3 de mai. de 2023

Comentário : EUA, Brasil e Paraguai - O chororô da extrema-direita!

 





       Quando Donald Trump foi eleito presidente dos Estados Unidos, logo pensei: "Não vai dar bom". Foram quatro anos de bravatas, truculência, prepotência, arrogância e polêmicas, muitas delas desnecessárias. Enfim, veio a campanha de reeleição em 2020, e o povo norte-americano fez o que deveria ser feito: Pé na "butt" do fanfarrão. Quatro anos atrás, a candidata democrata Hillary Clinton aceitou a derrota, não contestou em nenhum momento as regras do jogo, seguiu o baile. Mas os "Trumpistas" não. Contestaram, protestaram, vandalizaram o Capitólio após a derrota do "mito ianque" para Joe Biden.

      Quando Jair Bolsonaro foi eleito presidente do Brasil, logo pensei: "Não vai dar bom". Foram quatro anos muito parecidos com o colega ianque, e quatro anos depois, o povo brasileiro fez o que tinha que ser feito: Pé na bunda do "mito brazuca". Em 2018, Fernando Haddad não contestou o jogo, aceitou a derrota, e seguiu o baile. Mas os Bolsonaristas, em 2022, não. Cantaram hino nacional para os pneus, invocaram os militares, extraterrestres, invadiram o Congresso, o Planalto, o STF. 

      No último fim de semana, nas eleições paraguaias, venceu o candidato de centro-direita Santiago Peña, seguido pelo centro-esquerdista Efraín Alegre e pelo extremista de direita Payo Cubas. Ambos os derrotados contestaram as apurações, mas a maioria esmagadora dos maus perdedores concentra-se nos apoiadores de Cubas: Bloqueios de pontes, viadutos, destruição de uma viatura policial e 70 inconformados já mandados para a cadeia. Em tempo: Durante a campanha, Cubas, o "mito do lado de lá da Ponte da Amizade" -  num discurso inflamado, disse que ao menos 100 brasileiros bandidos mereciam ser mortos.

     Fraudes? Não há indícios concretos nem nos Estados Unidos, no Brasil, nem no Paraguai. Nos Estados Unidos, as cédulas de papel são maioria, mesclando o voto pelos correios e algumas urnas eletrônicas. A apuração é feita manualmente e, mesmo assim, houve contestação. No Brasil as eleições são totalmente eletrônicas, bem como a apuração. Houve contestação. No Paraguai, as urnas são eletrônicas e os votos são impressos. Contestaram!

     Conclui-se que não é o sistema eleitoral em si o causador de tanto chororô da extrema-direita, mas sim, o fanatismo, a falta de discernimento e principalmente, a falta de respeito às regras do jogo dessa gente. E para os inconformados, chorem na cama, que é lugar quente. Ah, e levantem as mãos para o céu se a cama quente não for na cela fria de um presídio...

* O Eldoradense

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