9 de mai. de 2023

Comentário: EUA, Brasil e Paraguai (II)

 




 Há seis dias, escrevi um texto falando sobre o inconformismo da extrema-direita mundo afora após algumas derrotas em pleitos eleitorais, explicando os diferentes sistemas de votação e apuração, e concluindo que apesar das diferenças, o "modus operandi" dos vândalos se assemelha. Usei as referências dos Estados Unidos, Brasil e Paraguai, nas figuras polêmicas e emblemáticas de Trump, Bolsonaro e Cubas.

     Curiosamente, as três personas em questão possuem algo em comum: Estão respondendo processos criminais na justiça. Trump por se apossar de documentos secretos do governo norte americano e incitar a invasão do Capitólio, Bolsonaro pela postura adotada durante a pandemia, pelo suposto contrabando das joias sauditas, por incentivar as ações antidemocráticas durante o 8 de janeiro, e no mínimo, mais três inquéritos. Cubas, o paraguaio, por incrível que pareça, e o único que já está na cadeia: Foi preso preventivamente após toda a palhaçada dos seus fanáticos extremistas.

    Os Estados Unidos são referência da democracia contemporânea. O Estado Democrático de Direito brasileiro, por mais contestado e questionado que seja, têm suas instituições funcionando plenamente, ainda que muitos digam o contrário. E onde foi que a democracia foi mais enérgica com quem ameaçou contestá-la? No Paraguai! Não deixa de ser surpreendente.

      Aqui no Brasil insistem na "teoria dos infiltrados" nos ataques do dia 8, justificando a CPI. Sinceramente, refuto tal ideia, apesar de entender que está claro que o atual governo sabia das ameaças e prevaricou, visando bônus político ante à seita Bolsonarista aglomerada em quarteis, até então. Sim, Lula sabia, e isso parece óbvio. Era prevaricar, ou "sentar a borracha" nos golpistas, sob pena de ser rotulado como "governo autoritário comunista". Preferiu, ao meu ver, erroneamente, a primeira opção. Se tivesse agido energicamente igual ao atual presidente paraguaio - de direita, diga-se de passagem - não estaria temendo agora, uma CPI.

       Serviços nacionais de inteligência são extremamente eficazes, seja nos Estados Unidos ou no Brasil. E é lógico que o atual governo brasileiro quis tirar proveito do contexto, não tenha dúvidas disso. E é lógico também que o serviço secreto norte-americano sabia previamente da invasão do Capitólio. Os caras acharam até o Bin Liden! Difícil acreditar que foram pegos de surpresa por um bando de fanáticos arruaceiros...

* O Eldoradense

      

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