na razão inversa da qualidade de muitas das nossas rodovias. É vandalismo estatal o grande número de pessoas que têm suas vidas ceifadas pela bandidagem, que anda matando por motivos cada vez mais banais. Enfim, o povo está cheio de tanto vandalismo estatal.

  Como desgraça pouca é bobagem, aqui, na longínqua Presidente Venceslau, alguém parecia estar alheio a tudo isso e resolveu propor noventa dias de férias para a vereança. A notícia foi veiculada na imprensa, alastrando-se de forma viral pelas redes sociais, fazendo com que a juventude local lotasse as cadeiras da nossa Câmara Municipal, externando contrariedade à proposta. Bela atitude, pois tal indecência acabou não sendo nem colocada em pauta. É justo salientar que a referida imoralidade parece não ter sido assimilada de forma unânime entre nossos edis, e que houve quem fosse contra o projeto, mesmo na Câmara.

   Para não estender-me no assunto, reforço: o povo já não é mais tão facilmente ludibriado como em tempos atrás. E na última segunda-feira, as ruas brasileiras, o Congresso Nacional, o Palácio dos Bandeirantes e até a Câmara Municipal de Presidente Venceslau foram testemunhas disso. Só os “políticos desatualizados” ainda não perceberam a nova realidade.


* O Eldoradense


12 de jun. de 2013

Texto especial para o Dia dos namorados: "O amor é sempre amor"


"O amor é sempre amor"

  Capítulo l

   Doze de junho. Ele pegou o seu celular de última geração e ligou para ela, dizendo que hoje era dia dos namorados e que iriam comemorar a data de uma forma especial. Ela, toda excitada, pegou o carro que ganhou dele há 20 dias e dirigiu-se à "Daslu", onde comprou uma lingerie sensualíssima, um vestido ousado e um par de sandálias com saltos bem altos, que fariam ele chamá-la de “Deusa”. Ainda na "Daslu", pegou seu celular também caríssimo e fez uma ligação para a babá, pedindo para que a mesma ficasse com os meninos à noite, dizendo que pagaria antecipadamente pelas horas-extras. A babá aceitou a proposta.

  Às dezenove horas ele chegou cansado, mas não o bastante para apagar o fogo de sua paixão. Tomou um banho demorado, colocou seu melhor terno e esperou ela ficar pronta. Foram ao restaurante mais badalado da cidade, onde pediram um prato leve, para não comprometerem o restante da noite. Na sequência, beberam um vinho italiano, (ótima safra); antes de irem para um luxuoso motel, onde ele havia reservado uma suíte duplex master gold plus five stars. Dispensaram a troca de presentes, pois a noite especial por si só já bastava. Sobre a cama redonda, ele acionou o controle remoto e o teto da suíte se abriu, fazendo com que o apaixonado casal se amasse naquele momento, contemplando a luz das estrelas...

  Capítulo ll

  Doze de junho. Ele pegou o seu celular pré-pago e ligou para ela, falando rapidamente, tal qual radialista esportivo, para que os créditos não acabassem antes do assunto. Disse que hoje era dia dos namorados, e que comemorariam a data de uma forma especial. Ela, toda excitada, tomou um ônibus e um metrô até à Rua 25 de março, onde comprou uma lingerie sensual, um vestido ousado e um par de sandálias com saltos bem altos, que fariam ele chamá-la de “gostosa”. Ainda no centro da cidade, ela fez uma ligação do seu celular também pré-pago para a mãe, pedindo para que os moleques pudessem dormir na casa da avó. A bondosa senhora aceitou e até agradeceu, sem pedir nada em troca.

  Às 21h40min ele chegou cansado, mas não o bastante para apagar o fogo da sua paixão. Tomou um banho demorado, colocou sua melhor calça jeans e camisa, esperando ela ficar pronta. Jantaram na cozinha da própria casa, uma refeição leve, para não comprometerem o restante da noite. Beberam um vinho doce e gostoso lá do Rio Grande do Sul, sem dar a mínima para essa frescura de safra. Dispensaram a troca de presentes, pois a noite especial por si só já bastava. Dirigiram-se ao “puxadinho” ainda destelhado, que estão construindo no fundo da humilde residência. De forma inevitável, o apaixonado casal se amou sobre o colchão colocado ali propositalmente, contemplando a luz das estrelas...


* O Eldoradense

10 de jun. de 2013

Piada de segunda: "Paciente em pânico"




"Paciente em pânico"
  O sujeito estava esperando o amigo sair da sala de cirurgia, quando o mesmo sai correndo pelos corredores do hospital, gritando por socorro:
  "Que é isso, cara, ficou maluco?!"
  "Eu vou cair fora! Não fico aqui nem mais um minuto!"
  "Deixa de frescura! É só uma cirurgia de apendicite!"
  "Pois é, foi isso mesmo que a enfermeira disse!"
  "Então por que esse medo todo?"
   "É porque ela estava dizendo isso para o médico cirurgião..."
   
  

9 de jun. de 2013

Vídeo musical de hoje: "Aluga-se", com o Sambô


"Aluga-se" - Sambô

A solução pro nosso povo eu vou dar
Negócio bom assim ninguém nunca viu
Tá tudo pronto aqui é só vir pegar
A solução é alugar o Brasil!

Nós não vamos pagar nada
Nós não vamos pagar nada
É tudo free,
Tá na hora agora é free,
vamo embora
Dar lugar pros gringo entrar
Esse imóvel tá prá alugar

Os estrangeiros, eu sei que eles vão gostar
Tem o Atlântico, tem vista pro mar
A Amazônia é o jardim do quintal
E o dólar deles paga o nosso mingau

Nós não vamos pagar nada
Nós não vamos pagar nada
É tudo free,
Tá na hora agora é free,
vamo embora
Dar lugar pros gringo entrar
Esse imóvel tá prá alugar

Nós não vamos pagar nada
Nós não vamos pagar nada
Agora é free
Tá na hora agora é free,
vamo embora
Dar lugar pros gringo entrar
Esse imóvel tá prá alugar


6 de jun. de 2013

Texto crítico: "Partidarismo doentio"


“Partidarismo doentio”

Saúde é o que interessa, o resto não tem pressa!” – Paulo Cintura;        
“Saúde e paz, o resto a gente corre atrás” – Pedro Bial;

 “Me cansei, de lero-lero, dá licença, mas eu vou sair do sério... quero mais saúde!” – Rita Lee;

  As respectivas frases ditas por estes três filósofos contemporâneos, (brincadeirinha), dão a dimensão exata do quão o item saúde é importante para qualquer cidadão. E no início da semana, o debate sobre o tema aflorou de forma intensa em nossa comunidade, motivado pela falta de médicos nos Postos de Saúde locais, que supostamente, vem sobrecarregando o atendimento na Santa Casa de Presidente Venceslau.

 Na última segunda-feira, segundo notícia veiculada pela assessoria de imprensa da Câmara Municipal, parece que nossos vereadores debateram exemplarmente sobre o assunto. Destaco, sem querer fazer propaganda deste ou daquele edil, os posicionamentos do “Mestre Tota” e do Tufy Jr. O primeiro pede contrapartida dos municípios vizinhos cuja população é atendida na Santa Casa local, o que considero justo. O segundo propõe uma reunião envolvendo a provedoria do hospital, o executivo, o legislativo e o Ministério Público. Creio que é assim que deve ser: diálogo, busca pelas soluções e alternativas, deixando questões partidárias e preferências políticas em segundo plano.

  Digo isso porque vejo principalmente por parte dos eleitores, uma segregação ainda acirrada, que partidariza até mesmo a questão da saúde, resquício das últimas eleições, que por sinal, é fatura liquidada há mais de meio ano. Quem votou no candidato D reclama da demissão coletiva dos profissionais de saúde realizada no final do mandato do candidato E. Porém, quando alguém concorre a um cargo público, está ciente dos desafios a serem resolvidos, e creio que os olhares devem ser voltados para frente, não para trás. Por outro lado, não adianta os simpatizantes do candidato E pregarem o discurso do “cada povo tem o governo que merece”, pois se o trabalho realizado anteriormente tivesse sido satisfatório, a reeleição teria sido confirmada nas urnas, o que não aconteceu.

  Amigos leitores, o buraco é mais embaixo, e envolve questões suprapartidárias e emergenciais. A doença não atinge somente o paciente do PT, do PMDB ou do PSDB. Ela atinge a todos os contribuintes, que pagam seus impostos em dia, exatamente para que tenham, no mínimo, atendimento digno. O resto é democracia e preferência político-ideológica, que deve ser respeitada.

  Mas se for para “partidarizar” uma questão tão humana quanto à saúde, finalizo: O venceslauense demonstrou que na política local insatisfação rima com renovação, e não com reeleição. A lição serviu no passado recente para o candidato E, bem como pode servir de alerta para D. Fica a dica.


                                        * O Eldoradense

3 de jun. de 2013

Piada de segunda: "Uma ruim e outra péssima"



"Uma ruim e outra péssima"

       O médico chega ao paciente e diz:
    - Tenho duas notícias para você, sendo que uma é ruim e a outra, péssima. Qual você quer primeiro?
    - Manda a ruim primeiro, depois diga a péssima, doutor...
    - Pois bem: A notícia ruim é que você terá apenas 24 horas de vida...
    -Nossa, doutor! Se esta é a ruim, qual é a péssima, então!?
   - É que eu deveria ter dito esta notícia para você ontem!!!!!!
   

2 de jun. de 2013

Clipe internacional de hoje: "Voyage Voyage", com Desiriless


"Voyage Voyage" - Desiriless

Acima dos velhos vulcões,
Deslizando tuas asas sob o tapete voador,
Viaje, viaje,
Eternamente.
Das nuvens até os pântanos,
Do vento da Espanha à chuva do Equador,
Viaje, viaje,
Voe até as alturas.
Acima das capitais, das idéias fatais,
Das idéias fatais,
Olhe o oceano...

Viaje, viaje,
Mais longe que a noite e o dia, (viaje, viaje)
Viaje, viaje,
No espaço inaudito do amor.
Viaje, viaje,
Sobre a água sagrada de um rio indiano (viaje, viaje)
Viaje (viaje)
E jamais retorne...

Sobre o Ganges ou o Amazonas,
Entre os negros, entre os sikths, entre os amarelos,
Viaje, viaje,
Em todo o reino.
Sobre as dunas do Saara,
Das ilhas Fiji ao Fujiyama,
Viaje, viaje,
Acima das cercas,
Acima dos arames farpados,
Dos corações bombardeados,
Olhe o oceano...

Viaje, viaje,
Mais longe que a noite e o dia, (viaje, viaje)
Viaje, viaje,
No espaço inaudito do amor.
Viaje, viaje,
Sobre a água sagrada de um rio indiano, (viaje, viaje)
Viaje (viaje)
E jamais retorne...

Acima das capitais,
Das idéias fatais,
Olhe o oceano...
Viaje, viaje,

Mais longe que a noite e o dia, (viaje, viaje)
Viaje (viaje)
No espaço inaudito do amor.
Viaje, viaje,
Sobre a água sagrada de um rio indiano, (viaje, viaje)
Viaje (viaje)
E jamais retorne...


Comentário: "A importância do equilíbrio fiscal"

       Contas públicas: Este é, sem dúvidas, o calcanhar de Aquiles do atual governo. Operando de forma deficitária e não demonstrando uma i...